Vejo-te
numa forma principesca
És assim ou és minha criação ingênua?
Mulher
inigualável cujos defeitos não vejo
Ou será
esta forma de ver que é meu defeito?
Nunca a vi
mas como nunca desejei
Nunca a
senti , mas como louco sentido
Vivo no mar
dos imprevistos
A sonhar
com o que nunca mesurei
És a
quimera louca dos meus sonhos
Que fizera
me encontrar em poucos anos
Num mundo
de fantasias nunca visto
E portando
como tal nunca entendido
Se desfilas
pertinente na ilusão
Vou
rastejando como rastejaria um cão
Perseguindo
o que pelo faro é dirigido
Procurando
o que há tempos está perdido.
Se hoje
estou a beira de um abismo
Foi o
coração que errou o seu caminho
Almejou
viver esta louca invenção
De
desenhar sobre as nuvens com as mãos.
Anda sinto
seu rastro no meu intimo
O que
ninguém imagina ainda é vivo
Vou
escondendo o que floresce sem freios
Incontrolável
como incontrolável são os desejos
Oh,
enviesada principesca.
Vai-te para
que eu siga a minha senda
És tu minha
ingênua criação
Quem sem
poesia rastejaria como cão.
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