Foi naquela noite vazia que te
conheci
Vazia, mas foi com você que a
preenchi
Você não era livre mas me
libertou
Naquela noite como qualquer noite
se entregou
Foi assim que te conheci.
E no meio do vazio que preenchi
O vazio que meu coração sondava
E que o seu naquela noite
visitava.
Diferente eram nossos motivos
Mas ambos queríamos algo sem
compromisso
Algo que se assemelhasse com o
amor
Mas de outra forma e com outro sabor.
Não, não era promiscuidade
Não procurávamos macular nossa
felicidade
Apenas queríamos ter um pouco
mais de carinho
Numa vida sufocada por
espinhos.
Se tem onde buscar encontrará
Seja o motivo nobre ou quem sabe
vulgar
Num segundo a semente germinou
Num prazer descomedido irradiou
Plantaste a semente do desejo
Num coração que conhecia bem o
enredo
Se queria um amante virtual
Foi concebido o seu fruto bem
real.
Nele pensa como amante a todo
instante
Apesar de ele estar muito
distante
Não se contem num desejo incontido
O corpo paga se no coração não há
juízo
E anseia outra noite para
encontrar
O amor proibido que não é o titular.
Passará a noite errante
Com aquele virtual irreal amante.
Abrirá seu coração junto ao seu
Falarão dos seus segredos como Julieta e Romeu
E ao fogo sobre o fogo vai esparramar
E todo os questionamentos irão queimar
Não há fogo nem conduta que não
tenha um preço
Não há flecha de cupido que não
tenha endereço
Não há prazer sem veneração
Não há semente maculada que não
vire maldição
E dividida está entre dois
amores.
Um coração dividido entre dois
senhores.
Quando se deseja não se pode
esperar
Que um fruto proibido vá seu coração
roubar
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