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terça-feira, 23 de junho de 2015

INVOLUCRO QUE NAO ESCOLHEMOS



Estamos presos num invólucro que não escolhemos
Divididos em cabeça, tronco e membro.
Adornados por olhos, boca, nariz e... cabelos
Que não escolhemos
De dentro pra fora ou de fora pra dentro

Não escolhemos a cor da pele
Não escolhemos a nossa origem
E quando vísceras a boca expele
Rubricamos nossas tolices

Estamos num invólucro que muda com o tempo
De dentro pra fora ou de fora pra dentro
Cabeça, tronco e membro
Nascendo, vivendo, definhando   e morrendo.

No molde que fomos moldados
Há tantas limitações
No fenótipo  formatado
Herdamos  imperfeições

Estamos enclausurados num corpo em declínio
Configurado  em  tanta ansiedade
E como mudaremos  o destino
Se a mercê da   realidade.

Nem sobre o que somos temos opção
No molde cheio de  imperfeição
Almejamos o que é perfeito
E continuamos desejosos, sedentos

Estamos enclausurados num corpo  que se limita
E mesmo sobre a beleza não temos opção
Dádiva gratuita é o dom da  vida.
E da sorte a perfeição

E nossas emoções estilhaçam diante a granada
Das emoções feridas e tantas apunhaladas
E os fragmentos ferem quem nos cerca
Perita, difusa, abjeta.

Estamos num invólucro que não escolhemos
Cabeça, tronco e membro
E quando julgados por nossos atos
Despejamos  o  ensinado.

Estamos enclausurados num corpo que é pequeno
Para tantos sonhos que temos
Enclausurados em  tronco e membros
Numa cabeça que voa  em  pensamentos 

















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