someone lyke you

sábado, 27 de junho de 2015

Os Benefícios de Ajudar



É sabido que fazer o bem fortalece o sistema imunológico. É como  um processo de gratificação onde nosso organismo se beneficia de uma atitude consciente em prol  de outros.  Interessante que quando sabemos que algo faz bem procuramos introduzi-lo em nossa rotina. Dizem que os probióticos contribuem para termos uma flora intestinal forte. Então passamos a tomar yogurtes.  Sabemos que azeite contribui para a baixa do colesterol,  dito ruim, então adotamos em nossa dieta.  Adotamos  tudo que teoricamente nos faça bem e nos dê um retorno benéfico.  Os adestradores de cães usam a compensação quando o cachorro executa uma ordem aprendida. Se, executou  bem ganha um petisco. Isso reforça e o  incentiva ao exercício do aprendizado.   Voltando ao nosso tema poderia dizer que somos estimulados positivamente a ação quando sabemos que podem trazer benefícios. Então se nosso sistema imunológico se beneficia de nossas boas ações, porque não praticá-las? Alias isto traz a tona uma pergunta importante. Ação e coisas boas.  Temos feito, temos praticado o dar?  Acho legal quando ouço alguém dizer que foi numa balada e dançou até,  que tomou todas,  que gastou  uma pequena fortuna  sem arrependimento. Legal, muito legal. Afinal você merece. Você trabalha,  estuda, sim, você merece.  É necessário que  tenhamos tempo de qualidade direcionado ao lazer. Isso ajuda a recompor nosso combustível  e faz parte da socialização salutar que tanto precisamos. Você nunca pensa: Estou gastando  dinheiro demais com supérfluos,  e  as crianças pobres da África? Que bom que não pensamos assim para cada atividade gratificante que nos empenhamos... Seria muito desgastante emocionalmente ficarmos nos detonando ao olhar a situação precária dos desamparados do mundo. Sim,  mas nada impede que tenhamos maior consciência e que de alguma forma façamos nossa parte. Poderia  reservar da sua pequena fortuna gasta, uma quantia irrisória  para um orfanato.  O que  uma quantia ínfima  vai acrescentar numa instituição que as vezes tem 400 desamparados?  É, não ajudaria muito, mas,  se   100 pessoas que vão numa  balada  usassem o mesmo argumento criterioso de reservar uma quantidade mínima  já faria diferença.   Não temos muito a consciência de coletividade por isso não damos muita importância a força que juntos temos. Mas para que possamos adquiri-la precisamos começar ter consciência  individual  de  que podemos contribuir para o mundo ser melhor ou pelo menos contribuir para que uma criança tenha uma blusa num inverno rigoroso.  ( E nem me venha com a idéia que isto é obrigação do Estado)  Na bíblia tem uma história bem legal sobre como nossos pequenos recursos podem ser de grande valia. Uma vez no templo  Jesus reparou que os abastados enfiavam a mão no bolso e jogavam uma porção de moedas  na caixa de contribuição.  Aquela atitude chamava atenção porque uma porção de moedas faz  muito barulho. Por outro lado o que chamou atenção de Jesus foi uma velha senhora que depositou apenas uma única  moeda de pouco valor.  Não era um ato  espalhafatoso e certamente muitas outras vezes aquele ato passara despercebido. Jesus então falou : Quem vocês acham que contribuiu com o maior valor?  Houve um burburinho. Não dava pra saber muitos haviam contribuído.  Jesus então falou: Todos estes abastados deram do que  lhes sobrava, . mas aquela pobre mulher deu tudo que tinha. Jesus não estava ensinando que devemos contribuir com tudo que temos mas,  chamava  atenção para que.  não é a quantia que damos é como damos.  Você conhece aquela  propaganda do cartão de crédito que mostra com que  facilidade    podemos nos empenhar na ostentação... E depois chama atenção para uma coisa que parece insignificante mas  que não tem preço.   Talvez devêssemos olhar com mais significância as necessidades dos menos favorecidos e que, notem: precisam da gente.  Sem se importar se você dá mil reais ou um sorriso. Importante é que se fizermos boas ações além de estarmos  ajudando alguém,  ainda estaremos beneficiando nossa própria saúde. Um conceito um tanto grosseiro, mas se não for pela filantropia que seja por você mesmo.

terça-feira, 23 de junho de 2015

INVOLUCRO QUE NAO ESCOLHEMOS



Estamos presos num invólucro que não escolhemos
Divididos em cabeça, tronco e membro.
Adornados por olhos, boca, nariz e... cabelos
Que não escolhemos
De dentro pra fora ou de fora pra dentro

Não escolhemos a cor da pele
Não escolhemos a nossa origem
E quando vísceras a boca expele
Rubricamos nossas tolices

Estamos num invólucro que muda com o tempo
De dentro pra fora ou de fora pra dentro
Cabeça, tronco e membro
Nascendo, vivendo, definhando   e morrendo.

No molde que fomos moldados
Há tantas limitações
No fenótipo  formatado
Herdamos  imperfeições

Estamos enclausurados num corpo em declínio
Configurado  em  tanta ansiedade
E como mudaremos  o destino
Se a mercê da   realidade.

Nem sobre o que somos temos opção
No molde cheio de  imperfeição
Almejamos o que é perfeito
E continuamos desejosos, sedentos

Estamos enclausurados num corpo  que se limita
E mesmo sobre a beleza não temos opção
Dádiva gratuita é o dom da  vida.
E da sorte a perfeição

E nossas emoções estilhaçam diante a granada
Das emoções feridas e tantas apunhaladas
E os fragmentos ferem quem nos cerca
Perita, difusa, abjeta.

Estamos num invólucro que não escolhemos
Cabeça, tronco e membro
E quando julgados por nossos atos
Despejamos  o  ensinado.

Estamos enclausurados num corpo que é pequeno
Para tantos sonhos que temos
Enclausurados em  tronco e membros
Numa cabeça que voa  em  pensamentos 

















Gratidão por ti



Ela comentava com uma amiga sobre uma ligação que recebera do filho. Ele demonstrou  arrependimento, ela dizia.  Agora que ele teve filho, parece que percebe  quanto trabalho uma criança dá.
 Talvez seja o que toda mãe espera. Que seu filho reconheça seu valor.  Quando nascemos e nos primeiros  anos de vida somos muito dependentes de nossa mãe e ela,  é   sempre  solícita,  presente... Muitos de nós nunca imaginou  por quantos perrengues nossos pais podem ter passado para que nossa estadia  no ceio familiar  fosse  quase sem traumas.  Talvez uma vez ou outra escutássemos que a coisa estava feia.. Mas tínhamos o leite pela manhã, tínhamos o almoço e se não havia fartura de mistura, repetição era possível. Talvez nunca imaginávamos o quanto nossos pais  se sacrificaram para termos de tudo e se não tudo, o suficiente para não termos preocupações.... Talvez nunca passasse pela nossa inocente cabeça quantas noites de sono nossos pais perderam  nos vigiando quando doentes ou mesmo de preocupação quando o dinheiro pouco mal dava  para pagar as despesas mensais.  Talvez nunca tivemos  problemas de corte de energia e se tivemos nunca soubemos o verdadeiro motivo.  As dificuldades financeiras  em nossa casa nunca chegou   alarmante aos nossos ouvidos porque sempre acreditávamos  que nossos pais resolveriam. Alias, nossos pais eram nosso porto seguro, nossos heróis. Nunca tivemos preocupações quanto ao sapato que calçávamos, roupa que vestíamos, escova de dentes, lanche da escola. Mas, enfim crescemos. Em nossa adolescência tivemos conflitos com aqueles que até então  idolatrávamos. Sentimo-nos dono de nosso nariz, achamos nossos pais caretas, antiquados, protestamos:  queremos mais liberdade, queremos ser ouvidos, queremos, queremos... Durante este período estivemos mais antenados nos problemas que poderiam  nos sobrevir..Já pensávamos  em trabalhar, em ganhar nosso próprio dinheiro, comprar roupas de marca, celular... Mas, ainda não tínhamos  responsabilidades em pagar as contas de casa. Nosso dinheiro mesmo quando tínhamos  que ajudar em casa era  para atender nossas necessidades pessoais ou seriam caprichos?  Então crescemos. Agora somos donos do nosso nariz, mas antes mesmo de sermos, começamos sentir atração pelo sexo oposto. Muita atração. Um dia isso culmina em Bebês, assim como um dia fomos. Só que agora pilotamos a nave. E talvez numa noite  difícil. Em claro. Um dia num hospital  ou  com um choro estridente que não conseguimos identificar a causa,  talvez quando estiver  cancelando suas   férias para comprar o uniforme escolar do seu  filho   ou,   mesmo porque não sobrará dinheiro...  Talvez você se dê conta do quanto  seus pais foram grandiosos. Ligue para eles agradecendo por tudo que fizeram por ti. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

O jogo



Hoje eu quero jogar com você.  O Jogo é simples. Na próxima vez que estiver  na frente de um espelho olhe-se e  repare bem nos seus traços. Olhe seus olhos. Você gosta deles? Olhe sua boca, seu nariz,  o formato do seu queixo. Olhe tudo.  Se observe.  O que mudaria em si?  Seus olhos são pequenos e gostaria que fossem maiores, são castanhos e gostaria que fossem de outra cor? E sua boca? É carnuda ou você mal consegue enxergar seus lábios? Gosta do formato dela? Ela é pequena ou  grande? E seu nariz? Siga em frente se analisando.  Qual a parte do seu corpo que você menos gosta? E o qual  que mais gosta? Não tem?   Seus cabelos são crespos e você gostaria deles mais lisos? Se lisos gostaria de outra cor?  Talvez gostaria que fossem mais crespos? E  sobre seu porte? Diferente de outros itens este você pode mudar. Uma postura  mais ereta, um andar mais consciente. Sei. Você já tentou algumas vezes, mas esqueceu durante o dia de se policiar até que largou mão. Se não pudesse usar   palavras e tivesse que usar seu corpo para se expressar  você   mandaria bem? Saia do seu corpo  por um instante  e se veja do lado de fora. O que achou? Você convenceu? Sentiu sua força? Ou se sentiu lânguido, pusilânime?  Você pode passar a vida inteira infeliz com um traço físico que não pode mudar, mas definitivamente sua postura você pode. Sabia que ela diz muito a seu respeito? Ou talvez não diga nada. Apenas revele como você se encontra emocionalmente.  Talvez revele como seus traços físicos danificam sua postura.  Imagine-se  passando diante de pessoas.  Se quisesse conseguiria  passar despercebido? Conseguiria se quisesse ser notado?  Não, não. Sem palavras. Só seu corpo. Uma roupa adequada? Uma roupa espalhafatosa chamaria atenção. Sobre a roupa. Estamos falando de você.  Teste no espelho. Como seria se quisesse e,  quando não chamar atenção? O jogo é simples,  você precisa ser notado sem palavras. Você precisa fazer valer a pessoa além do corpo. Difícil? Agora se pergunte quantas e quantas vezes palavras te machucaram. Não importa quem disse.  Foram as palavras ditas  que te golpearam.  Tente por uma semana não se magoar com palavras corrosivas e pra variar  não magoar. Cada vez que se magoar ponto para quem te magoou e toda vez que magoar alguém perde também.  Ser magoado ou magoar causa dor. Considere um retrocesso permitir alguém te magoar.    Toda vez que permite que alguém te magoe com palavras  você perde. Agora imagine quando alguém faz isso sem dizer uma única palavra? A pessoa te olha feio você fica irado.Que grande feito. Você foi afetado  sem nada ser dito.  Você perdeu playboy.  Por falta de sabedoria, O jogo é simples se alguém  tirar  você da sua serenidade você perde.  E neste jogo só vence quem é estoico.  

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Réu Confesso.



Sim, sou um réu  confesso. Matei meu orgulho quando achei que era necessário. Depois matei minha vontade própria porque esta dificultava fazer  amigos. Depois virei um killer. Matei minha paciência, tolerância, bondade... A sociedade moderna vai virando sua cabeça e  quando menos espera, você é  um exterminador sem causa.  Matei minha inocência porque só me trazia dissabores. Matei  minha disciplina. Brincadeira esta matei não. Esta,  nunca tive. E continuei matando. Matei minha vergonha porque esta precisava morrer mesmo.  Matei minha iniciativa porque fala sério, bati a cara em tantas portas  que já estava até ficando com cara de porta.  Matei alguns valores, eles eram valorosos, mas cá pra nós, tava difícil valorizarem e quando comecei a parecer estranho  eliminei-os. Foram tantos que perdi a conta. Agora SIM, agora estou do jeito que a sociedade gosta, patético. Não tenho mais nada  que  me  distinguia dos demais.  Daquilo que me fazia único.  Sou o típico homem formatado aos moldes da lei e ordem estabelecida. Um típico bom cidadão pagador de impostos. Circundado por projetos arquitetônicos monumentais que visam a maior aglomeração possível no mínimo espaço.  Não  uma ilha porque temos problemas de escassez de água. Amotinado entre seres ardilosos, mas com ardis camuflados para que gerem suspeitas mas nunca venham a tona. Sim, hoje não represento perigo, embora seja  réu confesso. Réu confesso, meio que um zumbi, fazendo o que gostam, comendo o que recomendam, mesmo que o recomendado um dia faça bem e noutro mal.  Arrastado pelas ondas da publicidade e seus interesses. Interesses que como tsunami  arrastam tudo a sua frente. Vivemos na era do  velho e bom poder  maquilado de tantas formas e com tantos pressupostos que de tão desorientados continuamos a matar nosso valores.  As informações que nos chegam são desleais, são desfiguradas com o único propósito de continuarmos cabra  cegas, colhendo migalhas de informações convenientes a quem as publicam. Faça isso porque isso é bom. É bom para meu bolso mas é ruim para sua saúde, seria mais justo. Mas vivemos das migalhas das conveniências e padecendo pelas consequências de acatarmos cegamente o que nos afirmaram ser bom. Um homem perfeito para os governantes. Se,  apitam eu danço e se fazem psiu me calo. Porque se não mato eu morro.

terça-feira, 9 de junho de 2015

O falastrão.



 Estava o homem a proclamar sua lealdade ao seu  partido preferido dentro do hospital.
 Para   cada um que sentava ao seu lado  o homem  introduzia uma conversa qualquer para  logo em seguida desferir  seu discurso preferido: "Nunca houve governo tão majestoso". "Neste país nunca houve governador semelhante". "Éramos felizes e não sabíamos”. E um após outro   compartilhava sua adoração  ao governo que segundo ele fora insuperável.  Dado momento surge do fundo corredor  um  homem de feições humildes e cuja enfermidade  ressaltava  ainda mais suas condições.  E como  outros antes dele, sentou-se aturdido pela dor que lhe deformava o rosto ao lado do orador partidário.  Parecia que seria apenas mais um ouvinte formal. Que aceitaria  com um sorrisinho o repetitivo  discurso do outro. E  quando começou.... Acho que ficou surpreso quando o homem que parecia o menos provável   expressou em palavras indignidade a sua apologia.  “O que está dizendo?” “O  melhor governo?”  “ Pois na minha opinião foi o pior governo que já tivemos, aumentou os impostos, prometeu  que ia ajudar os pobres e não cumpriu....”  E quando o outro tentava retomar a  fala o outro metralhava incessante um porção de questões o contradizendo. Quando tudo parecia ser dito pintou um silencio incomodo entre os conversantes. Neste momento  protegido pelo silencio    o falastrão  evadiu-se furtivo sumindo pelos corredores a dentro.  Neste momento o médico abriu a porta e chamou o próximo: Sr. Falastrão. Como ele não estava então chamou o próximo. Sr. humilde. E lá foi o homem agora tentar amenizar o que lhe incomodava. Moral da história? Não julgue um livro pela capa.



So Atraso



Já reparou como tem gente que gosta de por outros pra baixo?  Ainda que não tenham intenção para  isto suas palavras, não raro, causam estragos. Estes não conseguem  falar uma palavra  reconfortante. E, mesmo quando tentam o tiro sai pela culatra. São pessoas que o lado obscuro da força está tinindo em plena claridade.  Em contrapartida existem aqueles que conseguem ser agradáveis mesmo quando o intuito é dar uma dura.  É a forma de se expressar que muda o ditame. A meu ver isto tem a ver com o que a pessoa tem por dentro.  Se você nutre  um barril de ira dentro de si, qualquer suspiro é um fósforo. Neste ínterim esperar que um depósito de ira  exale  amor é complicado. Aqueles de quem sempre esperamos bons conselhos e que possuem  o tato para fazê-lo,   não armazenam ira dentro de si.. E providos de algo bom lançam para fora de si um manancial de provisões que fazem bem a quem a eles recorrem. Se perguntar a qual dos grupos você deseja  ao seu lado. Você dirá: Ta louco, meu! Que pergunta sem propósito. Sim, não faria sentido. Ninguém mesmo,  gosta de ser lembrado do quão bobo foi, que é um idiota, que pisou na bola ou  que colhemos o fruto que plantamos.  Sabemos disso. E pelo fato de sabermos que não precisamos de ninguém futucando nossa ferida.. A cartilha dos bons relacionamentos reza que devemos nos associar com pessoas que nos agregam valores, não necessariamente que passam a mão na nossa cabeça, dizendo coitadinho, também não precisamos moldar nossa personalidade ao que os outros esperam para ter sua aceitação. Agregar valores significa  dar o que o outro não tem  e não tirar o que se  conseguiu com sacrifícios. Entretanto algumas pessoas fazem exatamente isso. Para eles nossos defeitos precisam ser expostos e fazem questão de ressalta-los  amarrando ao nosso defeito uma melancia. Talvez minha pergunta faça mais sentido se pedisse para você dizer qual tipo de pessoa você é... A que acrescenta valores ou  a que tira? Ainda parece meio que sem propósito.. Ta bom. Um homem vem caminhando na sua direção. Você está numa rua  isolada e que tem fama de ali  ocorrer  vários assaltos.  O homem que vem na sua direção está vestido decentemente e  parece distinto. De repente, ele começa passar mal, esta tendo um ataque epiléptico. O que você faz?  Sem pestanejar se dispõe a socorrê-lo e auxilia-lo até que fique bem ou amparado?  Ou você motivado pela desconfiança e mais preocupado com seu compromisso finge que não vê e segue seu caminho? Ou, com receio de que esteja sendo vítima de um embusteiro, com medo, sai correndo deixando de dar assistência, largando  o homem a sorte?  Sua ação pode dizer bem o tipo de pessoa que é. E se você tem agregado valores ou se  os tem esmiuçado. Pense nisso.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Dia no PS.

Parecia ser um dia comum como qualquer outro, mas daí uma desordem emocional  ou física popularmente chamada de doença, te leva a um PS. Ah, PS!  Pronto Socorro. Bem, o nome não condiz  com seu significado. O Atendimento,  será tudo,  menos pronto.    E se um dia precisar, e você irá, entenderá perfeitamente o que digo. Chegando, o primeiro impacto é ver gente com rostos deprimentes. E põe gente nisso.  Procurando alívio para sua dor. Mas,  diante da PRECARIEDADE no atendimento, você descobrirá  que a palavra tem várias nuances que dão a ela dependendo da situação, mais que um sentido, você se sentirá um pouco menos humano.  E sua saúde precária que depende  de um sistema precário  dentro de um contexto desesperador de  dor, angustia, sofrimento, desespero e descaso pode levar você a um estado precário de paciência. Fico imaginando e recomendaria  aos monges tibetanos que como prova final do seu elevado nível espiritual encarassem um PS.  Sim, ficar 5, 6, 8 horas vendo outros seres humanos que  denominamos profissionais da saúde e que deveriam auxiliar outros no alivio de sua dor, batendo cabeça  ( como quando alguém grita incêndio num lugar abarrotado de gente) e procedimentos que deveriam ter sei lá... Ordem? Chego a duvidar que um monge seria  bem sucedido diante daquela   algazarra, balburdia. Chame como quiser mas, nunca de PS. Mas, suponhamos que  consiga  passar no que já ouvi chamarem de teste pra cardíaco?  Solte rojões, o cara é um monge.  Ali, as horas vão passando, passando e pessoas em estados diferentes de dor, chegando, chegando e chegando. E num lugar que só  chega e ninguém sai, já viu. E o ambiente? Chega  um   capengando, chega outro fungando,  logo chega outro que parece bem pior.  Alguns em estado bem crítico e,  quando parece que acalmou começa tudo de novo. Gente se apinhando, numa ilha de enfermos interminável. Agora inventaram uma nova maneira de mascarar o mal atendimento.  Colocam uma  enfermeira tarimbada, e não é graça, mas como a palavra precário, a palavra tarimbada também pode ter outros significados. Se já passou por um PS... Entendeu, né?   E aí que está o engodo. Em menos de meia hora é atendido. Lógico, fica surpreso com a eficiência. Por pouco tempo. É apenas uma triagem que definirá seu tempo de espera. Existe uma tabela de prioridades e a tarimbada incumbida pelas cores determina a urgência no atendimento. Se  está quase morto pega a ficha  vermelha. Isso quer dizer que você está Fu. Mas, deixa isso pra lá.  A ficha amarela também significa que está Fu, mas pode esperar mais 3 ou 4 horas. A verde, significa   que há esperanças para você. E que não  morrerá pela sua doença e sim de raiva. Agora  entendo  porque ninguém tem o verde como cor predileta e se tiver é porque nunca esteve num PS. O verde representa esperança, mas não ali.  Ali a cor é denegrida, maculada, pisoteada. Ela só é pior que o azul, a cor que vem depois e que indica que se pegá-la é  melhor   ir embora. Ou você vai encarar ficar naquele ambiente 8, 9, 10 horas?  O que você faz ? Vai, né? Ou...,  você quer ser monge?