someone lyke you

domingo, 8 de março de 2015

Você está certo disso?



Aquilo que não entendemos será sempre uma lacuna incomoda e difícil de aceitar. Afinal somos seres pensantes. Tudo tem que ter lógica, sentido. Lacunas abertas são sinônimo  de incompetência. Conseguimos explicação lógica para cada diagrama,  mistério e  enigmas que o tempo colocou a nossa frente: descobrimos que a terra tem 4,5 bilhões de anos,  qual a velocidade da luz e  suas diversas formas e uma infinidade indescritível de coisas. Damos sentido,   a origem da vida, desmistificamos o que nossos antepassados atribuíam a  forças divinas superiores.  Parece que nossa mente está desafiadoramente quebrando espectros sem apoio científico. Isso tem elevado o homem a descobertas cada vez mais significantes dando respaldo satisfatório para sua lógica.  Pra tudo precisamos de lógica, assim como na ciência, lacunas não são permitidas no nosso cotidiano e no trato com outros.  Se,  tropeçamos numa cômoda em nossas casas, logo damos um jeito de mudá-la de lugar porque como para você,  ela será um obstáculo para outros que ali frequentam. Pensando nisso, óbvio que adotamos posições simétricas e seguras para nossa comodidade. No  trato com outros não é diferente. Nossa mente racional está ali para dar sentido as coisas.. Assim, se a pessoa nos olha feio, entendemos que estamos desagradando, se um desconhecido nos dá um sorriso, entendemos que é amistoso, Se a pessoa é sempre grossa quando se dirige a nós, entendemos que ela é assim com todos. E a cada situação que nos é familiar damos um sentido segundo aquilo que vivenciamos. Claro que isto nos resguarda e nos orienta dando sinal verde a situações favoráveis, amarelo aos que desconhecemos e vermelho para aqueles que não aceitamos. Natural que torçamos o nariz para o desconhecido. Diante do desconhecido ficamos retraídos, seja um ambiente, seja uma pessoa, seja um alimento. Aprendemos ao longo do tempo que precisamos de cautela ao lhe dar com o desconhecido. Cautela que nos assegura de  não nos darmos mal. Mas, nem tudo é um mar de rosas quando nossas teorias avançam indiscriminadamente dando lógica a tudo. Sim, podemos errar. É difícil, por exemplo, não julgarmos uma situação inusitada com suspeita  como uma transgressão.  Logo se pensamos numa mulher cercada por um monte de homens,  pensaremos se dentre eles não    quem não queira  mais que uma relação de trabalho, e por conseguinte duvidaremos da índole dela. E quanto mais lacunas abertas houver mais teremos certeza que aquele nosso  pensamento estava correto.  Então, nestes termos o que era uma suspeita passa ser fato, um fato incomodo. Porque certeza, certeza mesmo  não temos mas as evidências estão ali para nos assegurar apesar de uma pequena margem de dúvidas. Isso porque conhecemos a natureza humana, sabemos que homens flertam com mulheres e sabemos que mulheres cedem quando encantadas, e,  que embora talvez tenham compromissos com outras pessoas,  termos presenciado e constado, ao longo da vida,  tantos  casos que acontecem,  terminando eles em tragédias ou não, que simplesmente não dá para não pensarmos na viabilidade dos fatos. Então o que fazemos? Entregamos esta pequena margem de erros à intuição. De fato, nossa natureza desvendadora acaba nos seios da intuição que muitos nem acreditam que  tenha  alguma lógica. Assim como no passado fenômenos  inexplicáveis eram atribuídos a deuses, ainda que em pequena margem  serve-nos de base para nossas certezas. Claro que não somos  tolos e no final das contas  juntar um mais dois  é tão lógico, como se fôssemos testemunhas ocular, mas nem sempre e nem em todas circunstâncias é assim. Em contrapartida parecemos tolos quando desconsideramos os fatos das evidências. Acho que porque a ciência é um pouco intuitiva também.  Certo é que quando encontramo-nos numa lacuna ficamos incomodado, e mesmo sem a luz de ciência alguma precisamos saná-la porque a incerteza mina nossa lógica até daquilo que acreditamos.

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