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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Extraindo tesouros



Olá consciência, me explica, por favor  porque procuro defeitos nos meus semelhantes quando deveria buscar   qualidades? Pior que olhar  os defeitos cria uma imagem disforme não condizente com o que realmente deveria ser. Somos cruéis quando nossa disposição está focada em apontar o dedo da justiça acusando indiscriminadamente sem termos os recursos para uma avaliação justa. Somos cruéis quando decidimos ser juízes e não advogados ou quando tomamos partido pelas nossas inclinações pessoais.  Temos uma tendência de descobrir defeitos   naquela pessoa que nos afronta, que nos humilha ou que temos alguma desavença.   Claro que isso não é um atitude consciente, jamais admitiríamos agir de forma ultrajante se estivermos usufruindo de nossa coerência e espírito de justiça.  Ouço muitos orientadores dizerem que devemos olhar qualidades e consentimos que esta é uma forma salutar de conduzir boas relações , mas então porque não destacamos qualidades em vez dos defeitos? Porque  nossas inclinações são más. Basta observar que fazer o que é errado parece ser uma inclinação primitiva, como se pendêssemos para o lado errado das coisas. Quando avaliamos as pessoas  deveríamos nos  colocar na sua posição, sermos  menos parciais e mais clementes como  quando somos nós  os errantes. Quando  julgamos colocamos a balança da justiça com peso desproporcional, mas quando somos  réus, queremos clemência. E qual critério usamos para acharmos que as pessoas são piores que nós quando cometem o mesmo erro?   Bom seria se não tivéssemos a disposição de analisar as pessoas baseadas num erro como se ela não tivesse qualidades,  que acima de qualquer outro valor, o que realmente levamos em consideração  são suas falhas.  E não satisfeitos com o que nos incomoda ainda procuramos manchar sua imagem compartilhando com outros aquilo que pensamos. É bem cruel o que fazemos. Deveríamos direcionar nossos olhos a qualidades que tornam  o convívio mais ameno, mais harmonioso. Um filósofo descreve bem o que  somos.  Somos como  um homem com uma mochila nas costas, bisbilhotando a mochila de quem esta na sua frente, esquecendo que tem alguém  bisbilhotando a mochila nas suas costas.   Sempre haverá 10 pessoas para olhar nossos defeitos e apenas um que ressaltará nossas qualidades. Que sejamos esta.

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