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sábado, 29 de novembro de 2014

Porque nos tornamos chatos?




Pretensão, claro! Quem poderia transcrever o porquê nos tornamos chatos.  Mas, pense em ramificações. Quando você lê a palavra no que você pensa?  Eu  imagino fios vindos de toda parte, se estendendo desordenadamente.  Talvez como os neurônios. É difícil imagina-los já que o que conhecemos é o que os especialistas dizem . Milhões e milhões ativos e trabalhando dentro de nosso corpo, conexões infinitas dentro do nosso cérebro. Eis, aí a questão. Trabalho demais requer praticidade, praticidade, rotina e rotina automação. Um caminho que agiliza muito as coisas e nos faz perito em atividades que de outra forma seríamos eternamente abobados. Tirar e  colocar roupa, pegar xícara, tomar café, escovar dentes, dirigir carro, executar  um trabalho diário.  Diria que nossa mente começa a fazer coisas do cotidiano como se no piloto automático. Mas, há um  revertério nesta conduta de precisão: a zona de conforto. Quando somos jovens zonas de conforto são constantemente desafiadas, quase não temos uma rotina preestabelecida para comportamento, afinal estamos em fase de aprendizado e toda novidade é bem vinda. Então um dia,  ficamos independentes, ganhamos nosso próprio dinheiro, escolhemos nosso  próprio modo de fazer as coisas... Parece bom, e é. Não fosse os tais padrões criados de automação. Eles são ótimos, como disse. Ai,  chamo atenção para  a palavra ramificações. Somando-se  a automação de comportamentos, temos nossas  preferências, gostos, vontades, egoísmo, medos: do desconhecido, de se aventurar, de se dar mal, de adoecer entre outros. Porque nos tornamos chatos? O que é ser chato? Quando penso numa pessoa chata logo penso naquele tipo que não deixa você falar. Você começa expressar uma ideia e ele logo atropela. É chato demais isso. E aquela pessoa que você esta fazendo algo e ele te olhando com aquela cara de desaprovação, parece que nada nunca o  agrada.  Ou então aquela que quando você pergunta se tudo está bem. Reclama, reclama e reclama... Existe aquela que pra tudo que você sugere ela diz : Ah, não quero!  Ei, está passando um filme ótimo  vamos ver?  Ah, não quero... Poxa, vamos, vai!  Ah, não quero! Vai ser legal, depois podemos comer uma pizza.  Ah, não quero!  Nossas ramificações sempre interagem com nossos padrões estabelecidos. Assim, se deixei um copo lavado em determinado lugar e quando  for procurá-lo aquele intruso que está invadindo meu espaço tirou-o do lugar, vou dar um chilique. A tampa do vaso precisa estar fechada. Nada de toalha em cima da mesa. E nada, sério! Nada pode ser diferente daquilo que quero. Nossos padrões de comportamento  berrando nossas vontades e desventuras. O centro do mundo é meu  umbigo e ele é tão bonitinho!  Mas e os outros que me circundam e que deles preciso? Foda-se?  Com o  decorrer dos anos vividos tendemos a ficarmos mais chatos. Porque o status, o cansaço  e a vivência traz mais processos automáticos de que quando jovens e,  quebrá-los precisa-se de esforços. E quem diz que queremos esforços. Já trabalhamos muito, já nos divertimos muito, já batemos muito  a cabeça, deixa isso para os mais jovens. É como se atestássemos o fim das novidades. Nosso mundo é o vivido e não o experimentado. Aí, concordo: fudeu!.

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