Ouço falar que não existe e dos
muitos debates que já ouvi sobre o assunto uma coisa é certa não há um consenso
comum. Intuição é uma palavra mística pela incerteza que gera nos meios, sim entre
nós. Dizem até que as mulheres possuem
um senso intuitivo mais aguçado que os homens.
É, pode ser sim. Há tantas questões incertas e que ao advento de novas
descobertas caem como fruta podre. Mas,
também acho que o sexto sentido como já ouvi tanta gente chamar seja um misto de ações acionadas pela mente, poder de observação e consciência
do que ocorre do seu lado, se bem que num nível inconsciente. Confuso, né? Em
palavras sim, mas presenciamos isto a todo instante. Lembro-me quando criança tinha uma percepção
muita aguçada. E isto fazia eu ver coisas que outras pessoas não viam. Alguns
até chamam de desconfiança. Mas, como ter desconfiança de alguém que você
acabou de conhecer e não sabe nada a respeito? Talvez apenas mais uma
incógnita; ou talvez não. Quem garante
que como tantas outras coisas que a ansiedade, medo e insegurança nos roubam, a
intuição não seja um sentido além dos cinco que temos que agraciam certas pessoas. Em nível de exemplo. Dizem que nascemos respirando corretamente, respiração pelo diafragma. Bem, esta seria a forma correta de respirar, mas
por algum motivo, alheio a nossa vontade, perdemos esta capacidade, em alguma
fase da vida. Desdenhamos a forma correta e adotamos talvez uma respiração mais
condizente com as intempéries que a vida nos apresenta. Isto é apenas uma
teoria, mas, existe uma lógica incrível nas teorias induzidas pela razão. E de certa forma isso faz muito sentido. Porque
senão como se explicaria e você, provavelmente já pressentiu ou conhece alguém
que pressentiu uma situação surgida do nada. Um pensamento errático, de uma situação
que não se tinha dados para mera conclusão. O pensamento apareceu ali como um bolo sem receita. Você não se deu ao
trabalho de misturar os ingredientes, não mexeu a massa, e quando olhou dentro
do forno, lá estava ele, prontinho. Como se explica pensamentos e ideias que
surgem assim? As vezes trazendo duvidas
sobre comportamentos, às vezes denegrindo um caráter aparentemente íntegro, às
vezes lembrando de uma pessoa que há muito
você não tinha notícias. Dizem que em
nível de subconsciente nada conhecemos. Esta, talvez seja mais uma habilidade tirada mas, garantem que
é no subconsciente que as coisas
acontecem. É nele que nosso nível de conhecimento se manifesta magnânimo.
Todavia é um tesouro que não sabemos
usar. Temos um grande orquestrador de realizações, de manifestações, de desdobramento
mas não conseguimos usá-lo. Porque?
Onde perdemos estas habilidades que parecem inerentes em nós, e que não temos acesso? Certa vez um livro descrevia perfeitamente a diferença entre nossa mente
consciente e o nosso subconsciente. Dizia: Nossa mente consciente é como vermos um poço
com água. Sabemos que ali tem água limitada pelas dimensões do poço. Não há muito que explorar. Nosso
subconsciente, entretanto é como se entrássemos
no poço e no fundo dele desembocássemos num mar infinito, gigantesco, com milhares de possibilidades a desvendar. Certo é que quando penso na
intuição, ainda que hoje já não desfrute da habilidade que um dia tive, e apesar
dos insights que ainda tenho, penso, se realmente não é um sentido vituperado pelas
ansiedades da vida. Minha intuição
pulula feito água fervendo levando
minha mente ao desconhecido, a conclusões, questionamentos, aflições que mediante fatos submergem inexplicáveis. Com que finalidade?
Qual objetivo? Será que se não fechássemos os olhos para ela
erraríamos menos? Sei que a
intuição é um grande dilema mas, aqueles que não a reprimem acabam descobrindo
que estavam certos naquilo que os afligia. Bom, mas também pode haver pessoas que foram frustrados por ela. Não sei. Mas eu temo
um confronto daquilo que minha mente trás à tona com o conforto da minha
credibilidade. Parece que na vida moderna abrir os leques das possibilidades
é sinônimo de solidão.
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