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domingo, 2 de novembro de 2014

INTUIÇÃO



Ouço falar que não existe e dos muitos debates que já ouvi sobre o assunto uma coisa é certa não há um consenso comum. Intuição é uma palavra mística pela incerteza que gera nos meios, sim entre nós.  Dizem até que as mulheres possuem um senso intuitivo mais aguçado  que  os homens.  É, pode ser sim. Há tantas questões incertas e que ao advento  de novas descobertas caem como fruta podre.  Mas, também acho que o sexto sentido como já ouvi tanta gente chamar  seja um misto de ações acionadas  pela mente, poder de observação e consciência do que ocorre do seu lado, se bem que num nível inconsciente. Confuso, né? Em palavras sim, mas presenciamos isto a todo instante.  Lembro-me quando criança tinha uma percepção muita aguçada. E isto fazia eu ver coisas que outras pessoas não viam. Alguns até chamam de desconfiança. Mas, como ter desconfiança de alguém que você acabou de conhecer e não sabe nada a respeito? Talvez apenas mais uma incógnita; ou talvez não.  Quem garante que como tantas outras coisas que a ansiedade, medo e insegurança nos roubam, a intuição não seja um sentido além dos cinco que temos que agraciam certas pessoas.  Em nível de exemplo. Dizem que nascemos  respirando corretamente,  respiração  pelo diafragma. Bem,  esta seria a forma correta de respirar, mas por algum motivo, alheio a nossa vontade, perdemos esta capacidade, em alguma fase da vida. Desdenhamos a forma correta e adotamos talvez uma respiração mais condizente com as intempéries que a vida nos apresenta. Isto é apenas uma teoria, mas, existe uma lógica incrível nas teorias induzidas pela razão.  E de certa forma isso faz muito sentido. Porque senão como se explicaria e você, provavelmente já pressentiu ou conhece alguém que pressentiu uma situação surgida do  nada. Um pensamento errático, de uma situação que não se tinha dados para mera conclusão.  O pensamento apareceu ali como um bolo sem receita. Você não se deu ao trabalho de misturar os ingredientes, não mexeu a massa, e quando olhou dentro do forno, lá estava ele, prontinho. Como se explica pensamentos e ideias que surgem assim?  As vezes trazendo duvidas sobre comportamentos, às vezes denegrindo um caráter aparentemente íntegro, às vezes lembrando de uma pessoa que  há muito você não tinha  notícias.  Dizem que em nível de subconsciente nada conhecemos.  Esta,  talvez seja  mais uma habilidade tirada  mas, garantem que é no  subconsciente que as coisas acontecem. É nele que nosso nível de conhecimento se manifesta magnânimo. Todavia é  um tesouro que não sabemos usar. Temos um grande orquestrador de realizações, de manifestações, de desdobramento mas não  conseguimos usá-lo.  Porque? Onde perdemos estas habilidades que parecem inerentes em nós,  e que não temos acesso?  Certa vez um livro  descrevia  perfeitamente a diferença entre nossa mente consciente e o nosso subconsciente. Dizia:   Nossa mente consciente é como vermos um poço com água.  Sabemos que ali tem água  limitada pelas dimensões do poço.  Não há muito que explorar. Nosso subconsciente, entretanto  é como se entrássemos no poço e no fundo dele desembocássemos num  mar  infinito, gigantesco, com milhares de possibilidades  a desvendar.   Certo é que quando penso na intuição, ainda que hoje já não desfrute da habilidade que um dia tive, e apesar dos  insights que ainda tenho, penso,  se realmente não é um sentido vituperado pelas ansiedades da vida.   Minha intuição   pulula feito  água fervendo  levando minha mente ao desconhecido, a conclusões,  questionamentos, aflições que  mediante fatos  submergem inexplicáveis. Com que finalidade? Qual objetivo?   Será que se não fechássemos os olhos para ela erraríamos menos?   Sei que a  intuição é um grande dilema mas,  aqueles que não a reprimem acabam descobrindo que estavam certos naquilo que os afligia. Bom, mas também pode  haver  pessoas que  foram frustrados por ela. Não sei. Mas eu temo um confronto daquilo que minha mente trás à tona com o conforto da minha credibilidade. Parece que na vida moderna abrir os leques das possibilidades é sinônimo de solidão.

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