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domingo, 16 de novembro de 2014

Somos farinha do mesmo saco?



Lembro-me ter ouvido esta frase algumas vezes na infância e no decorrer da vida outras tantas. Nunca parei pra pensar muito nisso. Mas, hoje, pergunto-me. Lembro-me da primeira vez que a ouvi. Foi numa  discussão entre duas pessoas conhecidas. No meio da confusão, um dos  ofendidos soltou a  frase.  Aprendi que há uma contextura considerável de valores que distinguem pessoas. Existe aqueles que terão uma integridade impar e inabalável. Valores incutidos que permeará toda sua vida. Talvez na visão de alguém cujo perfil não seja tão estável , nem considere que isso seja possível e questione o que digo. Verdade, eu  sou um mutante quando se trata de valores. Já aderi tantos e já descartei tantos que realmente almejo que como eu, existam poucas pessoas. E que além do meu vislumbre da realidade, existam tantos outros  e estes sejam inseridos elevando o padrão moral das pessoas. Claro que existem pessoas declinando de valores que considero absolutamente necessários. Quando digo necessário não penso na individualidade de cada um, mas no coletivo que exige que  se tenha  certa restrição daquilo que acreditamos para  no final das contas beneficiar a maioria.  Sei que cada ser tem sua individualidade, crença, personalidade e que muitos fazem um caminho inverso:  saem do abismo para a luz  e outros que saem da luz  para o abismo.  E que estes extremos não são os únicos. Apesar de toda esta variedade, será que  somos farinha do mesmo saco,  como diz o ditado? Batatas, quando penso  nelas  penso  no seu sabor.. Batata tem sabor de batata, embora saiba que exista  uma diversidade de tipos e esta diversidade contribui para que continuemos a ter batatas: fritas, cozidas, purês... O sabor da batata é inconfundível e sua diversidade a torna resistente. Como humanos. Temos  necessidades de amor, intimidade e passamos por experiências semelhantes quando se trata de sentimentos. Nutrimos dos mesmos princípios, sentimentos, medos, inseguranças. Ainda que nos sintamos diferentes nossas necessidades básicas de amor são muito parecidas. Sim, somos farinhas do mesmo saco. Todavia nosso caráter é marca registrada que nos individualiza como pessoas e que habilita para  em certas circunstâncias podermos levantar a questão Alguns a utilizam para declararem sua superioridade social, outros para dizerem que são refinados nos tratos com os outros  e outros até para se gabarem da sua força moral. Mas como batatas nosso sabor por assim dizer não é muito diferente um do outro.  Pense num floco de neve. Não há sequer um deles que seja igual, e eles sao milhares, milhões.  Mas se você olhar aquela massa branca no chão quase não dá pra fazer distinção. Nossa diversidade faz-nos compatíveis... e inconscientemente nossa sobrevivência como espécie precisa de associações que garantam seres mais fortes, como a variação das batatas. Em suma somos sim, farinhas do mesmo saco  apesar  de  nossas diversidades, gostos, necessidades.. Mesmo que alguns sintam-se no direito de bater no peito mostrando sua superioridade somos apenas pó  e como dito: Do pó fomos feitos e ao pó voltaremos.  

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