Gente vil, reles, infame ou velhaco, segundo o dicionário.
Você já foi chamado de canalha? Se sim,
provavelmente a pessoa que o fez estava imbuída de uma ira incontrolável
desencadeada por algo que você fez e que a afetou diretamente, ainda que o
feito, ao seu ver, não fosse motivo para tal. Pressupondo que para alguém ter-lhe chamado assim, precisaria estar numa relação e quebrar a confiança, da pessoa com você envolvida, sem prévio
aviso. Clássico caso de um homem que tem compromisso com alguém e anda com
outra ou, outras... e para nenhuma delas
diz a verdade. Assim, quando descoberto, a vítima sente-se imensamente
humilhada, enganada, traída... Geralmente
o termo está associado ao sexo masculino, eu particularmente nunca vi uma
mulher ser chamada de canalha e sim do seu corresponde, e não sinônimo, puta (libertina).
Diferente do homem a mulher não precisa
ter um relacionamento de compromisso, basta que ela resolva se envolver com vários
homens para que seja rebatizada. Um comportamento condizente com as
profissionais, mas sem que ajam ganhos, embora aja dolo, porque nem sempre os envolvidos sequer
suspeitam do seu comportamento. Se sentindo exclusivos ou parte de uma relação
que só existe unilateralmente. A falta de opção de escolha sugere que existe
enganação, o que, por conseguinte, se descoberto, causará os mesmos
ressentimentos causados por um canalha. Neste sentido a palavra canalha e puta
se correspondem embora divergentes porque no final das contas causam
irremediavelmente a sensação de traição, de descaso... de humilhação. Fico
surpreso quando penso no bovarismo que assola há tantos, que os leva à procura de uma satisfação
nunca encontrada e no sofrimento que uma
procura aparentemente frívola gera. E se por uma lado somos responsáveis pelo
que cativamos também somos quando nos
deixamos levar pela candura fomentada pelos nossos próprios anseios. Vítimas e vitimados num mesmo script. Modulando uma frequência até então
desconhecida despertada por necessidades não supridas.
Ps: Esta é uma observação pessoal.
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