someone lyke you

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A ferida


Eis a amada contrita?
Deliberou em outros átrios do amor.
Fiquei à deriva,
Meu barco afundou

Olhe, a  ferida!
Que não há remédio para sarar
Purgaste toda La vita
Eu desejando te  expurgar

Em meandros insólitos deparei
Com toda sua intrepidez
Atirou-me ao mar
Velastes o moribundo
Que desejou matar?

Não há soberania, se não há rei
Fui deposto em traição
Ranheta desilusão
Entre alfas e numéricos, dancei!

Paupérrima e sofrida lida
Vislumbro  festis licenciosos
Onde a nobre e estarrecida
Deixa o plebeu roendo o osso
Desposa seu amado príncipe
Seus  pecados reincidem
Mesma  cena e o mesmo calabouço

E a alma contrita
Eis, a chaga, a ferida
Cujos pensamentos intermináveis
Vagam em outros mares,
Procurando definitiva solução.
Mas o pensamento é tinhoso,
Obscuro e frio o calabouço
Não quer me  libertar
Clama a justiça, ela submissa
Recusa  ajudar.

Ate quando o clamor soará
Entre ecos retumbará
E não haverá salvação
A dor cansa, causa destemperança
E transforma o sonhador
O coração só sangra
O difamador difama
Definha a esperança
Quem  agüenta tanta dor?

Então cálida instiga
Tão farta e poderosa
Depois de suprida
Deseja indecorosa
De quem deixou na lama
Apague a resenha
Regozije a dama

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