someone lyke you

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Há quem Diga.

 

Há quem diga que amizade é sagrada
É, sagrada. É sagrada até que caia na água.
Sim, há amizades sinceras que duram a vida.
Há amizades sinceras que vão a míngua.

Então  como medir a sinceridade?
Não permitindo que passe pelo crivo da ingenuidade.
Encurtar sua atuação. Confiar desconfiando.
Não torná-la rotineira . Pressupor o dano.

Amizade pode sim ser verdadeira.
Para que continue assim é melhor não dar bobeira
O tempo alterna o rumo da prosa.
E a mente com o tempo faz-se enganosa.

Valores são trocados por interesses.
E a ferrugem toma conta da engrenagem nas correntes
E os princípios que antes em valores balizados.
Pela gripe das ganâncias agora contagiado.

Atende-se a placa: mantenha à distância.
A traição só precisa de uma pequena implicância
Que nasce como nasce um pensamento.
E vai crescendo até seu amadurecimento.

Se não quer se deparar com:  Aconteceu!
Aja com prudência preserve o que é seu.
Se não quer ser vítima do: casal trocado.
Não faça do amigo um confidente aliado.

Se você não é cego não confie cegamente
A coisas que acontecem  porque somos persistentes.
Fingimos que estamos num mundo perfeito.
E não enxergamos o que é mais que suspeito.

Quem quer permanecer de pé vigia.
Não dá espaço para o engano ao entardecer do dia.
Não faz do lazer sua porta  de ocasião
Que invade  seu espaço com a sua concessão.

Pior escutar do traidor  - não planejamos.
O que tramado  no viés dos desenganos.
Que quem fere usa para enganar o próprio ser
E malograr o que as evidencias deixam transparecer.


sábado, 21 de novembro de 2020

humor é melhor que ranzinzice



Humor é tudo e  me falta.
 Altivo sempre em  minha alma.
Quando  perco o rebolado
Fico   vazio e  desorientado.

Quem tem os males espanta.
Quem nele se inspira   se adianta
Diante da futilidade
Humor  causa saudade.

 

É  fácil dar asas ao laço
Quando a raiva inflou o recato
É  fácil chafurdar  na tristeza
Diante de qualquer incerteza

Não há nada mais beligerante
Conviver com alguém broxante
Que usa a boca bafafá
Que fala sem pensar.

Humor é melhor que ranzinzice
duvidar desta verdade é tolice
Humor atrai, o ranço afasta
Humor distrai,  a ranzinzice castra

Veja com humor  as mazelas
Humor é a mãe das donzelas
Que semearão a vida
Esperança quem em dor  contrita.
.
O que é  azedo provoca azia.
Má indigestão e dislexia.
Azedume  traz dor- desconforto
E se erradia para desgosto.

Humor custa igual ao ranço
O primeiro é terno e manso
O segundo é tiro no pé
Ouça quem quiser.

Humor preenche as lacunas
Do humor pode vir a cura
Humor é encanto desejado
Refaz o coração dilacerado.




 







A dor de ser visto como complemento e não essencia

 

A violência perdura em detrimento da sabedoria. Quando para alguns só resta  este  recurso.   Não é difícil imaginar que para estes cujo único recurso a violência é a solução costumam resolver situações similares do mesmo jeito.   A profissão em si ajuda muito. Quando se tem o pagamento mensal associado a vigiar o patrimônio alheio todo mundo passa a ser suspeito  principalmente aqueles cuja cor expira maior desconfiança.  Nestes casos a desconfiança não surge por uma motivação, ela é subalterna a condição social e racial.  Noutra situação olhos aguçados passam de longe se a cor da pele for  outra.

O reflexo da violência quando extrapola a razão  as vezes habita os noticiários e a repercussão acaba expondo a ferida aberta que sangra.  Por um lado enquanto vozes dissonantes clamam por mais igualdade, outras evocam a frivolidade negando ou tornando menor o engasgo das gargantas sufocadas.  Estes sopradores de bolha de sabão nunca sentiram na pele sua liberdade diminuída quando eternamente debaixo de suspeitas são vigiados   no exercício de tentarem usufruir o direito de ir e vir. Parece que certos ambientes  tem um  cadeado  de advertência alertando que:  pode entrar mas você não é bem vindo.   Ou : aqui é uma casa de família branca não é ambiente para minoria.  Velado como é: o ambiente em si causa um desconforto que parece que a aceitação é obra da lei e não da civilidade. A opressão é fruto de anos viscerais de aceitação passiva ou negação dos fatos.  Atitudes evidentes de desconfiança e não aceitação sofrem  uma deturpação  que é para ocultar o que esta clarividente.  Assim, a arte de manipular as evidências minimizam a criminalidade  dupla: racismo e violência.  Ambas não andam de mãos dadas  mas continuamente  aparecem juntas.  Entenda-se por violência, cabe ressaltar, algo mais do que sopapos. Ela vem em forma de discriminação mediante palavras, gestos, rejeição, afastamento, menosprezo,  caras e bocas e medo.  Dá pra imaginar que se há um criador onipresente, este deve lastimar  as diferenças que culminaram nas barbáries vistas lá de cima.  De ver que a diversidade  que mostraria a beleza da criação transformou-se num amargo e feio quadro  em nome da arrogância. Que se expele a custa do outro que é  vitimizado, vilanizado, subjugado   em  perjúrio que tornou  sua historicidade maculada e subserviente. 

Há dor, há vergonha e há receios. Há dor quando  a violência explode contra a cor da pele que transparece além do ser. Há vergonha quando   palavras são usadas como arma  que ferem a dignidade por causa da  origem étnica.  Há receios de  andar livremente em  certos ambientes que anseiam expor quem resolve quebrar este estigma.

 O crime da desigualdade vai além da aparência pois perdura na atmosfera marcando  a ancestralidade.  Instala-se  veladamente em todos os meios. Perdura na exaltação de vozes que não admitem que a   máscara da benevolência piedosa mascara a essência do racismo ocultado no autoengano. 

  Estes pelo menos procuram  exorcizar os males infringidos contra seu semelhantes,  de cor de pele diferente.  Que não uma escolha! Se esta fosse requerida seria ultrajada como opção em virtude do massacre impingido a quem por direito só quer o direito de ser livre dentro do corpo que    lhe foi confiado.   

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A arte de ver

  Olhamos uma bela paisagem e dizemos: olha que lindo!  Olhamos uma cena horripilante  e cravamos: meu Deus!  Nossos olhos veem... e  baseado nisso reagimos.  Outra forma de ver vem da combinação olhos e discernimento.  Perscrutamos o que está  além dos olhos e dos acontecimentos presentes e vislumbramos intenções, Para que isto seja possível criamos uma atmosfera baseada  nos acontecimentos passados, contexto, comportamento e ideias disseminadas através dos diálogos e falas despretensiosas.  Ainda há outros fatores que poderiam ser considerados e devem,  para cada situação em que poderíamos por em uso nossas faculdades perceptivas.   

Temos que levar em conta também nossas inclinações.. Se elas pendem para parcialidade,  determinada por motivos pessoais nossa análise pode ficar comprometida.  Lembrando que raramente nosso parecer não tem alguma influencia externa. Todavia se levarmos em consideração os pontos mencionados: acontecimentos passados, contexto, comportamento e ideias, estaremos nos cercando do mínimo para não cometermos um erro de avaliação grotesca. Claro que como humanos imperfeitos somos dados a erros e portanto nada pode ser taxado como definitivo. A não ser que a própria pessoa confesse suas intenções. O que na cartilha humana raramente se veja isso.  As intenções sempre ficam escamoteadas  ainda que tomem corpo e fiquem explicitas. Ora, a questão é, se nosso julgamento  não pode ser  cem por cento correto como podemos levantar uma causa? Para isto temos que contar com nossa perspicácia.  E uma regra matemática nos ajuda a ver isto com mais clareza embora só esta regra não funcione isoladamente. Nesta regra usa-se duas palavrinhas : se e logo. A primeira condiciona e a segunda bate o martelo. Vendo-as mais a fundo nota-se que seria ingenuidade para todas as situações ser taxativo.  Para além da regra matemática usamos nosso discernimento até pela questão do bom senso. Vamos ao exemplo. Se fulano de tal anda com determinado tipo de pessoa logo tal pessoa pertence àquele grupo. Há razões pela regra matemática para fazer valer o dito, mas, não podemos afirmar   sem antes comprovarmos se ações refletem no comportamento.  ]

Podemos dizer então que em determinadas situações o ver está além dos olhos. Logo ver é um aptidão referenciada pelo acervo de conhecimento que nos  permite enxergar além do visto.

 

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

BOM DIA BELEZA

 

 

 Bom dia beleza.
És bem vinda  entre nós.
Traz alegria a  nossa mesa.
Ouçamos  com alegria  sua voz
 

O dia sem você  é tão  triste
É mister tê-la  por perto.
Expandir  o seu dialeto.
Sua presença é  um brinde.

 
Na feiura há lamentos
Dentre nós não a queremos.
Onde habita há choramingo
É como segunda após  domingo
 

Se meus olhos não te veem
E meu sorriso não lhe alcança
Eu não faço por querer
É que meus olhos são crianças.

 
A gentileza dobra na beleza.
Os sorrisos se abrem ao seu indício
Se não tem há precipicios.
A  beleza é a realeza.

 
Porque  a feiura é tão indesejada?
 Porque afugenta o amor como praga?
Não há feiura em novelas.
Nela a feia é bela.

 
Pela beleza somos insensatos.
Diante dela esquecemos os fatos.
A inteligência não coroa o espelho
Ocultamos dela  o que é feio.

 
Vos fala um feio  sem opção
Que  diante da beleza não tem cotação
Não há preciosidade que a supere.
Onde há  feiura a feiura fere.

 

A beleza em toda esfera é cotada.
A preferida  ante a feiura coitada
Que sob o chão a migalha reflete
De quem ao chão sua estima mede.
 

E falam em Deus justo e correto
Quem se sobressai entre o feio e o belo?
Quem é que brilha no seu estelar.
E que ilumina sem esforço o vulgar?

 
Há quem ache a feiura bonita
Há quem se perca na paixão incompreendida.
Onde a feiura e a beleza se misturam.
Ver a beleza além da ditadura.
 

 A feiura é boa amiga.
Quem feio ao mundo sem este  anseio.
Terá na amizade guarida.
E do  amante despeito.

 
Pode parecer rodeio
Todo feio tem medo do espelho.
Não gosta de ir para praia.
E desconfia da mulher amada.


Boa noite bela diva
Seja nuance  seja empírica
Aos olhos  sempre desejada.
Pelos corpos  atormentada.

 

OUVIMOS TANTAS MERDAS.

 

 

Ouvimos tantas merdas
Que é difícil avaliar
No ar cheiram como esgoto.
Poluindo nosso ar.

 Em tantas esferas causam constipação.
São mazelas que ao delírio dão razão.
Pelo mundo absorvemos absurdos.
Tanta facúndia em vazios assuntos

 
Tantas voltas que o mundo dá.
Girando em torno de si voltando pro mesmo lugar
Vamos tentando criar novos conceitos.
Recriar  a  forma   de errar direito.

 O novo é que a terra é plana.
Sem ciência a teoria se engana.
Mas, faz-se forte no meio do covil
Teorias tenebrosas  neste país varonil.

 Se há um conceito dissonante o outro está errado.
Se não pensa como é mero obstinado.
De ideias preconcebidas que precisa revisão
Nesta terra que habita não haverá oposição.