someone lyke you

terça-feira, 1 de outubro de 2019

sofrego





Sôfrego por tê-la
Por ti me arremeteria numa  ribanceira
Sôfrego para vê-la
Não há razão: perderia as estribeiras.  


Para te abarcar no tempo
Para desvendar seus segredos
Lançaria-me sem medir consequências
Entregaria-me a deliciosas saliências.

Nossas palavras embalam 
Pronunciam como nos devoraríamos
Tantas carícias declaram
Como no amor nos abandonaríamos.

Sorveria sua pele em êxtase
Te daria tudo que seu corpo concedesse
Ousaria conceder tudo que te apraz
Beberia da sua fonte  e muito mais.
 
 
 Quando penso em ti meu corpo estremece
 Tanta tensão que a razão desobedece
É um incêndio que um fogacho começou
Descabido já que nunca aflorou.


Não há concepção tão anelada
Que ter a mulher desejada.
Tocar sorver e enlouquecer
No gosto animalesco do prazer.

Esparramar-se na luxúria
O gosto de vê-la puramente nua
Desfrutar além da ternura
Arranhar sua pela crua.

E as palavras serão sussurros
Grunhidos indecifráveis ou sujos
Negociando  as chamas esbaforidas
Embalando a conduta perdida

Quando o desejo a carne clama
Um outro corpo  incendeia a cama
Dizimando cerimônias num momento
Refazendo e congelando o tempo

Pele tenra, lábios pêssegos, maciez
Corpo quente regateando a timidez
Sofrego, louco, impudico ante tudo
Desvendando seu segredos num segundo

E quando tudo consumado estiver
Desejarei ainda mais esta mulher.
Que deflorou além de tudo a ilusão
De conter no submundo a intenção. .

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