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Eu te amo
-
Eu te amo mais.
-
E como sabes que me ama mais que eu a ti?
- Eu sei. Te amo mais. Mais que a maior montanha do universo.
- Eu sei. Te amo mais. Mais que a maior montanha do universo.
- Se assim, eu te
amo mais que o maior planeta do universo....
-
Então, eu te amo ...
Amar é pensar e pensar... E neste pensar, sentir. Um sentimento
embriagante... que causa delírios, ressaca, insônia, ausência, saudades,
encantamento, cegueira, admiração...
Amor vem misturado com sentimentos bons e ruins... e nele nos
prostramos servis a suas exigências gentilmente inquisitivas. Antes do amor se
estabelecer a descabida paixão se aloja
no peito. Cega-nos sabiamente ou tolamente?
Uma semente que durará dependendo de como é regada. Ou murchará como se
nunca tivesse existido. Amar é bom. Sim, amar é tão bom que chega ser ruim. Mas,
se um dia torna-se um pássaro livre e vai-se, ficamos azedos como picles no vinagre... Marca-nos
com ferro e fogo. Sua descontinuidade é tão dolorosa, o buraco que abre no
peito parece tão profundo, tão profundo que achamos que o abismo não tem fim. Mais
uma das ilusões criadas pelo processo amar. E,
Acharmos que o buraco é infinito torna nossa queda interminável.
Se dissolvido expõe as entranhas refletindo no corpo todo seu desprendimento.
A inércia como tétano suga toda nossa energia de vida, nosso anima fica tão
abatido, seco, feio e desesperado que fica assemelhado a verdura esquecida por
dias fora da geladeira transformando-se pelo processo num chorume fétido.
Mas, é gostoso viver a partitura do amor: eu te amo. Não são só três palavras eles trazem uma infindável
aglomeração de emoções experimentadas, um enlaçamento de almas e uma mistura química
tão entranhadas que é difícil separar. E
eu te amo mais ... é quase um verberação abusiva do êxtase. Ora, se transborda em ti tal sentimento o: eu de amo mais, torna-se tão estupendo, tão
extasiante que dentro do seu contexto abarca o incontido... Pois sendo o seu
sentimento referência parece inimaginável
o além dele... e assim sendo cria-se um encantamento descomunal. Pois era assim que dizias...Na sua ausência o
tom da doçura da sua presença remetia-me o mesmo amargo ou mais tão amargo
fosse... E o vazio extinguia o valor da satisfação eletrizante e plena da sua
companhia. E fazia o amor antes
transbordante parecer tão minguo dado a dor parecer ainda maior. Dado que na
sua ausência tornar-se tão preponderante que não tinha cimo, nem lado
e nem largura.
E quando em outras bocas ouço
palavras que foram minhas ... leva-me ao sorriso... de transmutar a essência do
dito, ao ver o tempo mesurar o que agora parece um equívoco.
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