someone lyke you

sábado, 21 de setembro de 2019

Já estou cansado





Já estou cansado. Cansado de chafurdar
Cheio de interrogações a questionar.
O que é gostar se não há ação pra respaldar
Se gostar gostamos então porque não nos comunicamos?

Há um índice revelador que o óbvio revela
Que a maioria dos casais caem na mazela
De não falar, de não consertar de deformar
Aquilo que interpretamos quando não conversamos

Quando a cabeça alimentada por indícios
Vê no enredo dos dados um desserviço
Que transmuta a verdade com criativas
Traz noite ao dia quando a  lucidez que se priva.

O que se passa no silêncio?
Quando não detectamos os sentimentos
Quando construímos uma insígnia
De operar por intermédio de  uma conduta fria.

Impomos o gosto e tripudiamos a iniciativa
Se não for a razão que da razão ao que  dignifica
Se a intenção não for a por nós legitimada.
A intenção não tem razão não vale de nada.

Perdido perdemos mordidos mordemos
Conspurcado magoamos, açoitados açoitamos.
Se de um sentimento compartilhamos
Porque então não nos comunicamos?

Sim, cansa esperar o perfil do amor
Quando na espera não há nenhum valor
Que na aurora procura o caminho
E na penumbra se depara com espinhos.

Se os espinhos não declamam sentimentos
Se a espera parece confinamento
Se quem esperam espera  que declare amor
Causa tormento ao questionador

Cansado do silencio parvo.
Quando pedimos que abafe o caso
Cansado de palavras tímidas
Que não consertam a situação ambígua.

Morremos de inanição
Quando de outro jeito não há mais solução
Você convicta a insinuar que é o sexo
O causador do nosso indireto objeto. 


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