A noite lá fora é pacífica aqui dentro não.
Aqui dentro, a noite, o coração é ladrão.
No silêncio a alma fala, grita, esperneia
E não há quem no silêncio ouça o que aos berros me ladeia.
A noite, qualquer dor se reinventa que o diga meu coração
Que se impõe. e se quero silêncio ele diz não.
Dizem que sou dono do meu nariz, mas à noite desconfio.
Perco o controle dos olhos e sob um chafariz me fio
Enxugo reprimendas e minha cerviz endurece teimosa
Desconfio da minha fortaleza que me enche a tez lacrimosa.
O mundo regurgita todo seu peso sobre ombros apaixonados
E a dor camuflada de
dia a noite vem como pecado.
Procuro o sono desesperado desejoso, um sono tranquilo.
A noite não há rima, poesia, cantoria, só
grilos.
Que cantam, viajam em lembranças infindas.
Lembranças que não trazem conforto aumentam a ferida.
Palavras entoam num grau difamante onde errei.
E o relógio desperta: 6 horas da manha, (tic,tac).. E ainda não sei.
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