someone lyke you

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Olhai os lírios além dos campos



Olhai os lírios além dos  campos
Olhai: os lírios estão em pranto
Os lírios liram  os campos não
Os lírios morrem de solidão

Os lírios em grupo ficam sozinhos
Os campos vicejam com novos espinhos
Os lírios vizinhos  ficam insanos
Se não vigiados  além dos campos

Observai  os lírios no campo
Como nascem,  vicejam e crescem
 Como sob pressão muitos padecem
Olhai como os lírios   estão definhando.

Não os lírios, os lírios.
Os lírios que são da espécie sapiens
Que morrem,  crescem e nascem
Não como os lírios sem  delírios.


Por isso olhai pelos lírios no campo
Ouça:  o lamento,suas dores e seus prantos
Eles vão as compras e aos psicólogos
Do prólogo ao epílogo.enigmáticos

 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Paixão em capitulos.



Primeiro capítulo: a conquista. 

Inspirado pelo desejo o homem e a mulher nesta fase são dóceis não do jeito enjoativo,  mas cativantes, românticos, simpáticos, geniais, maravilhosos... Nossa mente quando desimpedida, entrega-se aos feitiços da paixão.  Sim feitiços, quer dizer inebrio, encantamento. Cativados tornamo-nos como  fonte e energia. Um dependendo do outro... Dispomo-nos a fazer o que costumeiramente não faríamos. Sim nos lançamos em climas que antes hostis e inimagináveis agora desfrutamos com certo prazer porque nossa fonte de energia está ali nos abastecendo. Ainda nos sentimos um peixe fora da água?  Se a fonte de energia  não ali presente, sim,  mas enquanto juntos não existem barreiras e o que antes inadmissível abraçamos com fervor. Queremos impressionar? Não. Queremos agradar, queremos estar juntos com nossa fonte de energia, com nossa fonte  de prazer. Esta redoma de encantamento nos aprisiona involuntariamente (aspas) e nunca admitiremos que ficamos bobos, mais felizes... Mais confiantes... Também negligentes, estacionados, desinteressados no resto do mundo... E entre uma ponta:  negligência a outra:  desinteresse, estagiamos em vários níveis... Desde os mais simples como deixar de dar importância a uma aula a  menosprezar os filhos. Que futuramente lembraremos  com arrependimentos. Mas enfim...


Capítulo dois...

 Alguns meses, ano ou anos... E começamos a ver que há vida além da redoma criada... Perigo, perigo! Estamos acordando. Não só nós, o outro... Aquele comportamento repetido tantas vezes que exerciam um pavor da perda já começa a ficar sem graça. Já brigamos mais por não aceitar um comportamento egoísta demais... A cama,  nossa ceifa, nossa essência ainda é prazerosa, mas já depende do que aconteceu antes dela. Estamos acordando da hibernação... Tantos arrependimentos... Fiz isso com meu filho?  Faltei àquela aula? Onde estava com a cabeça? Segundo capitulo representa definição. Neste você como se saindo da infância para adolescência esta cheia de pontos interrogatórios... Agora, a admiração, as qualidades são postas a prova.. um checkin comportamental é feito. Cheiro, pele, conduta... São avaliados... Ou não? Normalmente sim. Você se dará conta em algum momento que a vida é mais que dois... Não é que aquele vizinho é bonitinho?  
 Capaz de aquele elo incorruptível não ser tanto assim... Mas, isso depende do que foi construído neste tempo de paixão avassaladora. 

Capitulo três ...???? 

Como o capitulo três depende do que acontecer no capítulo dois... Vou ficando por aqui.

Mas, resumindo se tudo aconteceu desmiolado, mas certinho como: alicerce bem feito, tijolos bem assentados, parte elétrica nos conformes... nascerá o amor... Que bonitinho! Dizem que o amor é bobo, mas ele não é bobo  não. Analisa direitinho os prós e contras. Portanto, se você insistir numa furada aí nada a ver com o amor e sim com autoestima. Normalmente  se  a coisa desandou e você notou que este mar não é pro seu peixe seja esperto:  Pule fora que é fria
Só espero que ainda não tenha  casado. Aí, a  chapa esquentou.  

Noite em claro



A noite lá fora é pacífica aqui dentro não.
Aqui dentro, a noite, o coração é ladrão.
No silêncio  a alma fala, grita, esperneia
E não há quem no silêncio ouça o que aos berros me ladeia.
A noite,  qualquer  dor se reinventa que o diga  meu coração
Que se impõe.  e  se quero silêncio ele diz não.

Dizem que sou dono do meu nariz, mas à noite desconfio.
Perco o controle dos olhos e sob um  chafariz me fio
Enxugo reprimendas e minha cerviz endurece teimosa
Desconfio da minha fortaleza que me enche a tez lacrimosa.
O mundo regurgita todo seu peso sobre ombros apaixonados
E a dor camuflada  de dia a noite vem como pecado.

Procuro o sono desesperado desejoso, um  sono tranquilo.
A noite não há rima, poesia, cantoria,  só grilos.
Que cantam, viajam em lembranças infindas.
Lembranças que não trazem conforto aumentam a ferida.
Palavras entoam num grau difamante onde errei.
E o relógio desperta:  6 horas da manha, (tic,tac).. E  ainda não sei.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Amargura com açucar



Olho-te, entre tantas  és única

A mulher, a dama a puta.

Aquela que faz-me prazenteiro.

Que me  faz pensar:  o tempo inteiro



És perfeita em meio a tantos defeitos

Se  longe o ar parece   rarefeito

Se perto volto livremente  respirar

Te absorver, me perder e levitar.



Diante de ti sou  um mero tolo

Imperfeições  causam  tanto dolo

Fazem aspirações declinar
Se em seu barco não puder navegar





Mulher, dentre  tantas  única

Adoçaste a amargura com açúcar

E dentre tantos consigo sobressaltar

Nesta  mistura de gosto singular



O tempo não impõe limite

Aceitei com prazer o seu convite

Andar sob os pés da constelação;
Um novilho transformado em leão.



Quando nascemos  já estava consumado

Nascerão e viverão  sob  pecado

Mas este mal poderão subjulgar 

Se a amargura com açúcar amenizar.

Deixa rolar com responsa.



Tá cheio de vontades, né? Um colega dizia ao outro. Tinham ido numa festa e ela  estava bombando. O campo era fértil em todas as áreas. A bebida era farta, a comida passava como top model em passarela e as top models eram de esquecer a bebia e a comida, as mulheres normais também davam substância ao ambiente. Que festa, é esta? Dizia um ao outro celebrando a deslumbrante e magnânima e lotada festa.    A empresa tinha um portfólio de clientes considerável e os funcionários na sua maioria marcavam presença. Era uma festa para clientes e funcionários, mais para clientes, diga-se. Aos funcionários, os melhores, aqueles que estavam no topo das vendas. Sim, parecia uma ação discriminatória, mas era dito mais como um bônus para aqueles que tinham trazido os clientes de peso. O tal fulaninho chegou você viu? Disse um ao outro. O que vi é  que ele ficou em primeiro na lista de novo? O outro: pois, é.  Como ele consegue? Deu uma pausa para demonstrar toda sua revolta.  Sim, como? Nos esforçamos tanto quanto ele.. Mês passado fiquei praticamente 14 horas na empresa. Achei que este era meu mês...Meu mês! Porra, me esforço pra caramba. E este merda está sempre me fazendo parecer  idiota.  Olha só o jeito dele! Meu, nem dá pra acreditar que este cara é o melhor vendedor da empresa. Olha aquela calça? Fala sério, é uma piada, né não? O cinto do cara é marrom e o sapato é preto? Tem dó.  Quem não sabe que isto é ridículo? O outro que ouvia, mas provavelmente partilhava dá mesma opinião escutava atentamente o desmando do outro. Sabia muito bem que esta frustração era recorrente e refletida por muitos que ali estavam. Estar no topo era como ser um deus aos olhos dos outros vendedores. Era como se não houvesse ninguém acima. Esta pressão as vezes custava o bom convívio com outros vendedores, sobretudo àqueles que se destacavam,  mas era assim que funcionava. Afinal no mundo competitivo sobressai quem tem mais cartas na manga, E o tal fulaninho a cada mês demonstrava que tinha várias, na manga, nos bolsos, na cabeça... Enquanto ainda concluía seus pensamentos o fulaninho chegou sem ser notado.  Olha quem está aqui? A dupla de perdedores. Disse debaixo de um sorriso, escarnecendo da dupla que fora pega de surpresa pela presença inesperada do tal.  Aposto que estão falando de mim? Hahha! Sabe qual o mal dos perdedores? Eles não sabem perder. Em vez de se conformarem com o segundo e terceiro lugar estão sempre almejando o lugar de quem está acima deles. Isto é pecado, sabia?  Tudo bem, vocês chegam lá. E saiu assim como chegou com seu ar superior de quem todos odeiam mas que almejariam estar no lugar. Moral da história? As pessoas se importam com cada coisa;  Se olhassem do lado de fora aquele mendigo que está contente com a lavagem que retirou do lixo e comeu  e que achou deliciosa ou mais adiante trombassem com a mulher que estava contente por ter recebido 80,00 reais pela faxina do dia inteiro e respirava aliviada porque pagaria a conta de luz atrasada. Sim, mas também não podemos olhar o mundo por baixo, claro que não. Mas,  somos tão fúteis quando não somos agradecidos e tão pessimistas quando deixamos de ver o lado bom das coisas. Somos insaciáveis em tudo que conquistamos? Sempre queremos mais? E quando nos sobrevém o retrocesso fazemos o que? Sentimos pena de nós mesmos?  Não devemos ter parâmetros mas devemos ser um pouquinhos mais comedidos... Parece que como diz Salomão: queremos alcançar o vento. Tudo é vaidade um esforço inútil para alcançar o vento. Se nossa vaidade fosse traduzida  em palavras...Seríamos como o que? Lobos em pele de cordeiro?

domingo, 17 de setembro de 2017

Sapato novinho



O céu abriu minha cabeça mas não meu coração              
Vi tudo direitinho mas não encontrei a solução
A solução? abandonar todos meus planos e refaze-los
A esta altura abracei com força o desespero.

Parar de correr atrás de corações entretenimento
Encher meu coração do verdadeiro conhecimento
Parar de beber no copo da minha devassidão
Parar de olhar o mundo pelas frestas da mão.

Teimar com meu corpo em desalinho
Que quer o prazer como um sapato novinho
Teimar como os teimosos de prontidão
Que não cedem por ceder a qualquer provocação.

Olhar o coração no peito alheio como olho o meu
Se estivesse no meu peito sofreria como eu?
Se o que faço causa em outro peito desalinho
Ou se  usa o prazer como um sapato novinho.

Desculpas, se pareço confuso.




Desculpa não foi de propósito. Esbarrei sem querer. Pedido clássico de desculpas num caso  acidental. Quem já não cometeu um acidente numa situação inesperada? Ruim é aquele oriundo de algo que não queria ou não deveria.  Internamente não era para ser assim só que estava tão preocupado em não fazer errado que fez.  Lá vai eu novamente me justificar:  Desculpas não sei onde estava com a cabeça, diz ele pra ela. - É que pensei que você também queria, mas juro,não queria estragar nossa amizade.- Hummm! Situação constrangedora. Por isto o pedido de desculpas.  Internamente não era para ser assim:  Você jogou a  isca consciente  e se ela quisesse o mesmo que você,  Gol! Assim se sucede: Desculpa, falei demais... desculpa não queria dizer isso. Desculpas, desculpa, desculpas! Te traí mas não tive culpa, aconteceu. Te magoei mas não era esta a intenção. Todas aquelas mentiras que contei não foram com o propósito de  fazer você sofrer.


Ele fez uma coisa que até as borboletas notam que te sacaneou e quando vai tirar satisfação ele realmente fica ofendido com sua desconfiança.  Mas, ele sabe que não esta sendo honesto e pensa:  Ufa, me safei desta, preciso tomar mais cuidado... Talvez até  pense:  sou um ótimo  ator. Como ela pode cair nesta?  Talvez um pouco mais sórdido: que otária!
O que deveria fazer diante de clarividências? Dar um basta mas,  o que faz?  
 Finge não ver o que é óbvio  e sua conformidade para  aceitar o que não deveria se agiganta. Não quer perdê-lo. Não consegue ficar longe dele. E começa aceitar o inaceitável. Lastimável... Sim, porque acontece exatamente o  oposto... Cada vez que se  desclassifica para tê-lo por perto e cada degrau descido menos ele te valoriza e mais se afasta, menos respeito tem por você.Não,não é nada premeditado... Quem não se dá valor não causa interesse.   Causa e efeito: Se não se dá valor o mercado não te valoriza. Se és servil sua postura dá pinta. .. e uma coisa leva a outra... Pense numa avalanche, Com ela só outras catástrofes. Como quando você sai da cama já tropeçando e diz: Hoje vai ser um daqueles dias.. e será profeta! Depois seu pão com manteiga cai com a manteiga virada para baixo... E aquela energia de desastres se aloja sobre sua aura.. O dia será difícil. Você não pediu? Pena que certas regras não assimilamos como valores e se exímios em falar delas quando o caso não nos diz respeito ao sentirmos na pele agimos pior do que a quem um dia pretendemos  dar conselhos. Veja o caso: A moça  está apaixonada e  pressente por a+b que a coisa vai desandar... Todas as luzes de alerta  se acendem indicando que a pista é roubada... Mas, ela resolve encarar.. Péssima idéia. Vê-se num ambiente estranho e sua intuição está confirmando dizendo: ta estranho...O que mais a dizer?  

Deixa dizer outra coisa que você já sabe: Todo pedinte, isso mesmo,  mendigo, aquele que pede,  ou causa compaixão ou causa raiva. Emocionalmente não é diferente. Quem chafurda lixo procurando preciosidades é porque está mal mesmo. E quem está mal  atrai o mal. É uma puta sacanagem.. Mas, esqueça esta ideia de que o bem sempre vence, que no final a justiça prevalece. Balela!  Se você está quase no fundo do poço... não vai aparecer um anjo para te resgatar... mas ouvirá muita gente enrolada dizendo:   bem vindo aqui é seu lugar. 

Aprenda uma coisa em três regras. Desculpas são uma forma de não assumir seus erros e aprender com eles.  Fingir não ver o que é óbvio não é cegueira é covardia,  é medo de perder o que não tem ou de adiar o inevitável.  Uma carência emocional de grau grave que te arrastará pra baixo e nunca para cima. Lembre-se:  faz você mendigar amor como um pedinte que causa compaixão ou raiva. 

E por ultimo.  Se apequenar diante de alguém que não te valoriza mostra que seu valor de mercado está baixíssimo e você acredita nisso e você sabe,  o que tem pouco valor ninguém valoriza.
Existe desculpas e desculpas.. Valores e valores e depreciação e depreciação... Entendeu?  Desculpas,  se pareço confuso.  

domingo, 10 de setembro de 2017

Caminhos tortos



Ando em caminhos tortos
Pois tortos são os olhos que vemos
Ando na devassidão
Porque aos poucos meus princípios foram desaparecendo
Sinto-me roubado
Porque do dilema de ser ou não ser sou deputado.

Os olhos vêm mas os ouvidos não escutam
Os passos que hoje dou amanha me assustam
Ando designado a uma peregrinação
De acreditar e duvidar sem distinção

Os passos que dou já não me guiam
Se escolho um lado minhas pernas vacilam
Há tanta ponderação
Que o tempo passa e permanece a indecisão.

Vai lá cidadão compre isto com  alegria
E não  se preocupe amanha é outro dia
Você pode, você merece  o novo  modelo        
Compre tudo e nem olhe no espelho.

E lá vai o assalariado
O lojista está pensando: que coitado
Compre em 24 prestações é a oferta do dia
Leve um e pague dois com garantia.

Meus filhos quantos são?
Em casa só a noite: mundo cão
Vamos brincar soa ofensivo
Brincar? Eu já nem sei o que. que é isso.

Mulher minha mulher é a do serviço
A de casa é só para os compromissos
Passo tempo demais com a de fora
Mal chego em casa e já tenho que ir embora.

Ando em caminhos tortos te falei
Você está entre os mortos? Eu também
Meu time é capitalismo em ação
Mato um leão e sobra dois: sou refeição.