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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Walter T, o cara.



Walter se gabava de sua fina extirpe e poderosa capacidade de seduzir mulheres de todo estado civil: casadas, solteiras, divorciadas e desquitadas. O único ponto exigido no curriculum é que fosse bonita, corrijo,  dois: e gostosa. Por causa de sua fama gostava de ser chamado de Walter tietada. Contava com orgulho suas proezas e se vangloriava  todas as vezes em que uma desavisada caia na sua rede.  Embora gostasse de contar vantagem, inusitadamente  ele não chegava aos finalmente. O que ele gostava mesmo era de ver as moças praticamente implorando para que ele concluísse o que ritualisticamente começara. Não, isso não. Ele era um homem casado e sua religião não permitia. E tinha mais,  a lei do carma é irrefutável, segundo seus princípios. (Sim, ele tinha princípios)  Fazia a magia mas não dava o sabor e sendo assim não se importava com o resultado do seu bendito fruto espalhado naqueles que se sentiam ofendidos: maridos, namorados e afins.  Certa feita um candidato a ser contemplado com um par  de chifres foi tirar satisfação com   Walter tietada, queria saber quem era o desvirtuoso a quem  sua mulher deixara o bom caminho. Aquele dia ele temeu pelo pior, mas o que o marido queria mesmo é que ele libertasse a mulher daquele feitiço. Depois do susto Tietada se sentiu praticamente um deus por ter sobre sua mão o poder de separação ou continuidade daquele casamento. Assim suas aventuras e seu nome perpetuava entre aqueles corações cuja magia tietada enfeitiçara. Quis o destino que o feitiço se tornasse contra o feiticeiro. Neste dia conheceu  Isis, mais uma para meus proventos, pensou ele, já se engraçando como de costume. Algum tempo se passou e seu novo  investimento parecia bem sucedido. Tudo parecia ir de acordo com o de sempre. Isis, seria mais  um coração  partido por sua insensibilidade em retribuir amor a quem  deixava um vale de lágrimas.  Tramara  o destino que caça e caçador se encontrassem e desta vez tietada meteu os pés pelas mãos. Depois da noite de amor, Tietada não conseguia mais pensar em nada a não ser na dita cuja. Noutro dia empolgado queria repeteco. Qual não foi sua frustração quando lhe dito que tudo fora apenas uma diversão: repeteco não. Nem naquele dia nem noutros. Tietada não se conformou e por dias insistiu, persistiu sem nenhum crédito. Sua mulher cismada com seu comportamento mudado, quis saber o que acontecia.  Depois de muita especulação bateu na porta de Isis, solicitando que deixasse seu marido em paz.  Como diz o velho ditado quem tem dente sente e quem tem palha se ressente ou como quiser: Aqui se faz aqui se paga.

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