Na meia idade
Os traços da beleza parecem escassos
Os cabelos brancos indicam o principio de agonias e papos.
O metabolismo aos trancos e barrancos
E aos solavancos
trabalham penosamente em prol do corpo
Quase morto? Rastejando num deserto sedento, leeeento!
As rugas aparecem certas,
discretas para não assustar
Mas assustam com seus sulcos fazendo do rosto um inferno secular
A arte do artista
esmaecendo perdendo espaço para metamorfose mórbida
Coabita em formol toda performance de um estilista, pura
poesia sórdida.
Os músculos dizendo adeus diante dos olhos dando tchauzinho,
Se despedindo do corpo ázimo.
Para piorar Jovens
pululam como peixes na piracema
Lembrando dos fracassos, dos declínios dos entas...
Senta e espera que a gravidade vai derrubar, desconjura!
Então a gente tenta na
academia tudo mudar. Amem, Deus ajuda!
Vamos falar a verdade sobre elasticidade? Comprometida.
Graças ao descolágeno, descalcificação, desventura,
desqueratina.
Aquele rosto lindo agora parece borracha curtida,
Na juventude vai e volta na meia idade vai e fica.
E as estrias? É coisa da meia idade?
Na meia idade os traços da beleza são escassos.
Infelizmente tem mais os oses: escolioses, sifoses... e por aí vai. É dose!
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