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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Meia idade -É dose!



Na meia idade
Os traços da beleza parecem escassos
Os cabelos brancos indicam o principio de agonias e papos.
O metabolismo aos trancos e barrancos
E aos  solavancos trabalham penosamente em prol do corpo
Quase morto? Rastejando num deserto sedento, leeeento!
As rugas aparecem certas,  discretas para não assustar
Mas assustam com seus  sulcos fazendo do rosto um inferno secular
A arte  do artista esmaecendo perdendo espaço para metamorfose mórbida
Coabita em formol toda performance de um estilista, pura poesia sórdida.
Os músculos dizendo adeus diante dos olhos dando tchauzinho,
 Se  despedindo do corpo ázimo.
Para piorar  Jovens pululam como peixes na piracema
Lembrando dos fracassos, dos declínios dos entas...
Senta e espera que a gravidade vai derrubar, desconjura!
 Então a gente tenta na academia tudo mudar. Amem, Deus ajuda!
Vamos falar a verdade sobre  elasticidade? Comprometida.
Graças ao descolágeno, descalcificação, desventura, desqueratina.
Aquele rosto lindo agora parece borracha curtida,
Na juventude vai e volta na meia idade vai e fica.
E as estrias? É coisa da meia idade?
Na meia idade os traços da beleza são escassos.
Infelizmente tem mais os oses:  escolioses, sifoses... e por aí vai.  É dose!



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