Nós somos lentos ao afeto
Demoramos a pegar gosto pelo desconhecido (pessoa estranha)
Um anjinho pode demorar a ser aceito
Imagine um capetinha cheio de ímpetos.
Temos uma deficiência vitamínica a ter boa disposição
Para abrir as comportas da boa ação.
Somos dificeeeeis de aceitar o que é estranho
Sei lá, vivemos meio como a dizer: quem é fulano?
Não gosto de beltrano, hiii, lá vem ciclano!
O balsamo das ternas afeições demora a inalar cheiro
Parece que vivemos entrincheirados com medo.
Ou talvez seja difícil abraçar as mudanças
Como se abraçaria uma madrasta.
Se ela for do bem, porque do mal sabemos muito bem.
Parece difícil mudar de graça:
De graça sem graça, de graça sem causa a graça por graça
Quando se fala em mudança atiramos na vidraça.
Olhamos torto, xi: vai dar problema!
E mesmo sem ter no que embasar repetimos: Hum, vai embaçar!
Mas daí, aceitamos... E o que era estranho comentamos:
Que lindo, que belezinha!
Mudamos a melodia. Que ironia!
Não, não é falsidade é que demoramos a aceitar a equidade.
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