Porque minha saudade sou eu que
sinto. E não minto. Ela pode ser fruto das minhas incertezas, claro. Mas, são bons momentos que alimentam um sonho. E quando acolchoada
em devaneios queremos mais. Porque
saudade é como um cheiro gostoso que nos traz lembranças. Que nos faz querer
estar tranqüilos ao lado de alguém porque ela nos faz bem. A palavra saudade
tem um que de magia, pois impulsiona a ação. E se não atendida dilacera o
coração. Porque precisa do aconchego, do enredo, da voz da
comunicação. Se atendida ela esvai-se despercebida como um remédio para dor quando cura. Mas, ela
volta, como chama viva, gostosa, remida e solícita, pedindo para ser suprida. E esta gostosa conexão com feedback
de emoção faz da saudade impar. Às vezes ela demora em aparecer quando de
repente, do nada, você lembra
de alguém que foi ou, ainda é importante. Aí você faz aquela correria
para saudade matar. Senão acontece, aquela chama fica solta no ar esperando guarida,
que também não deixa de ser uma forma da saudade apaziguar. Mas em
algumas ocasiões não tem jeito a saudade volta ligeira, louca
para ser saciada. Você mal desliga o
telefone, e lá vem a saudade. Quando a pessoa amada vai embora, lá vem a
saudade. Não faz nenhum segundo e a
saudade já voltou? Hum, pode ser amor.
Também pode não ser, mas se a saudade bater é bom prestigiar porque senão o peito encurta e a saudade vira dor. E dor vira angustia.
Angustia vira tristeza e tristeza faz a
saudade morrer... Se bem que tem saudade
que nunca morre.
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