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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Saudade que sinto



Porque minha saudade sou eu que sinto. E não minto. Ela pode ser fruto das minhas incertezas, claro. Mas,  são bons  momentos que alimentam um sonho. E quando acolchoada em  devaneios queremos mais. Porque saudade é como um cheiro gostoso que nos traz lembranças. Que nos faz querer estar tranqüilos ao lado de alguém porque ela nos faz bem. A palavra saudade tem um que de magia, pois impulsiona a ação. E se não atendida dilacera o coração. Porque   precisa do aconchego, do enredo, da voz da comunicação. Se atendida ela esvai-se despercebida como  um remédio para dor quando cura. Mas, ela volta, como chama viva, gostosa, remida e solícita, pedindo  para ser suprida. E esta gostosa conexão com feedback de emoção faz da saudade impar. Às vezes ela demora em aparecer quando de repente, do  nada,  você lembra  de alguém que foi   ou, ainda é importante. Aí você faz aquela  correria  para saudade matar. Senão acontece,  aquela chama fica solta no ar esperando guarida, que também não deixa de ser uma forma da saudade apaziguar.  Mas  em  algumas  ocasiões  não tem jeito a saudade volta ligeira, louca para ser saciada. Você mal desliga  o telefone, e lá vem a saudade. Quando a pessoa amada vai embora, lá vem a saudade. Não faz nenhum segundo  e a saudade já voltou?  Hum, pode ser amor. Também pode não ser, mas se a saudade bater é bom  prestigiar  porque senão o peito encurta  e a saudade vira dor. E dor vira angustia. Angustia vira tristeza e tristeza faz  a saudade morrer...  Se bem que tem saudade que nunca morre.

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