someone lyke you

domingo, 27 de julho de 2014

Desamparado



Como fico desamparado
Quando você não faz caso
Do meu abstrato
Como fico vazio
Quando abstratamente não  está comigo

E me pauto na lógica da minha imaginação
Tirando conclusões
Escarafunchando, procurando provas
Onde a lógica e mais ilógica  constatação

A cabeça cheia
O coração vazio
E a inércia contrasta com  meus desvios
A agilidade  dos meus pensamentos
É um advento que me permeia

E o tic taque do relógio
Marca o compasso da minha  sublevação
Martelando os compassos na minha inquietação
Nesse vácuo interrogatório

E divago entre infinitas interrogações
Ser ou não ser eis a questão
Anelo a cura para os males do coração
Que ironiza minha razão.

As dolorosas constatações
Encontram guarida
No campo vasto da imaginação
Que amofina
E entrementes  a constatação é  dúvida
Que  no  coração,  duvida

E como saber  qual o seu idílio
Qual a raiz que viceja o tronco
Sou  a razão que dobra a cerviz
Ou a medula que lhe apraz o canto

E o tempo marca o canto triste
Melodiando todo desengano
A incerteza  é  a diretriz
Neste oceano que vou navegando.




quinta-feira, 24 de julho de 2014

Equação



Ai, noites  calientes me chamem de bebe.
 Ai, que falta que sinto de você.
Sua voz retumba em meus ouvidos,
Ecoam enquanto vou curtindo:
Sua pele rósea, o cheiro enigmático, a prosa, o vinho.
Deleito, deleitando em cama boa.
E a fusão esperada, mui esmerada e desejada se dá em comunhão..
Então já não sou depois da conexão
A lasciva, a luxuria é consagração.
Assim se dá, assim ecoa.
 Santificada seja esta união.
 Se depois haverá revés.
Refletindo haverá viés
 Se a moral imporá sanções,
São fatos  e dilacerações.
O fruto do pecado  semeado e consumado é bendito ou maldição?
 Não sei  ou finjo que não.
O fato que esta equação é simples
Ou me perco ou perco você.

Saudade que sinto



Porque minha saudade sou eu que sinto. E não minto. Ela pode ser fruto das minhas incertezas, claro. Mas,  são bons  momentos que alimentam um sonho. E quando acolchoada em  devaneios queremos mais. Porque saudade é como um cheiro gostoso que nos traz lembranças. Que nos faz querer estar tranqüilos ao lado de alguém porque ela nos faz bem. A palavra saudade tem um que de magia, pois impulsiona a ação. E se não atendida dilacera o coração. Porque   precisa do aconchego, do enredo, da voz da comunicação. Se atendida ela esvai-se despercebida como  um remédio para dor quando cura. Mas, ela volta, como chama viva, gostosa, remida e solícita, pedindo  para ser suprida. E esta gostosa conexão com feedback de emoção faz da saudade impar. Às vezes ela demora em aparecer quando de repente, do  nada,  você lembra  de alguém que foi   ou, ainda é importante. Aí você faz aquela  correria  para saudade matar. Senão acontece,  aquela chama fica solta no ar esperando guarida, que também não deixa de ser uma forma da saudade apaziguar.  Mas  em  algumas  ocasiões  não tem jeito a saudade volta ligeira, louca para ser saciada. Você mal desliga  o telefone, e lá vem a saudade. Quando a pessoa amada vai embora, lá vem a saudade. Não faz nenhum segundo  e a saudade já voltou?  Hum, pode ser amor. Também pode não ser, mas se a saudade bater é bom  prestigiar  porque senão o peito encurta  e a saudade vira dor. E dor vira angustia. Angustia vira tristeza e tristeza faz  a saudade morrer...  Se bem que tem saudade que nunca morre.

domingo, 20 de julho de 2014

Titubeio coloquial



Ah, que me apaixona as chamas da sua virulência
E as chamas incendeiam  a minha pendência.
 E  fico insólito, indômito em infinitas reticências.
 E entre aspas  me apaixono
E entre vírgulas rejeito tal emoção
E  acabo  em infinitas interrogações.
 E entre um advérbio e outro
Fico   matutando em como realizar meus sonhos
De cair nos seus braços e... Ponto final.

sábado, 19 de julho de 2014

Dia de férias num hotel.



Vozes invadiam o quarto por todos os lados. Um burburinho a La feira livre denunciava um acontecimento fora do comum. Ao fundo, ouvia-se o arrebentar das ondas  misturando-se como água e açúcar confundindo melodioso,  vozes e o mar. Era o cheiro da vida encurralando o homem da cidade convidando-o a viver.  Diante do quadro nada lhe restava a não ser sair do quarto do hotel que o aprisionava  e abandonar qualquer pretensão que ainda tinha de ali continuar. E um desprendimento quase estranho tomou-lhe resignando-o a deixar o estigma da cidade para lá e misturar-se ao cheiro de gente que irrefutável lhe flertava.
 Às vezes é tão pouco o que a gente precisa para fazer o coração pulsar numa nova batida, num ritmo novo. Sim, isento da monotonia que tornou sua vida, que demarcou  os espaços por onde deveria orlar seus sonhos. É como um homem que perdido no mar já cansado de tanto nadar perde os sentidos e de repente do nada, de súbito, tira forças não se sabe de onde para um último fôlego que rompe os grilhões das águas que o estavam sufocando num limiar de vida e morte tão sutil, tão gêmeo, que quase não se percebe a diferença. E ali, naquele instante o coração ritmado  retorna com novas forças a vida que a pouco estava no limiar. E a vida que antes parecia boa fica partida como um espelho trincado que deixa  sua imagem turva.
A vida precisa de um chocolate, um sorvete, em meio a verduras, legumes e integrais. A vida precisa daquele som, sim aquele burburinho,  o convidando a viver, a se libertar do que te faz pequeno, a sair da mesmice rotineira que faz a vida parecer tão sem graça.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Exemplos de conduta.



Às vezes ajo como Jose, fujo.
Às vezes como Davi,  luto.
Às vezes Salomão, reflito.
Às vezes como Elias, acredito.
As vezes sou  como Moises,  espero.

Todos eles tinham uma fé incontestável naquilo que acreditavam  e tiveram diante dos obstáculos  uma postura de fidelidade e mantiveram firmes aos seus princípios. José diante da mulher do Faraó poderia ceder aos seus encantos, mas não, ele se recusou e manteve integridade não a Faraó,  mas ao  Deus que ele venerava . Por conta disso ele pagou um alto preço.  A história de Davi é igualmente impressionante. O mais jovem entre 10 irmãos foi escolhido como rei de sua  nação  ainda jovem. E sua vida de batalhas  começou antes mesmo de ser rei quando lutou  contra  Golias , um filisteu que era um homem experimentado na arte da guerra além de ter uma estatura descomunal. 
Durante seu reinado Davi se envolveu em muitas batalhas. Talvez a vida de Davi seja muito bem resumida numa frase dita por ele mesmo: “Fui moço, agora sou   velho, mas jamais vi o justo desamparado ou sua  descendência  mendigar o pão”. Já  Salomão seu filho,  é conhecido por sua sabedoria. A bíblia relata que não houve na terra homem mais sábio. Sua sabedoria era motivo de deslumbramento  até em  terras  longínquas. E tudo começou com uma escolha.   Deus lhe propôs uma escolha: Riquezas, Impérios ou  sabedoria. Ao escolher sabedoria, ele,  conseguiu tudo.
Elias, era um homem excepcional. Zeloso naquilo que acreditava e quando  a adoração em Israel pendia para a idolatria, Elias propôs um desafio entre os deuses pagãos e o Deus verdadeiro. Quando emergiu fogo dos céus em resposta a sua solicitação o que era contestável deixou de ser.
O que dizer de Moisés?  A  bíblia o classifica como o homem mais manso da face da terra. E não à toa. Imagina você  um homem que conduziu uma nação por anos e anos a fio em condições adversas numa terra árida,  em condições deploráveis,  acentuada pelos constante queixumes de um povo ingrato e lamurioso.
A bíblia relata que todas as histórias ali descritas foram escritas   com o objetivo de nos  ensinar. Através do exemplo de conduta destas pessoas podemos tirar proveito para o nosso benefício. E se tão somente vermos que nossa conduta influencia outras pessoas, poderemos ser tão apreciáveis  como foram estes homens de Deus.