someone lyke you

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Remissão



É devido saber que de tanto querer
Eu não pude evitar
Fiz o que fiz , disse o que disse
Falei  por falar.

É difícil entender como um querer
Pode assim te afetar
Nasce sem querer
E morre sem brotar

Mas onde há lasciva
Haverá remissão
Causando feridas
Causando desilusão

E a carne  remida
Apagará o pecado,
Haverá outra vida
Do outro lado

É devido saber que este querer
Fez-me acreditar
Que montanhas pudesse  mover.
O passado pudesse olvidar


E que as cicatrizes fossem curar
E que as sandices  cessar
Que as letargias apagar
E  a sabedoria perpetrar


Em tantos enlevos
Chegasse há  conclusão
Ser ou não ser omisso
Ser remisso ou não.

Navegar no pecado
Naufragar ou emergir
Conhecer o submundo
Exaltado ou fugir


Quem anda desavisado
Desavisado está
Quando o mundo acaba
Outros irão lamentar


Pois no turbilhão de medos há conceitos
Que falarão hesitantes
Pois na multidão  de argumentos,
Destilam-se tormentos discordantes.


É a vida, assentida   e  patética
Diante de tantas verdades ecléticas
Verdades que às vezes são mentiras
Mentiras que às vezes são poéticas

E um canto num encanto sonoro
Invade o coração como água sobre o solo
E a sublevação é espelho refletido
Exaltando um conto idílico

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