É devido saber que de tanto querer
Eu não pude evitar
Fiz o que fiz , disse o que disse
Falei por falar.
É difícil entender como um querer
Pode assim te afetar
Nasce sem querer
E morre sem brotar
Mas onde há lasciva
Haverá remissão
Causando feridas
Causando desilusão
E a carne remida
Apagará o pecado,
Haverá outra vida
Do outro lado
É devido saber que este querer
Fez-me acreditar
Que montanhas pudesse mover.
O passado pudesse olvidar
E que as cicatrizes fossem curar
E que as sandices cessar
Que as letargias apagar
E a sabedoria
perpetrar
Em tantos enlevos
Chegasse há conclusão
Ser ou não ser omisso
Ser remisso ou não.
Navegar no pecado
Naufragar ou emergir
Conhecer o submundo
Exaltado ou fugir
Quem anda desavisado
Desavisado está
Quando o mundo acaba
Outros irão lamentar
Pois no turbilhão de medos há conceitos
Que falarão hesitantes
Pois na multidão de argumentos,
Destilam-se tormentos discordantes.
É a vida, assentida e
patética
Diante de tantas verdades ecléticas
Verdades que às vezes são mentiras
Mentiras que às vezes são poéticas
E um canto num encanto sonoro
Invade o coração como água sobre o solo
E a sublevação é espelho refletido
Exaltando um conto idílico
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