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domingo, 28 de julho de 2013

Medo que nos protege





Quando criança ouvia a história de como os ratos enfim descobriram uma forma de saber quando o gato estaria por perto. Colocariam  um sino no pescoço do felino e toda vez que  o sino tocasse eles fugiriam. No dia da grande ideia todos os ratos se regozijaram de alegria. Daí em diante não precisariam mais temer o gato. Entretanto havia uma questão a ser resolvida: Quem poria o sino no gato?  A ideia era ótima  mas quem a executaria eram  outros quinhentos. Por falta de candidatos os gatos continuam andando  livremente a espreita dos ratos.

Todos nos temos nossos medos e de certa forma eles nos protegem. O medo de ousarmos diante do desconhecido tem causado o mesmo efeito de que quando surgiu a questão sobre  qual rato arriscaria  por o sino no gato. Por conta do medo  que zelamos piamente pelas pessoas que amamos . Assim estabelecemos limites para nossos filhos porque entendemos que eles são necessários e que precisam.  Vivemos dizendo que crianças precisam de limites e procuramos estabelecê-los à medida que vemos que determinadas coisas são perigosas. E quanto a nós?  Nos também precisamos de limites e muitos deles foram impostos quando ainda éramos crianças e nossos pais evidentemente nos coibiam como agora fazemos com nossos filhos. Isto transmitia mais tranquilidade e consciência de  que os tais  limites nos protegeriam. Assim uma mulher casada era respeitada por sua condição, os mais velhos eram respeitados por serem velhos,  uma criança por ser uma criança... A ideia do medo, da restrição nos dá certa segurança e nos conscientiza   do espaço alheio. Sim, nosso espaço é limitado quando esbarramos no espaço alheio. E isso parecia muito bom. Presumo que se focássemos o que diz a palavra de um homem sábio do passado evitaríamos muitos danos ao nosso semelhante. Ele dizia: "Deves amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo." Se amarmos a Deus cumprimos suas normas e se amarmos ao próximo certamente zelaríamos pelo que consideramos de valor, seja isso emocional ou físico. Hoje  ao  vermos crianças cada vez mas sem limites ficamos de certa forma  chocados. Aposto que quem se dirige para uma mulher após surgir um interesse por ela dizendo:  Você é casada? Ah, não importa eu não tenho ciúmes! Não aprendeu o que era limites na sua infância ou se deixou levar pelas suas próprias concupiscências.   Notoriamente vemos valores declinarem e  a libertinagem imperar imponente, formosa e leviana.
Não tenho noção do que implica nos tempos modernos esta formação mais libertina, mas eu imagino que tendemos ao mesmo fim de que todas as sociedades que perderam seus valores morais. ( Uma enciclopédia informa que o princípio da derrocada de grandes potências do passado começou quando houve um declínio de sua moral)
Se os ratos, enfim  conseguissem por o famigerado sino no pescoço do gato eu acho que provavelmente até nos seríamos suas vítimas. E de certa forma somos gratos  porque a ordem natural das coisas  continua bem, obrigado!!

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