Há um desconforto
entre o que quero e o indigesto: o Ego.
Que profana a harmonia dos meus intentos.
E por mais que me ensine o tempo
Acabo sempre onde tudo começou.
Atípico aos apelos do meu ser
Domado por uma razão que camuflou
O desejo que há em
mim.
E me faz escravo do que sou
A razão não decide o que quero
E o que quero é
submisso do meu ego
O ego toma conta de mim,
Quando não desejo e não espero.
Então acabrunhado me destilo
Numa conduta submissa de querer
A batalha que ocorre
dentro de mim
Escraviza e me impede de crescer
E submisso colho
frutos profanos
Dos desmandos do meu coração
Alimentando este monstro: o ego.
Destruindo o construído com esmero
Esmiuçando atirando-me ao chão.
O coração e a razão ,
esta rija
Disputam nesta batalha indefinida
Quem irá imperar?
As reticências insinuam desfechos
Quimeras, razão e desejos
O que irá almejar?
E quando penso que sou dono de mim.
Quase sempre me engano
As palavras que pronunciam enfim
Divergem revelando meus desmandos
E não é o quero que impera..
E este monstro , esta fera
Faz-me sempre olvidar:
Que entre a vontade e o querer
É preciso mais que
desejar
Este desconforto entre a razão e emoção
Prevalecem entre vidas
Vidas que esperam esperançosas
Uma conduta honrosa
Uma viagem segura e gostosa
Na embarcação do amor
Onde os planos que traço para mim
Afetem os que você dimensionou.
E que a discórdia dantes perfilada
Se desfaça, lânguida, quando não encontrar guarida
E que a segurança volte a reinar
Onde parecia perdida
E o amor volte a permear, resoluto e pleno
Na vida daqueles cujos intentos
Conjugam o verbo amar.
E aquilo que soou efêmero
Possa pra sempre imperar
Onde o banquete era de desilusão
Seja agora uma aclamação:
O ego sob a mesa, não irá sublevar.
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