Quero me
libertar dos grilhões do passado
Eles me
fazem pequeno
Fazem-me parecer
bobo, inseguro, ranhento
Outros grilhões
virão
Emaranhados
naquilo que sou
Se navegar em outras águas
Em outras águas irei me afogar
Se me perder
em outros braços
Outros braços irão me afagar
Desvencilhar
dos medos que me tornam pequeno
E dos
pequenos que desvencilham meu medo.
De tantos
atalhos que procurei
De tantos
consolos que não dei
Dos pecados
ocultos que cometi
Dos pecados
que não vivi
Das mazelas
que fui venerado
E das brasas
que a água apagou
Dos tropeços
ornamentados
Dos impérios
inventados
E da fonte
que secou
Das palavras
que repercutem insanas
Das
traquinagens e ações levianas
Dos
dissonantes segredos ocultados
Do coração dilacerado
Dos medos
que a vida cavou
Das avenidas
que fazem o que sou.
Acorrentado
no que me libertou
Estar livre e diante da beleza é um saber interno que conduz à avenidas iluminadas...Que poesia divina, parabéns
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