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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Chato


Aquele dia ,  ele estava se sentindo o cara.  Fizera 6 gols na mesma partida e  por conta disso, levou todo o glamour pra seu dia. Todos comentavam a força do seu time:  Vocë viu, meteram 12 a 2. Sério? Não acredito 12?... Para os jogadores das outras equipes  o placar causou certo receio de jogar com um time tão arrasador..Entrariam em campo com certo receio... E  o artilheiro tinha sido ele... Eu faço mesmo , senão me marcar entro com bola e tudo.  Vamos ser campeões deste torneio fácil, fácil,  dizia ele. Vai ser moleza!!  -  continuava falando empolgado. Chegou enfim o dia do próximo jogo.  Ele  estava confiante, entraria pra marcar gols e ninguém o impediria. Assustados pelo  jogo anterior, ninguém  acreditava , que conseguiriam vencer..  Montaram um esquema defensivo com a finalidade de perder de pouco. O jogo começou. Bola pra cá , bola pra lá, e nada da  estrela  do chato brilhar. Quando o jogo chegou aos    30  minutos, o chato começou:  Assim não dá pra jogar precisa de   6 pra  me marcar? Não adianta,  vou fazer  fiz 6 no outro jogo .  E repetia constantemente : Toca em mim que eu vou fazer. Fiz 6 no outro. E o tempo passava e nada do chato marcar ... Como as coisas não aconteciam como ele  imaginara, todas as jogadas passaram então a ser motivo pra ele falar:  Toca em mim que vou guardar,  toca em mim. Seu juiz assim não dá  foi  falta, é a terceira já! Vai sair cartão não?   Aqui professor, segurando.  É  falta, é falta,  gritava .  O bichinho falava tanto que começou irritar os jogadores do time adversário.. Fala demais, hein!!  Vê se joga seu futebolzinho, gritou alguém.  E mais irritado o chato ficava.  Toca em mim, toca em mim , gritava cada vez mais alto. Estão com medo , não adianta vou marcar, insistia ele.  E quanto  mais o tempo passava  mas o chato falava... O primeiro tempo terminou 0x0 e o chato falava que não tinha problema que ele ia fazer.  Neste clima começou o segundo tempo. Bola pra cá, bola pra lá  e nada . O bichinho corria, mudava posição, ia buscar a bola na defesa  pra ver se desencantava e  nada.  E quando chutava o goleiro defendia. Mudava da esquerda pra direita tentando achar o melhor posicionamento, mas não tinha jeito. O  time adversário era implacável.  A esta altura do campeonato o bichinho falava tanto que  todo time  adversário já estava cansado daquela voz estridente gritando: Toca em mim que faço.   Vê se joga quieto , seu mala, retrucou alguém, seguido por mais burburinhos do time adversário.  E um após outro quando passava por ele falava: Chato pra caramba, hein !  Vê se joga quieto. Se falasse menos e jogasse mais  talvez seu futebol rendesse melhor, ironizou alguém.. Aos 47 do segundo tempo  o juiz apitou o final do jogo. Neste momento a tensão  era tanta que por um  segundo esqueceram do chato.. A regra estabelecia que se houvesse empate no tempo de jogo comum, a decisão seria nos  pênaltis,  Quando chegou a vez do chato bater todo mundo desejou que  ele perdesse. Mas que nada, ele vez. Enfim seu gol saíra . Todavia seu time perdera muitos gols na batida dos pênaltis e agora só faltava um pra que o time adversário passasse pra próxima fase, eliminando o time do chato. Dito e feito.  O time adversário enlouqueceu de felicidade. Depois de pularem, cantarem e se cumprimentarem  pela vitória suada, alguém lembrou do chato:  Cadê,  aquele mala?  E gritou bem alto: E aí cracão, fez quantos?

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