Aquele dia , ele estava se sentindo o cara. Fizera 6 gols na mesma partida e por conta disso, levou todo o glamour pra seu
dia. Todos comentavam a força do seu time:
Vocë viu, meteram 12 a 2. Sério? Não acredito 12?... Para os jogadores
das outras equipes o placar causou certo
receio de jogar com um time tão arrasador..Entrariam em campo com certo
receio... E o artilheiro tinha sido
ele... Eu faço mesmo , senão me marcar entro com bola e tudo. Vamos ser campeões deste torneio fácil, fácil,
dizia ele. Vai ser moleza!! -
continuava falando empolgado. Chegou enfim o dia do próximo jogo. Ele
estava confiante, entraria pra marcar gols e ninguém o impediria. Assustados
pelo jogo anterior, ninguém acreditava , que conseguiriam vencer.. Montaram um esquema defensivo com a finalidade
de perder de pouco. O jogo começou. Bola pra cá , bola pra lá, e nada da estrela do chato brilhar. Quando o jogo chegou aos 30 minutos,
o chato começou: Assim não dá pra jogar
precisa de 6 pra me marcar? Não adianta, vou fazer fiz 6 no outro jogo . E repetia
constantemente : Toca em mim que eu vou fazer. Fiz 6 no outro. E o tempo
passava e nada do chato marcar ... Como as coisas não aconteciam como ele imaginara, todas as jogadas passaram então a
ser motivo pra ele falar: Toca em mim
que vou guardar, toca em mim. Seu juiz
assim não dá foi falta, é a terceira já! Vai sair cartão
não? Aqui professor, segurando. É
falta, é falta, gritava . O bichinho falava tanto que começou irritar
os jogadores do time adversário.. Fala demais, hein!! Vê se joga seu futebolzinho, gritou alguém. E mais irritado o chato ficava. Toca em mim, toca em mim , gritava cada vez
mais alto. Estão com medo , não adianta vou marcar, insistia ele. E quanto mais o tempo passava mas o chato falava... O primeiro tempo
terminou 0x0 e o chato falava que não tinha problema que ele ia fazer. Neste clima começou o segundo tempo. Bola pra
cá, bola pra lá e nada . O bichinho
corria, mudava posição, ia buscar a bola na defesa pra ver se desencantava e nada. E
quando chutava o goleiro defendia. Mudava da esquerda pra direita tentando
achar o melhor posicionamento, mas não tinha jeito. O time adversário era implacável. A esta altura do campeonato o bichinho falava
tanto que todo time adversário já estava cansado daquela voz
estridente gritando: Toca em mim que faço.
Vê se joga quieto , seu mala, retrucou alguém, seguido por mais burburinhos
do time adversário. E um após outro
quando passava por ele falava: Chato pra caramba, hein ! Vê se joga quieto. Se falasse menos e jogasse
mais talvez seu futebol rendesse melhor,
ironizou alguém.. Aos 47 do segundo tempo
o juiz apitou o final do jogo. Neste momento a tensão era tanta que por um segundo esqueceram do chato.. A regra
estabelecia que se houvesse empate no tempo de jogo comum, a decisão seria nos pênaltis,
Quando chegou a vez do chato bater todo mundo desejou que ele perdesse. Mas que nada, ele vez. Enfim
seu gol saíra . Todavia seu time perdera muitos gols na batida dos pênaltis e
agora só faltava um pra que o time adversário passasse pra próxima fase,
eliminando o time do chato. Dito e feito.
O time adversário enlouqueceu de felicidade. Depois de pularem, cantarem
e se cumprimentarem pela vitória suada,
alguém lembrou do chato: Cadê, aquele mala? E gritou bem alto: E aí cracão, fez quantos?
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