someone lyke you

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Revide


Augusto era um rapaz calmo, tranquilo. Tinha hábitos profissionais parcos e era comumente manso, cordial, gentil.Tinha já uns 40 anos de idade, um corpo privilegiado. Sim, era vaidoso e isso era notável pela seletiva alimentaçao e constante preocupação com atividades físicas. Seu esporte predileto era  futebol,  jogava 3 vezes por semana. Como de costume, terças ferias à tarde,  Augusto foi jogar seu futebolzinho, como todos ali conheciam as partidas de futebol,  e numa disputa de bola o adversário  entrou mais forte e acabou machucando  Augusto. Augusto embora sempre pacato fora do jogo, quando estava em campo mudava de figura, de quieto passava a falador e sua calma deixava de existir. Nao raro as pessoas que o conheciam estranhavam aquela mudança e falavam: "O cara se transforma em campo." Augusto não gostou nada daquela entrada, mas também nao demonstrou. Passado algum tempo de jogo, o rapaz que o tinha machucado pegou na bola, Augusto que esperava aquela oportunidade nao perdoou, veio com tudo e chutou o menino mesmo sem bola. Ai apareceu a turma do deixa disso, para com isso,  e conseguiram contornar  a situaçao. 
Assim como Augusto, nao gostamos de levar  desaforo pra casa. E numa situaçao ou outra torna-se incontrolavel deixarmos a situaçao pra la. Lembro-me de  uma ocasião  que estava tendo um bom dia. Me sentia alegre, o dia no trabalho era bom, e nao tinha passado por nenhum imprevisto desagradavel, nao sei porque mas aquele dia eu estava feliz. No horario do almoço resolvi passar no mercado pra comprar alguma coisa que precisava. Cumprimentei a caixa com cordialidade, ela parecia estar tendo um dia oposto ao meu e demonstrou isso quando fiz uma pergunta meio patética que talvez nao deveria ter feito. Foi como se ela soprasse  minha vela do bom astral, fazendo isso ela provocou 2 reações|: apagar meu bom astral e ascender a brasa da discordia que vive latente em nos, apenas esperando o sopro certo para  se manifestar. Me deu uma raiva, uma raiva tao grande, comecei a falar chamei-a de incompetente, falei que se ela tinha tido um dia horrível e que se era mal amada nao era problema meu, que se tinha problemas que resolvesse seus problemas fora do seu horario de trabalho e  nao viesse com  petulância pra cima de mim que era um cliente e desejava ser bem atendido.. Rsrs, mentira! Nao falei absolutamente nada, mas deu vontade viu? Por nao ter falado ou por nao ter aceitado o comportamento dela, fiquei com aquele bolo indigesto me corroendo por horas à fio. Se tivesse falado, talvez pudesse desencadear outras reaçoes em cadeia. Ela talvez refletisse que talvez tinha pegado pesado comigo e prometesse pra si mesma que nunca mais ia levar os problemas pessoais pro serviço. Se, tivesse levado tudo a ferro e fogo talvez levasse o caso pra seu superior e ela até poderia ser demitida, sei lá, possibilidades.
Em mim a reaçao foi aquele ar de discordia indigesto me assombrando e  num zaz tirou minha alegria daquele dia. Tem situaçoes que e fogo, por mais que queiramos agir com galardia torna-se demasiadamente   dificil suportar um afrontamento e queremos revidar... Rsrss.. As vezes me pego contando até 20 pra nao agir incontidamente...E depois vejo que foi melhor ter ficado quieto,  engolido aquele sapo enorme que parecia até estar gravida de tão grande que era.. Mas é uma droga! Se nao for assim acabamos brigando com o mundo. Até agir com sapiência as vezes incomoda. Exige esforços mais do que os costumeiros pra nao agirmos impulsivamente... Pois é, exige mesmo.  Augusto depois foi pro banheiro tomar seu banho e pediu desculpas pro rapaz, seu desafeto?   Vai saber, acontece, as vezes, do clima de discordia permanecer e nunca mais vermos a pessoa como viamos antes do entrave.

Nenhum comentário:

Postar um comentário