Oh, dona, esconde o que?
As brasas do passado sabem dizer
Oh, Madalena tu não choras mais
Se faz o mal, que bem ti faz?
Madalena, aponta o dedo vê defeitos
Olha o teu umbigo é tão faceiro?
Seu passado, sepulcro caiado
Tire a máscara mostre seus pecados
Anátema, anátema
Socorre os incautos dos seus caminhos
Cheira como rosa, fere como espinho
Inebriante seu discurso ensaiado
Fazem cócegas aos desavisados
Teu passado volta agigantado
Dilacerando outro pobre coitado
Sucumbira, tísico anêmico
Desfigurado, efêmero
Jaz o prazer extenuando
Será o pecado deflagrado
Moribundo, minimizado
No coração, odio e medo
Cobra traiçoeira
Deceparei sua cabeça num segundo
Meu calcanhar feriu em alto e bom som
Revidarei, tomarei seu chão
Prostrada, castrada dominada
O seu estigma, revelarei
Olha seu passado sujo
Não aponte seu dedo imundo
A quem te estendeu a mão
Cobra cintilante e faceira
Será sua obra derradeira
Definitiva conclusão..
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