Quando crianças nossos pais nos protegiam e éramos solicitados a aprender confiar nos adultos. Aqueles que conhecíamos, com ressalva aos estranhos. Crescemos num mundo um tanto complicado com diferenças sociais, econômicas, preconceitos. Entre tantas outras. Nossas preocupações, salvo interesse cultuado pelos a nossa volta, política não era algo que apreciávamos. Até que começamos a ter a responsabilidade de votar. Ou ate que entendemos nossa responsabilidade e da importância de bons representantes.
É um desafio lermos e ouvirmos tantas opiniões desacertadas e tantas acusações de fraudes num lugar após outro. Naturalmente em consequência disso, vem as mentiras em nome da defesa. E diga-se, defesa dos próprios interesses cabe ressaltar já que a defesa dos interesses de quem os elegeram fica para trás esquecida.
Sabemos ou deveríamos saber que qualquer decisão move uma série de outras que por consequência alteram a perspectiva senão todo um processo de acontecimentos. Quando crianças não tínhamos que pensar em tantas coisas. Agora temos. E nada melhor do que ter que fazer algo com conhecimento do que entregar pro bandido de mão beijada. Que é exatamente o que temos feito. Conferimos poder a lobos em pele de cordeiro. Vamos na onda por assim dizer e esquecemos que se, votamos junto com a maioria assumimos um risco. Se, votamos por falta de opção é porque desconhecemos os candidatos... A classe política do Brasil tem demonstrado que não sabemos votar. Agora que somos adultos e com algum grau de conhecimento deparamos constantemente com o descrédito àqueles em quem votamos. E agora em novo patamar: o desrespeito e a subestima. Só pode ser isso. Porque as barbaridades que estamos vendo é coisa pra cego. Nossos direitos conquistados as duras penas sendo leiloados a preço de banana.
Parece tão fácil tirar do pobre, mas quando cogitam tirar do rico, nossa, pra que! Aqueles em quem confiamos nossa representatividade nos traem se associando com grupos que visam seus próprios interesses e sua permanência no covil de salteadores onde as negociatas lapidam os direitos dos pobres para satisfazer os ricos. Esquecem. Que sem passar a mão na maçaneta não se abrem as portas.
Agora adultos não recomendamos que crianças
confiem nos adultos. Estes por suas resolveram que ser criança é melhor do que
ser adultos e ressuscitam a criança que
há neles. Assim podem fazer e acontecer. Podem inclusive brincar de jogar
opositores na cova dos leões. Talvez porque se imaginar criança é melhor do que um outro sinônimo, como corrupto ou ladrão.
Tudo tem a ver. Com os olhos. Quando cegos confiamos nas pessoas e suas promessas. Se libertos das cegueiras precisamos separar o joio do trigo. Precisamos ver. Só isto.
E também não podemos esquecer. Dizem que quem bate esquece e quem apanha não. Não é o que os fatos revelam. Tantos políticos que se dependessem da meritocracia estavam lavados... Mas, o que vemos é que escrúpulos não é uma palavra que conste nos seus vocabulários. E as notícias que nos chegam deveriam abrir nossos olhos. Errar uma vez é humano. Mas, repetir isto vez após vez é burrice. Somos o elo fraco da corrente, mas precisamos ser burros? Precisamos ouvir mentiras deslavadas toda hora como se fôssemos idiotas? Precisamos ver teatro satírico com coisa séria?
Tem uma brincadeira que diz siga os passos. Nesta você é o detetive e investiga a pessoa que vai confiar uma certa responsabilidade. Pra vencer o jogo você precisa correr atrás das informações. Por que não podemos fazer isso quando envolve resultados que mexem com nossas vidas?
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