Ah, eu hoje chorei por você.
Deveras cedi a meu pranto
Um misto de dor e dever
Na hora que veio o quebranto.
Faz tanto que não penso em ti
No tempo que outrora se foi.
Momentos bons que vivi
Lembranças vívidas de dois.
Se tenho que me arrepender
Por ser tão medíocre.
Eu faço questão de dizer
Não sou maior que um bipe.
Hoje o tempo dilacera
Laceração em forma de lágrimas
O tempo que hoje quimera
Ainda na boca amarga.
O que posso te dizer
Para desfazer o nó da alma
Nem tudo que se perde é perder
Nem tudo que se quebra são salvas.
Sei que fiz por merecer
Perder o amor pro conflito
Não sei o que posso fazer
Pra compreender o que digo.
Sem reacender a mágoa
Esta que fragmentada perdura
Sem desfazer todo trauma.
No veio da sua estrutura.
O mal que causei não tem cura?
Vívidas me vem diabruras.
Que ao corpo convém
Mas, que ferem tão bem.
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