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sábado, 12 de setembro de 2020

Mate a ingenuidade do que ouve.

 

Palavras são palavras. Elas podem vir recheadas de verdades ou mentiras. Que podem ser professadas pela mesma boca ou podem ser subvertidas a bel  vontade do próprio locutor. Não importa. Cabe ao ouvinte acreditar no que ouve.  Assim, o que nos imuniza da credibilidade ingênua? Ou o que demoniza aquele que diz alguma coisa que nos afeta negativamente? Estamos perdendo o critério de avaliação do que é verdade ou mentira ou estamos levando tudo pelo lado pessoal daquilo que nos compete no campo pessoal esquecendo por vezes que homens mentem conforme suas intenções   por vezes  sabendo porque o faz deliberadamente?  É como um lutador de boxe que estuda seu adversário.  Se ele é bom nos  ganchos, nos uppercut. O desafiante tentará neutralizar ou  criar uma defesa contra seus golpes certeiros. Pessoas com o dom da palavra fazem o mesmo. 

   Suas palavras são articuladas metodicamente para causar o efeito baseado no estudo de quem os ouve.  Quem fala, fala o que quer para atingir um objetivo e isto não tem nada a ver com boas ou más intenções.  Boas intenções podem se tornarem catastróficas e más intenções podem da mesma forma ser benéficas. Por isto não é o que é dito e sim o que  é feito. A nós ouvintes cabe a rigorosa capacidade de não acreditar simplesmente. Tornando crível o que na verdade pode ser apenas demagogia.  Deveríamos adotar um principio de sabedoria de acreditar desacreditando. Se nos deixarmos levar por palavras comoventes, bem faladas e que satisfaçam nossas conveniências muito provavelmente deixaremos de ver os descalabros por trás das intenções.  

  Até quando ouviremos ingenuamente um palavreado requintado como sendo verdade? Ou até quando nos debruçaremos a negativa do mal feito,  do roubo e da contravenção  bastando uma refutação dos atos onde as provas estão saltando na nossa cara como letrinhas douradas mostrando a mentira  para quem quer ver? Até quando ficaremos obtusos vendo a verdade sendo lapidada por defensores que treinados para burlar, burlam e que vasculham a letra da lei com interpretações torpes criadas por sua 'interpretação' em defesa dos seus próprios interesses e de seus clientes. O erro não são destes se analisarmos pois cumprem seu papel. Cabe a quem houve ser criterioso. Ainda que esta palavra não represente com precisão o que significa critério meticuloso e sem parcialidade. Isto tem a ver com a natureza dos ouvintes e sua maturidade. Não queremos ser malandros ingênuos dando crédito a quem debita da nossa credibilidade prejuízos da nossa falta de astúcia.  É sabido que somos tendenciosos e se envolve nossas paixões e nossas crenças  desacreditamos o resto. Um mal nato do ser humano que precisamos lutar contra. Isso envolve não acreditarmos no dito por apenas uma pessoa. E seja  o que for implementado como norma não fique nas mãos de um,  e sim de um  grupo heterogêneo de pensadores imparciais para solução de um problema comum. 

Toda vez que achamos que estamos acima dos demais,  nosso julgamento é parcial e por conseguinte apesar de toda clareza que possa existir na nossa conclusão pessoal,  ela não será  isenta  da parcialidade. 

 Assim fica claro, e assim espero que não compita ver, ouvir e dar um veredicto baseado no que ouvimos de apenas uma fonte. De apenas   uma boca. Como também não nos compete proferir condenação baseado em nossa opinião quando não imunes daquilo que nos afeta

 

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