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quinta-feira, 9 de julho de 2020

O riso que não gostamos



Sorrir é bom... Todo mundo sabe. Sorrir espanta os males.. seus músculos faciais provocam um bem estar gostoso. 

Neste país dos adversos somos pioneiros,  do riso forçado diante de absurdos. Andamos rindo à toa,  mas não de prazer, rimos igual ao riso que  provoca alegria:  nossa  mente é surpreendida por algo inusitado que faz cócegas na nossa imaginação e provoca em nós uma surpresa cômica, e hilária, só que esta não. Esta não tem  menor graça,  causa-nos uma surpresa antagônica ao que é sensato, o famoso rir para não chorar.   Estas cócegas que nos fazem rir dos absurdos, é a ultrapassagem da fina tênue que separa o prazer da dor, do engraçado para o que é de mal gosto, da inocência do dito para a dissimulação da realidade, e  se quiser numa única frase, da mentira como verdade.   Mas, diante dos absurdos cada vez mais absurdicos (a palavra não existe, mas como nosso país virou uma piada serve) ficamos assim boquiabertos: não, isso não pode ser. Não, não, tá errado. Sem noção. Os adjetivos são cada vez mais nesta linha diante ao desplante do que aqui acontece.  Só pode ser brincadeira,  fechamos.. É, mas não é. E se não abrirmos os olhos esta brincadeira vai terminar em chuva de prata. 

Agora, vamos  supor que quem nos faz rir forçadamente diante das adversidades não esteja brincando, que tudo que faz tenha  um objetivo. Que todo este caos não seja fruto da irresponsabilidade, ou de incompetência? Que é sim fruto de uma teoria conspiratória muito bem orquestrada? Coisa de um parasita  mal intencionado? Aí a coisa  perde  a graça.  E quando a brincadeira de absurdos perde a graça  é hora de nos atentarmos para o que realmente é.. hora de não ficarmos céticos tentando interpretar a motivação, pois ela já sabemos.  Temos que entrar no jogo e para cada peça movida bloquearmos suas intendências. 

Não devemos esquecer que estes piadistas do caos estão em todo  canto e a motivação pode ser pessoal, profissional entre outros cunhos mais ou menos relevantes não importa. Todos compõe um grupo que tem interesses manipulatórios bem definidos. São Pessoas que não são cegas, mas não estão nem aí para onde o  mar leva o barco ... Desde que estejam entre os sobreviventes. 

Nós que vemos, ouvimos e nada fazemos precisamos parar com este contorcionismo maxilar contra nossa vontade... Precisamos entender que piada forçada não é só  piada de mal gosto, traz consequências e pelo que vemos nada boas.  Saber que o piadista não é louco, sim um esperto com más intenções exige que tratemos com o devido respeito que se deve aos loucos. Louco que tem desenvoltura para o autoritarismo não é louco de manicômio é louco de contenção.  E para estes devemos parar de ficarmos  estupefatos cada vez mais incrédulos naquilo que vemos e ouvimos.  

 Devemos  olhar para a realidade como ela é,  e reconhecer que erramos na nossa apatia e perplexidade como se no alto escalão existisse uma mente despreparada, o que não deixa de ser verdade, sim, já constatamos isso.  Também constatamos outras disparidades que nos assombram.  A questão é vamos assistir de camarote as pretensões de uma mente despótica e insana ou vamos ver a realidade pelo que realmente é:   deliberada estratégia de destruição da Democracia.

 E  como hoje existe muitas interpretações para a palavra deixo claro que não é aquela que cerceia liberdade quando esta é acusatória, que não aceita oposição. Que diz que o inferno é o paraíso quando todo mundo está  sentindo o tormento do fogo.... Que quer falar,  mas não quer ouvir... Que diz que a imprensa livre é difamatória quando corre atrás da verdade. Esta democracia maquiada de ditadura já conhecemos, já vivemos e para quem não viveu não recomendamos porque sabemos suas consequências.  E uma delas reza que,  bom cidadão é aquele que é  cego, mudo e  surdo.

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