Existe em nós algo
sinistro
Aquilo que quem vê não
acredita
Tão estranho dar pistas
Que faz do filo seu genótipo.
Crucificado em julgamentos
Não encontra numa voz
clemência
E todos em pura sapiência
O julgam pelo ido no
tempo
Tantos hipócritas
comensurais
Bebem da fonte que
não tomariam jamais
E ficam nas suas
próprias indagações.
Vendo no outro motivo
para contestações.
De boba em boca
reputação é pouca
De boba em boca um roto
modifica o mundo
Nas suas dilacerações ou
divagações louca
Tudo cabe quando o
coração é mudo
Nos vilipêndios que o
passado outorgou
Nas reticências que o
coração dissecou
No pódio que o faz a excrescência
Nas sombras que o réu tem
a sentença.
Sois veloz na boca que
difama
Para ocultar os nós que
te difamam.
Para se levantar a custa
de outro alguém
Que sob olhos agora é ninguém.