Sou bicho, gente!
Estou tão diferente
Estou parecendo bicho
Estou parecendo lixo.
Mas, lixo eu não sou
Estou mais pra indigente
Está me faltando cor
Uma tinta diferente.
Mas, tinta eu não sou.
Estou me sentindo chato
Um pouco esculachado
Tá me faltando amor
Mas coração eu não sou
Eu bato mas não sou mudo
As vezes eu luto
Quando me sinto perdedor:
As vezes cafajeste
As vezes marionete
As vezes conivente
E outras divergente.
As vezes bato o carro
As vezes atropelado
As vezes eu minto
E as vezes eu sinto
.
Todo dia estou gordo
Todo dia medonho
As vezes me sinto
As vezes eu minto.
As vezes eu choro
As vezes eu oro
Mas, as vezes sorrio
Sim, as vezes sou pio
Mas, não sou passarinho
Sou ave pensante
As vezes no volante
As vezes escondidinho
Mas eu não sou covarde
Oculto a verdade
Porque nada vale a pena
Se a vida é pequena.
Quando foi que virei isso
Quando deixei de ser eu
Quando perdi o paraíso?
E
quando o inverno me acolheu?
Eu não pareço gente,
Pareço tão medonho
Olhando sou um estranho
Pareço incoerente:
Oba, sou diferente.
Nesta massa insana
Quem não bate apanha.
Cale-se inconveniente
Cale-se mente pensante
Cale-se equidade.
Cale-se autenticidade
Cale-se inaparente
Sinto-me diferente
Sinto-me irreverente
Sinto-me desconfigurado.
Mas, se falar eu falo.
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