someone lyke you

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Visão esquisita sobre a mentira




A mentira vem sempre revestida de várias camadas, que podem ter até um bom texto  desde que seu  autor  tenha a capacidade de dar-lhe  nuances na cor certa,  algum indício de credibilidade  e um toque de humor.  No entanto aquelas que afetam a vida das pessoas  sempre são coloridas demais e o seu resultado geralmente cinzento como o céu anunciando grande chuva. 

Surge a questão: Porque mentimos?  Porque usamos deste artifício quando estamos a beira de um  colapso,  quando nos sentimos ameaçados, quando  temos a perder,  quando precisamos nos safar de uma situação que pode nos trazer prejuízo ou quando queremos nos dar bem?...

Será que toda  mentira é ruim? Eu particularmente acho que não. Simplesmente há situações em que não devemos dizer a verdade. Pra que falar algo que não acrescentará nada ao outro e ainda por cima acrescentará dor?  E há  situações em que a verdade sim é  que é  ruim... destas deveríamos rezar para nunca sermos   a pessoa incumbida de  revelá-la:  algo que causa pesar sem termos que renunciá-la com a mentira. 

A verdade e a mentira na sua dualidade sempre transmitirão o que chamamos de bem e mal.  Há pessoas que preferem uma boa mentira  a  uma verdade ruim.  

mentira também  tem seu lado lúdico. Quando não  consegue mais se sustentar em si e  a verdade aparece na marra. Se julgamos sua boa intenção  somos até capazes de  perdoar aquele que a falou e até  achar graça da situação. Não sem uma certa destreza em darmos atenção se não é um mau hábito.

Claro que não podemos esquecer que a mentira não deve ser vista como algo convencional quando todos esperam que sejamos fidedignos... há situações que não cabe  a mentira. No campo onde é preciso a confiança mútua, a mentira  cai muito mal e na relação que envolve outras pessoas que não estejam sintonizados com seu  contexto pessoal  mentir  pode causar grande dor. 

Há um lado bom? Não se pode deixar de encarar o fato que quando somos ludibriados por alguém ficamos mais atentos. Ganhamos experiência. Nos tornamos mais macetados para situações parecidas ou qualquer outra que exija que nos cerquemos de cuidados. 

  Se você foi vítima de uma mentira que lhe causou danos financeiros ou emocionais certamente se cercará de cuidados com esta situação em particular mas com todas que envolvam negócios com base na confiança. 

 A mentira talvez cause grande  dor emocional mas,  como sequela te prepara  racionalmente para que aquele mal não se repita. Um exemplo simples é como reage   se  numa corrida em dia chuvoso você tropeça e  cai ralando vários partes do corpo. Posteriormente em situação semelhante tomará mais que o devido cuidado para a queda não se repetir.  Com a mentira é assim ... você sempre ficará mais esperto.

Será que a mentira causa prazer a quem dela se utiliza? Acho que isso depende do grau do mentiroso...  Bons hábitos são inseridos com sacrifícios, mas a mentira é um artifício que não requer nenhum embora requeira habilidade para  não ser pego com a boca  na botija. E nem todo mentiroso sente  prazer na mentira. Sente mais prazer no resultado que ela causa.. Só que neste contexto o mentiroso esquece o principal: a parte enganada... Esquece a máxima de que para alguém ganhar com a mentira  outro tem que se  perder.

Fato é que  Sempre haverá aquelas que chamamos mentirinhas que, se viram hábitos,  torna a pessoa desacreditada.  Há  as mentirinhas que dizemos de vez enquanto para causar boa impressão. Aquelas que usamos  para nos equipararmos aos outros - quando não dizê-las  causa um grande constrangimento.  Aquelas hercúleas que para sustentá-las tem que  emendar com outras tornando-as uma bola de neve insustentável.   E aquelas que usamos para situações em que acreditamos que trarão  benefícios para quem dela é vítima.

 Verdade seja dita,  não cabe ficarmos tentando dissecar a formula da mentira. Basta saber  que  a mentira é um artifício que vai de encontro a verdade. E que se mal utilizada traz grandes danos... E,  que em certas situações cai bem como uma luva. Ou vai dizer  que não?

Há um parecer estranho sobre ela. Se começarmos diluir a mentira vamos ver que ela revela um fundo de verdade ainda que num futuro bem distante se torne  verdade  ou seja apenas pretensão da verdade desejada.  E que acaba trazendo   uma outra  questão: Afinal, o que é a verdade?:-

quinta-feira, 18 de julho de 2019

APRENDENDO COM OS ANIMAIS





Era uma fonte de água de uso em comum. Ali todos os animais matavam sua sede... E não porque existia um pacto de boa vizinhança. É que  havia um certo respeito com a hierarquia definida pela periculosidade...Assim não dá pra imaginar que uma zebra fosse tomar água no exato momento em que tomava o leão... As hienas que andam em bando, talvez teriam alguma supremacia... e os animais carnívoros sobre onívoros e estes sobre os vegetarianos.. Exceto claro os elefantes.. e aqueles cuja água é meio que o habitat natural... Para estes , os aquáticos, vale um lembrete existem os carnívoros aquáticos  que não por acaso usam a distração do saciar a sede como estratégia  de caça para animais pouco avisados ou se quiser distraídos. Para estes, os distraídos,  saciar a sede pode ser a ultima ação de uma refeição lauta para outros. Ou outro.   

Todos sabemos que a água é essencial a vida.  Neste caso, todo risco vale a pena. Quando extintos de sobrevivência estão disputando entre si os meios de sustentar a vida, ganha aquele que tiver mais urgência. Assim, sede versus leão pode ser uma decisão difícil,  e que se,  sua inteligência não decidir alguém vai decidir por você ainda que esta não seja a mais sensata.

  Nos seres humanos, ditos, o suprassumo da materialidade, estamos no topo da cadeia alimentar.  E estamos porque esta classificação inclusive é nossa, visto sermos os únicos pensantes vivos com sabedoria o suficiente para identificar um  problema, estudá-lo e achar uma solução  a nosso favor. 

Hipoteticamente se o rio, fonte de água,  fosse  o problema, solucionaríamos. Se o problema fossem os animais, também.  Mas, há um problema, problematizar pelo que é bom pra nós, nem sempre é: a melhor solução. 

A questão da fonte de água serve para nosso aprendizado... temos vários tipos de homens, com variadas personalidades, assim,  devemos nos encontrar  e diagnosticar a qual grupo pertencemos... 

Nem sempre é fácil por  exemplo se identificar como zebra , mas o que aconteceria se uma zebra achasse que era um leão tomando nosso exemplo da fonte de água?  Por isso o diagnóstico precisa ser preciso.  Agora imagine um leão que queira impedir outro leão de tomar água... É o que acontece se dois homens de mesma personalidade caírem na idéia de um embate.  Se os dois manterem sua posição de leão a coisa não vai terminar bem. Alguém tem que fazer de conta que é outra coisa... Se você já viu briga de cães reconhece o que estou dizendo. Tem hora que quando vemos que a coisa não está pra nós, o melhor é enfiar o rabo entre as pernas. Bater de frente com alguém da mesma personalidade mas que ocupa uma posição superior a nossa é burrice. Esta é mais uma classificação humana do que não se deve fazer.  Um leão embora seja poderoso, se a vez da fonte de  água for dos elefantes, ele não vai querer mostrar que é leão logo para uma manada de elefantes... Nâo há nada de sábio nisso. Dica:  Homens aprendam com os animais. 

 Voltando aos carnívoros aquáticos... lembrando daqueles que não viverão suficiente  para se darem por satisfeito por matarem a sede.  Há seres humanos iguaizinhos... ficam na surdina, esperando uma distração, isso quer dizer que você pode ter estado alerta 99% por cento das vezes, não esqueça que ele vai precisar de apenas um descuido para mudar seu status de vivo para morto, ainda que neste caso, seja apenas uma metáfora.  Seja como esquilo que sabe da sua necessidade da água.. mas diante das potestades sempre presentes, toma água as bicadas... Sempre lembrando que brigas entre iguais vai terminar mal. Alguem vai sair no prejuízo... e você sabe quem? O mais fraco.  Ou pensando em todas as hipóteses o que for mais bonzinho.  

 Os animais têm muito a nos ensinar. Como no caso da hiena... Ta sempre rindo, mas nunca brincando. Ou da onça, que gosta de comer jacarés, que estão entre aqueles que se alimentam da distração alheia.  E não esqueça dos nervosinhos hipopótamos. É prejuízo uma briga com eles e quando brigam entre si, idem. 
Nós seres humanos temos a capacidade de observar e aprender  e isso é um dos nossos muito diferenciais... Bora usar?

terça-feira, 16 de julho de 2019

Sou bicho, gente!




Sou bicho,   gente!
Estou tão diferente
Estou parecendo bicho
Estou parecendo lixo.

Mas, lixo eu não sou
Estou mais pra indigente
Está  me faltando cor
Uma tinta diferente.

Mas, tinta eu não sou.
Estou me sentindo chato
Um pouco esculachado
Tá me faltando amor

Mas coração eu não sou
Eu bato mas não sou mudo
As vezes eu luto
Quando me sinto perdedor:

As vezes  cafajeste
As vezes marionete
As vezes conivente
E outras divergente.

As vezes bato o carro
As vezes atropelado
As vezes eu minto
E as vezes  eu sinto
.

Todo dia estou gordo
Todo dia medonho
As vezes me sinto
As vezes eu minto.

As vezes eu choro
As vezes eu oro
Mas, as vezes sorrio
Sim, as vezes sou pio

Mas, não sou passarinho
Sou ave pensante
As vezes no volante
As vezes escondidinho

Mas eu não sou covarde
Oculto a verdade
Porque nada  vale a pena
Se a vida é pequena.

Quando foi que virei isso
Quando deixei de ser eu
Quando perdi o paraíso?
E  quando o inverno me acolheu?

Eu não pareço gente,
Pareço tão medonho
Olhando  sou um estranho
Pareço incoerente:

Oba, sou diferente.
Nesta massa insana
Quem não bate apanha.
Cale-se inconveniente

Cale-se mente pensante
Cale-se equidade.
Cale-se autenticidade
Cale-se inaparente

Sinto-me  diferente
Sinto-me irreverente
Sinto-me desconfigurado. 
Mas, se falar eu falo. 












segunda-feira, 8 de julho de 2019

Eu gosto tanto dela....?




Gosto tanto dela, dela, dela
Ecoa  ao vento a  emoção
Esperando que ela 
Queira reviver o que foi bom 

Foi-se como deveria ter ido
Quando foi-se  o sonho vivido
Subtraído em tantos  pedaços
Resultando no  fracasso.

Dói o coração destruído
Que fez do amor seu inimigo.
Adeus  bonança
Seja bem vinda,  beligerância. 

Desta dor e seus correspondentes
Um caos dentre  o caos pertinente
Vi na luz a fera ferida.
Até então  escondida.

Gosto tanto dela, dela, dela
Vai Ecoando  além o coração 
Transformando a concepção
Sobre a fé depositada nela.



Rodopio em  devaneios bobos
E o que foi  bom hoje duvidoso
O que não podemos reviver
Também não nos deixa ver




Fecha-se a visão a  realidade cruel:
Noutro corpo ela encontra o céu.
E a noite gemidos frêmitos.
Que ressentem  os meus pensamentos.

São reais ou fantasias criadas
Os atos noturnos e a pele arrepiada
Ou sera:  Delírios.
Dando vazão ao que imagino.

Terá o amor o seu antônimo ?
Sem vociferar como sinônimo.
Nas noites de velhas cantigas
Onde a amante é inimiga. 

Mas, gosto tanto dela
Fere a alma esta afirmação
Terei  ela na janela
Almejando expiação?