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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Veja com quem andas





A pergunta que não fazemos diante da barbárie que vemos ser  cometidas por alguém contra outro é que: poderia ser comigo. 

Sim, quando nos situamos desta maneira, como se passássemos  por tudo o que a vítima passou na mão dos seus detratores, pode ser que sintamos alguns dos sentimentos sentidos por aquele numa situação final de vida, ou de crassa violência. A sensação de impotência, a dor  excruciante, a falta de sensibilidade, os gritos pavorosos esperando que apareça algum tipo de ajuda, a incompreensão ante a violência imputada, os rogos ao ser supremo em busca da salvação,  o arrependimento  se por alguma razão ele tenha pensando em não ir, de ter ido apesar desta intuição contrária,  os últimos suspiros, a consciência que a morte está chegando ... E no caso de não chegar a este ponto, os traumas impostos pela violência aplicada, as memórias do acontecido se repetindo indiscriminadamente, o medo que se instaura e que por vezes demora a abandonar a vítima, quando abandona,  por vezes a extensão desta dor continua massacrante pela vida toda,  impondo-lhe além das recordações a possibilidade de reincidência.

 Equiparando-nos ao papel da vítima vemos o quão insensível pode ser o ser humano diante da dor alheia.... ou notar o quão de ódio uma situação aparentemente frívola pode se transformar num verdadeiro filme de terror.  

Em outra situação remetendo-nos ao passado do agressor podemos identificar um desnível comportamental que denunciava a qualquer momento uma deflagração impiedosa deste contra outros. E que certamente havia indícios da sua formulação.

 Devemos evitar pessoas cujo temperamento é marcado pela instabilidade, devemos evitar ambientes em que não podemos contar com ninguém que temos certo convívio, devemos evitar andarmos com aqueles que a primeira vista não demonstram nenhum tipo de reserva ao primeiro contato. Não que estes sejam indícios de um desfecho lamentável, mas sim, porque precisamos ver os riscos numa situação em que o desconhecimento nos deixa vulnerável. 

Jamais devemos confiar cegamente em desconhecidos, é o que aprendemos, não por uma questão de estatística, mas por uma questão de prudência. Se servir de alerta, é necessário que diante de um ambiente que perdure a superficialidade entre iguais precisamos ser explicitamente céticos. Se, embarcamos na conversa de um estranho porque ele é agradável e muito galanteador, se facilitamos o acesso ao nosso espaço pessoal ou se deixamos de dar atenção a situações que sabemos ser perigosas apenas porque confiamos na proteção divina, somos prováveis candidatos a uma situação que pode causar muito arrependimento.

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