Tantas
vezes caí na mesma trincheira
Destilando
interrogações que não consigo
Chegar a uma
solução do que, que é isso.
Que faz
desta relação uma caganeira
.
Você é uma
dor sem caso
Vive no
peito e em tudo que abraço.
Pois te criei logo coisa imaginada.
Que vive
amargando o doce da minha estrada.
Quem diz
amar e nunca está presente
Deve ser
desumano ou nunca foi gente
Vive
instigando a dor sem reflexão.
No outro que
vive alimentando a ilusão.
Como se faz
se dentro do que sinto
Parece inigualável
o sentimento nutrido
Como seria a
reciprocidade para você.
Que vê
doendo e continua bater
Quantas
horas tem a agonia
Quando longa
já são as horas de um dia
Quantas
ansiedades serão atropeladas
Até que do
amor não se sobre mais nada.
E vai longe
a espera de um oi revidar
Tantos
outros ois que ficaram no ar
Sem nenhuma
contemplação
Esperando um
oi para veneração.
E esta
constipação bate forte
Bate
dolorido até mais que a morte
Atormentando
meu fígado e meu rim
Num ser
estranho que se gerou em mim.
E adormeço ou hiberno como queira.
Pra quem
bobo qualquer fogo é fogueira.
Que acredita
em qualquer explicação
Para não
perder dó ínfimo a dimensão.
E quem me vê
diz oculto: o louco
Pois quem me
olha vê que durmo pouco.
No seu espectro
vou difamando o mundo
Pois quem me
olha não vê que estou no fundo
E vai-se a
história você ainda viva
Dentro da
memória ainda é ferida
Que mitigando
vai se dissipando
E se relembro
ainda causa espanto
E os sonhos
colados com fita adesiva
Vão com o
tempo para parte indefinida
Que não cola
como antes colava
E não
encanta como antes encantava.
Mas, ainda é
viva.
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