someone lyke you

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Coisa imaginada.





Tantas vezes  caí na mesma trincheira
Destilando interrogações que não consigo
Chegar a uma solução do que,  que é isso.
Que faz desta relação uma caganeira
.
Você é uma dor sem caso
Vive no peito e em tudo que abraço.
Pois  te criei logo coisa imaginada.
Que vive amargando o doce da minha estrada.

Quem diz amar e nunca está presente
Deve ser desumano ou nunca foi gente
Vive instigando a dor sem reflexão.
No outro que vive alimentando a ilusão.

Como se faz se dentro do que sinto
Parece inigualável o sentimento nutrido
Como seria a reciprocidade para você.
Que vê doendo e continua  bater

Quantas horas tem a agonia
Quando longa já são as horas de um dia
Quantas ansiedades serão atropeladas
Até que do amor não se sobre mais nada.


E vai longe a  espera de um oi revidar
Tantos outros ois  que ficaram no ar
Sem nenhuma contemplação
Esperando um  oi para veneração.


E esta constipação bate forte
Bate dolorido até mais que a morte
Atormentando meu fígado e meu rim
Num ser estranho que se gerou em mim.

E  adormeço ou hiberno como queira.
Pra quem bobo qualquer fogo é fogueira.
Que acredita em qualquer explicação
Para não perder  dó ínfimo a dimensão.

E quem me vê diz oculto: o louco
Pois quem me  olha vê que durmo pouco.
No seu espectro vou difamando o mundo
Pois quem me olha não vê que estou no fundo

E vai-se a história você ainda viva
Dentro da memória ainda é ferida
Que mitigando vai se dissipando
E se relembro  ainda causa espanto

E os sonhos colados com fita adesiva
Vão com o tempo para parte indefinida
Que não cola como antes colava
E não encanta como antes encantava.
Mas, ainda é viva.



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