Olhar com naturalidade as nossas arbitrariedades requer que não nos
julguemos especiais, não achemos que temos algum valor além do resto da humanidade
e nem que nos sobressaímos como indivíduos. Precisamos entender que não somos especiais e que nossa dor não é maior que a dor dos outros. Quando sofremos uma desilusão nosso corpo reage desencadeando reações químicas,
liberando hormônios que despertam uma série de sentimentos. Estes na verdade são
reações químicas comuns diante daquilo que sentimos. Não se trata de nós, mas do resultado de uma reação
química inerente ao corpo. Mas, não raro, tomamos para nós um processo
extremamente comum fazendo de nossa dor o ponto culminante do mundo. Colhemos o que plantamos. O resultado disso é
que se passamos por um momento emocional seja ele bom ou ruim colhemos dele o
resultado. Assim como este processo é demasiadamente comum é comum também, o fato de algum momento de nossas
vidas motivados pelos hormônios nos acharmos o máximo, invencíveis e poderosos.
Acima do mal. Neste rompante de convencimento achamos que somos inabaláveis até
sermos atingidos por algo que mostra nossa
fragilidade e caímos na real. Somos
trazidos a dura realidade da nossa fragilidade e nos prostramos diante do poderio
do desconhecido, do imprevisível e
ficamos a mercê da ansiedade porque não sabemos a quem recorrer e não temos o domínio
do que vai acontecer. Se num momento de
alegria regozijamos há uma reação orgânica correspondente que motivada pela
emoção libera hormônios que reforçam nosso organismo. Noutra feita os hormônios
disparados são aqueles que detonam nossa harmonia emocional e física. Para algumas pessoas este processo torna-se
eficazmente delimitador e, por conseguinte causam maiores danos. Assim diante de uma situação adversa nossa
consciência de que nosso corpo reage a nossa situação emocional pode ser o
socorro vital para enfrentarmos com dignidade uma situação adversa.
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