Quem me dera as coisas fluíssem como quero
Eu pudesse escolher a flor que mais anelo
E que tudo acontecesse como sonho
Sem dolo.
Quem dera não ficasse de querela
Esperando o destino ofertar
Ao acaso como quem espera
Em tempo chuvoso o sol brilhar
Noites ansiando sua presença
E vigilante vejo a noite passar
Desabrochando agonia e dissidência
É um suplício divagando esperar
É um suplício divagando esperar
E a espera dolorosa desmedida
Mesmo livre neste calabouço
Entrementes cultuando a perfídia
Naufragando vou ao fundo do poço.
E as palavras antes ditas
Que dantes arqueavam a labareda
Miúdas rareiam o esboço
Num fogo que agora é quase morto
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