someone lyke you

quinta-feira, 30 de junho de 2016

O medo como aliado.


Pão francês faz mal para saúde. A quantidade de sal e fermento nele contidos são  cancerígenos e podem deflagrar doenças alérgicas e baixar a imunidade. O recomendado é que você coma apenas dois pães por dia para que não corra nenhum risco, acima disso você aumenta em 30% a possibilidade de contrair alguma doença alérgica senão uma outra bem pior.
Desencana, inventei esta estória!  Notou como é fácil plantar uma notícia falsa.  Você provavelmente durante muito tempo teve medo e evitou com toda sua força que algum homem tocasse nos seus seios. E a culpada foi sua mãe que dizia que se algum homem tocar nos seus seios eles cairiam.  Tá, vamos esquecer que depois disso,  eles foram tocados muitas vezes, antes de se provar falso o que sua mãe dizia.  Ela mentiu pra você. Seu pai também mentia quando dizia que se um homem  apenas encostasse  o pênis em você engravidaria.  Então por muitas vezes ao ser arrochada você entrou em pânico. Coisas de pais que queriam  manter sua integridade.E aquela do homem do saco pegar crianças desobedientes?  Eu tinha pavor de qualquer homem sujo que passasse com saco  e pra piorar sempre que passava um homem assim para aumentar meu medo, os cachorros  da rua pareciam enxergar  que algo estava errado. Talvez por isso  fosse uma criança tão boazinha.  Ficava com muito  medo.   Você prefere margarina ao invés de manteiga,  não é? Porque? Porque sempre ouviu dizer que manteiga faz mal. Sim,  manteiga nem pensar.  Aumenta colesterol e o diabo a quatro. Margarina sim, manteiga não. Mentiram pra você novamente.   Estas coisas que nossos pais faziam e os comerciantes adoram imitar só  pra vender. Não é a melhor estratégia para vender quando você vilaniza alguma coisa boa e apresenta o seu produto como opção salvadora?    Quando os fazendeiros viram que os escravos comiam muita manga e leite, inventaram que era mortal. Conclusão? Eles pararam de comer.  Joguinho de interesse.  Falando nisso coitado do ovo, já foi vilanizado tantas vezes.  Porque vendem  ideias falsas como verdadeiras e porque acreditamos? Medo. Sim, temos medo de estarmos prejudicando nossa saúde. E, é duro não dar ouvidos ao que dizem principalmente quando  vem com o aval de cientistas ou de alguma universidade importante. Vejamos o tal do whey. Se você quer ganhar músculos rapidinho, tome whey. Neguinho se entupiu da proteína.  Só que  esqueceram de falar que em demasia prejudicava  os   rins. Neguinho só descobriu depois de estropiado, mas e aí, vai culpar quem?  Porque compramos ideias de produtos miraculosos? Porque  sofremos da síndrome de Popaye.  Pensamos: se tomar ou comer  isso vou blindar meu organismo. Quem não quer isso?  Assim, se falarem que aspirina é boa pro coração, você toma.  Até seu  estômago chiar. E vai chiar -  Aspirina acaba com o estômago -  mas não te disseram isto, não foi?  Se é  bom ou mal como saber? Se Deus criou é bom se o homem modificou é merda ou será. Brincadeira! É bom olhar o que a ciência diz, mas vale o bom senso. É como remédio. Seu médico diz tomar uma cápsula por dia durante 8 dias.  Se você tomar as 8 cápsulas num dia, que Deus te ajude.  

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Pedacinhos de São Paulo





Meu sangue circula nesta cidade  de concreto bruto de espessuras monumentais, de sangue frio como de cobra, de obras como o Masp feio pra caramba,  sem expressividade nenhuma por fora, mas que por dentro mexe com a cabeça de  muitas pessoas que passam pelo crivo de sua arquitetura medíocre; das muitas e conhecidas avenidas badaladas, do edifício Itália que se sobressai em altura dos demais e que na minha infância,  uma simples entrada ali seria a concretização de um  sonho.  As entranhas do velho centro não são bonitas, aliás, são medonhas, um contraste do belo e do horrendo.  Sou genuíno de nascimento, concebido na brigadeiro Luiz Antonio, isso diz muito, porque destrincho o centro como poucos... As bibocas, as nobres, as conhecidas ruas. Não tenho saudade destes lugares que dei muitas pernadas.   Curioso que sinto saudade de lugares que  pouco fui,  meio que de passagem  e talvez por isto criaram esta  ânsia pelo desconhecido,  pela cidade que foi meu berço.  Lugares que desejo conhecer pelo dito nas revistas... O Antro de sabores, da média e alta sociedade, lugares badalados cheios de glamour, comidas excêntricas de nomes estranhos, sabores lidos, mas nunca desfrutados e uma nostalgia do que poderia ser... Do que poderia  ser vivido e conhecido com a pessoa amada, dos bistrôs e restaurantes, bares restaurantes com seus cardápios extravagantes, caros e apetecíveis. Acho que meu coração está entrelaçando desejos carnais a sonhos hollywoodianos, sim, a fantasia vendida em prateleiras  cheia de variedades quiméricas, o encantamento do sucesso estribado em ambientes lúdicos, freqüentado por pessoas bem sucedidas com chefs criando sabores provocantes e que aguçam a sensação de precisar provar. De se ver ali naquela euforia de pedidos feitos constantemente, burburinhos e conversas paralelas inaudíves; confusas. A beleza explodindo em rostos saudáveis. Só não sei ao certo de onde vem esta vontade nostálgica de um lugar que nunca conheci, conhecer no sentido de se  debruçar num balcão e pedir uma cerveja, um chope ou quem sabe uma mistura exótica criada ali naquele momento, afinal ali parece que tudo se pode, tudo combina... Um dos motivos talvez seja estar num ambiente  que seria  o marco entre o que fui e o que sou. Aquela sensação de superação em que você diz: agora eu posso e... Mereço... Algo para  consolidar uma identidade alcançada mas nunca vivida, o despojo, o banho para se livrar do resto do passado que precisa  insistente  de um marco libertador. Ou quem sabe esta inserção seja pela necessidade de estar onde se sonha o amor. Largo do Batata, tão destacado por aqueles que alimentam sonhos, e estômagos... Ou quem sabe o encontro do menino com o homem como se  num passe de mágica se abrisse o portal para o encontro do presente e do passado e ali  se olhassem como dois estranhos que têm  a certeza de se conhecerem porém ainda estranhos pelo que sonharam. Aquele menino estranhando o que se tornou e o homem desdenhando do que ele foi. Quem sabe um debate, uma afronta, um abraço conciliador e enfim a despedida, certos que desfrutam do mesmo DNA, e inquestionavelmente  são a mesma pessoa, mas que por alguma razão prodigiosa do caminho vivido,   dois estranhos.  

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Reconhecendo defeitos



Alguém disse que é impossível conhecer  como agirá outro ser humano diante de uma situação; e que só podemos esperar que ele aja como nós agiríamos. Nosso comportamento é segmentado por muitos fatores externos que acabam nos  influenciando. Assim, pode-se dizer que adultos problemáticos são  fabricados na infância.  Cabe aos adultos terem consciência de como contribuem para a formação dos seus filhos e como suas atitudes afetam outros.  Depois de adultos quando já somos donos do nosso nariz temos que aprimorar o faro das nossas qualidades, às vezes recriarmos rotas que nos coloquem novamente no caminho que deveríamos andar. Cônscios de que qualquer esforço em prol de nossa qualificação requer tempo, paciência e disciplina. Ah, não pense que digo isto porque sou um expert em qualquer coisa, não, não sou, apenas  observador. Hoje enquanto caminhava para o trabalho fui abordado por um colega que pela milésima vez me cobrava um serviço que pela milésima vez repetira que não era  comigo. Já indicara o caminho que ele deveria fazer para conseguir o que queria, desta vez, porém,  não fui muito receptivo. Alguns passos adiante, bateu-me  a consciência: não fui nada  cordial. Impaciência! Diagnostiquei. Deveríamos exercitar nossa reflexão quando cometemos um deslize, sim, quando somos grosseiros, indelicados, quando agimos egoisticamente, etc e tal. Se toda vez que denominássemos nosso comportamento reconhecendo o tipo de desvirtude que  cometemos,  poderíamos encará-la de frente  e extirpá-la de nossas ações ou ao menos mantê-la sobre controle.  Lembre-se,  palavras jogadas ao vento ou ditas sem reflexão germinam e dão frutos, isso indica que  até sobre nossas palavras devemos ter responsabilidades. Sabe aquela vez que aquela pessoa disse algo que você não gostou e aquilo ficou te sufocando? Pois, serve para os outros também. Temos um ditado que adverte que não devemos dirigir  depois de beber... Que também serve para aquilo que falamos. É um ditado bem antigo,  porém,  pouco  usado:  Se estiver irado não fale. Porque você pode fazer o mesmo estrago que faria ao dirigir bêbado.  


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Mudanças





Nós somos lentos ao afeto

Demoramos a pegar gosto pelo desconhecido (pessoa estranha)

Um anjinho pode demorar a ser aceito

Imagine um capetinha  cheio de ímpetos.

Temos uma deficiência vitamínica a ter boa disposição

Para abrir as comportas da boa ação.

Somos dificeeeeis de aceitar o que  é estranho

Sei lá, vivemos meio como a dizer:  quem é fulano?

Não gosto de beltrano, hiii, lá vem ciclano!

O balsamo das ternas afeições demora a inalar cheiro

Parece que vivemos entrincheirados  com medo.

Ou talvez seja difícil abraçar as mudanças

Como se abraçaria uma madrasta.

Se ela for do bem, porque do mal sabemos muito bem.

Parece difícil mudar de graça:

De graça sem graça, de graça sem causa a graça por graça

Quando se fala em mudança atiramos na vidraça.

Olhamos  torto, xi:  vai dar problema!

E mesmo sem ter no  que embasar repetimos: Hum, vai embaçar!

Mas daí, aceitamos... E o que era estranho comentamos:

Que lindo, que belezinha!

Mudamos  a melodia. Que ironia!

Não, não é falsidade é que demoramos a aceitar a equidade.


Novena



Sua alma em tormento
Com minha dor coexiste
 Jardim de contratempo
Onde a raíz persiste
Reverbera o seu lamento
O ouvido  não admite
Retumba  sofrimento
A tristeza persiste.

Mas a motivação  é forte
Onde a fé nao se abala
Reinvidica o trono antes que a fé acabe
Na  covardia resvala
É pouca vantagem 
Viver em desvantagem

Duas razões opostas  que se conflitam
Corações divergentes que se alinham
Se um quer amor o outro endossa
Do direito do amor não há quem possa
E quando sucumbe a razão
E do coração que vem a canção.

São dois corações entorpecidos
Oscilando  em conflitos
Destilando vaidades
Usando mentiras maquiando verdades
Endurecendo  a cerviz cicatrizando feridas
Em almas que procuram guarida
Pra sobreviver a um dilema
Sobreviver ou outra novena?


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Meia idade -É dose!



Na meia idade
Os traços da beleza parecem escassos
Os cabelos brancos indicam o principio de agonias e papos.
O metabolismo aos trancos e barrancos
E aos  solavancos trabalham penosamente em prol do corpo
Quase morto? Rastejando num deserto sedento, leeeento!
As rugas aparecem certas,  discretas para não assustar
Mas assustam com seus  sulcos fazendo do rosto um inferno secular
A arte  do artista esmaecendo perdendo espaço para metamorfose mórbida
Coabita em formol toda performance de um estilista, pura poesia sórdida.
Os músculos dizendo adeus diante dos olhos dando tchauzinho,
 Se  despedindo do corpo ázimo.
Para piorar  Jovens pululam como peixes na piracema
Lembrando dos fracassos, dos declínios dos entas...
Senta e espera que a gravidade vai derrubar, desconjura!
 Então a gente tenta na academia tudo mudar. Amem, Deus ajuda!
Vamos falar a verdade sobre  elasticidade? Comprometida.
Graças ao descolágeno, descalcificação, desventura, desqueratina.
Aquele rosto lindo agora parece borracha curtida,
Na juventude vai e volta na meia idade vai e fica.
E as estrias? É coisa da meia idade?
Na meia idade os traços da beleza são escassos.
Infelizmente tem mais os oses:  escolioses, sifoses... e por aí vai.  É dose!