Jogo de palavras que matam
Sentimento diluído eu sinto
Eu vou tentando o salto
Porque sozinho
A solidão reflete a alma
E vai me confundindo
A mercê dos meus devaneios
Pareço um menino
E se não falas
Vou deduzindo.
E os medos se manifestando, guerreando
Vou me redimindo.
Mas em segredo a alma não se cala.
E entrementes submisso
Um desacerto, sim, conclusão maledicente
Esta dor que vai o peito comprimindo
E falo, falo: é o
falo, é o falo.
Indignado mas nada conseguindo
E num instalo vem o
desacato
Expurgo o mal me exprimindo
E as palavras como bumerangue atingem o alvo.
De todo mal me aspergindo
Provo o caos,
estou saindo
Apago a luz, me prostro
Peço perdão pro infinito
E o coração duro como
pedra
Como sabão se diluindo
Estendo a mão procuro redenção
Os meus pecados assumindo
Faça-me bom, faça-me sábio.
Vou concluindo.
O coração e o que falo
Estão me denegrindo
Na escuridão tudo tão claro
O sentimento é genuíno.
E nos seus braços me calo
E tudo retorna fluindo
Como Sísifo desesperado
Recomeça o estribilho
Nenhum comentário:
Postar um comentário