Falar de coração é entrar num
terreno desconhecido em todos os sentidos. Mas nossa relação com o coração traiçoeiro, pouco tem a ver com
nosso coração físico. Sim, este mesmo:
dos BPM por segundo, dos enfartos do miocárdio, dos
ventrículos esquerdo e direito. Tem a ver com nossas motivações. E estas, tão complexas como, tem um histórico com uma
lista bem grande de atos falhos que constituem sua formação. Desde tenra idade nossas
motivações mais íntimas são desenvolvidas e solidificadas por eventos, fatos,
experiências, constatações que vivenciamos e que consciente ou inconscientemente
aprendemos. Nosso coração pode ser
retratado com aquilo que temos no mais intimo do nosso ser. Motivações erradas
a primeira vista são dominantes e quando nos deparamos ou exercitamos este lado
inerente em nós, agimos compulsivamente ou como que para agradar nossos anseios
carnais. Parece que temos um molde pré definido
que articula nossas necessidades carnais e que nos submete quase que
imperativamente. Se perguntado se, você se envolveria com uma mulher casada, provavelmente repudiaria a idéia se tão
somente se colocasse no lugar da pessoa, o marido, e pudesse sentir toda dor da traição na sua carne. Por outro lado se acabassse se enolvendo sem a menor pretensão de traição, por conta de uma admiração mútua, certamente diria que aconteceu e que não foi nada planejado. O coração é assim, arma sutis artimanhas e ingênuas armadilhas. Nunca é escancarado. Nunca é: se isso aquilo. Um descuido que
a situação aparentemente ingênua lhe direcionou. Nosso consciente prefere se
manter ingênuo numa situação de perigo. Porque admitir que pode culminar num
desastre não é agradável e obrigaria
você a se afastar de uma situação que te dá prazer. Já seu subconsciente é acusatório e releva situações alarmantes, perigos iminentes, revelando verdadeiras motivações. Por isso numa situação que todos vêem perigo
você está cego como que inebriado pela inocência embriagadora predisposta por
seus anseios primitivos que por alguma razão são ocultados pela sua consciência
que sabota toda advertência. É sabido que o toque
agradável e palavras melífluas, liberam ocitocina que é o hormônio dá sensação de prazer e,
esta sensação embota sua razão, efeito parecido ao das drogas alucinógenas. Seria o mesmo
que estar diante de um leão, numa selva e não
perceber a urgência da fuga. Ou do rato que perde o medo do gato. Isto não o faz corajoso. Isto o faz vítima. A paixão é munida de efeitos semelhantes. Do
nada você se torna improdutivo, irracional, cego, vulnerável as demandas do
amado. Você cria expectativas baseadas naquilo que você quer ver e não do que
realmente é. Parece absurdamente improvável
a comparação, mas, ela é a mais pura realidade. Pode ser vista como uma
forma de disposição que facilita a perpetuação da espécie, mas é uma armadilha
que muitas vezes causa arrependimentos. Filhos indesejados, ações que trazem questionamentos
como: Como pude fazer isso? Não acredito que fiz tudo isso por causa desta
pessoa? Não acredito que me permiti agir assim. Entre outras.
Esta é apenas uma pequena explanação de onde nossas motivações podem nos levar. Ter a mente vigilante para os perigos de confiarmos no coração nos protege de situações que poderiam culminar em prejuízos pessoais e de outrem. Mesmo quando isso se trata do nosso próprio coração.Sim, o coração é traiçoeiro. Quem o pode conhecer?
Esta é apenas uma pequena explanação de onde nossas motivações podem nos levar. Ter a mente vigilante para os perigos de confiarmos no coração nos protege de situações que poderiam culminar em prejuízos pessoais e de outrem. Mesmo quando isso se trata do nosso próprio coração.Sim, o coração é traiçoeiro. Quem o pode conhecer?