Relações humanas são necessárias
para sermos pessoas melhores, para nossa própria integridade, física, moral e
espiritual e para suprir nossas necessidades primárias de sobrevivência e
interação. Durante nossa curta jornada na terra, interagiremos com muitas pessoas,
algumas delas nos acompanharão durante
toda jornada, outras estarão presentes em parte dela, outros em curto espaço de
tempo e outros apenas de relance, entre
outras.. Comumente as pessoas que passam mais tempo conosco ficam mais íntimas,
exercem maior influencia em nossas vidas e, por conseguinte é possível que este
estreitamente gere conflitos de ordem
pessoal, de ponto de vista, contragosto, picuinhas, interpretações,
divergências... Segue uma lista imensa de fatos que podem criar atritos. E estas poderão ser sanadas por conta de uma reflexão
sabia ou podem resultar em uma inimizade perene. Comumente manifestamos nossa insatisfação por
intermédio das palavras, embora nossa linguagem corporal, para os mais
observadores, fale primeiro. As palavras são expressões advindas de nosso
coração e quando transtornado e
dependendo de nossa sensibilidade, autodomínio e bom
senso, externamos sensatamente ou
impulsivamente. Mas seja lá a forma que demonstremos insatisfação, sempre
esperamos que, principalmente as pessoas que gostamos nos ouçam e expressem
isso por meio de ações. Claro que existem situações que nosso
temperamento febril fala mais alto e expelimos com ira atos e palavras que
quase sempre terminarão em tragédias... Certo é que a desavença mina nossa
confiança, nossa resiliência. Quando abusamos indiscriminadamente da bondade
alheia ou quando fazemos ouvidos mocos para uma atitude que está afetando diretamente
alguém que gostamos e não fazemos nada para escutar seus clamores desgastamos o
sentimento que ela por acaso possa nutrir.
Infelizmente as vezes falta-nos empatia para assimilarmos um pedido de reavaliação
de nossa conduta que desagrada. Uma amiga cujo namorado era muito ausente,
falava repetidamente como interpretava sua desatenção. Mas, o rapaz
simplesmente não lhe dava a devida atenção.
Infelizmente a persistência nas suas atitudes desgastou
consideravelmente o que antes era um
namoro promissor. Foi como sua intuição revelasse que aquela conduta
influenciaria nocivamente a relação de forma que ela entendeu que se no presente aquilo era
motivo de pesar futuramente seria ainda
mais doloroso, seria mais notável e a ferida que já causava ressentimento se
tornaria uma chaga incurável. Precisamos dar a devida atenção para atos que possam
estar causando ruptura em nossos bons relacionamentos. Abusarmos da resiliência
alheia pode botar este relacionamento em xeque, arruinando a confiança,
dificultando um bom relacionamento.
Sabemos que uma boa conversa depende de sabermos ouvir e saber ouvir é
mais do que simplesmente escutar. Ouvir requer ação. A desavença é falhar no diálogo. E para que
aja um bom diálogo você precisa de uma qualidade que é adquirida pela sabedoria
, a perspicácia. Perspicácia é saber
ouvir o que se falou. É ter a agudeza
de espírito para notar quando nas palavras existem um clamor de atenção
exigindo mudanças no seu comportamento. As vezes o remédio para aprendermos
ouvir é a perda de quem gostamos muito, mas
que magoamos por não saber ouvir. Sobre a perspicácia ainda é preciso dizer que muitas
vezes precisamos ouvir o que está entrelinhas. Certa ocasião fui fazer um teste
psicológico para ingressar no meu primeiro emprego. Depois de uma breve
explicação de como fazer o teste, para se certificar de que tinha entendido a
instrutora fez o próximo comigo. Respondi errado, mas ela não falou nada,
embora seu olhar de desaprovação dissesse muito. O que fez com que eu
reavaliasse o teste foi sua expressão
reprovadora. Pensei mais um pouco e vi onde estava o erro. E depois daquilo o
resto foi suave. A perspicácia faz você enxergar a frente dos acontecimentos.
A desavença traz discórdia que podem minar nossas boas relações. Porque
não usar a perspicácia para escutarmos com mais empatia e vermos o que de
prejuízo nossa desatenção aos clamores alheios podem trazer?
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