someone lyke you

domingo, 10 de agosto de 2014

Meu vizinho



Uma dose de remédio para curar o tédio. As vezes é bem indigesto acordar 8:00 da manhã em pleno sábado  com seu  vizinho martelando não sabe-se lá  o que. Um  horário  nada  propício. Sábado alheio deveria ser respeitado.  Bom,  pelo menos enquanto se refere ao seu. Mas ainda que seja pelo mais nobre motivo ninguém deveria acordar ninguém sábado 8:00 da manhã.  Ah, tá certo, todo mundo sabe que Deus ajuda quem cedo madruga. E claro,  um dia produtivo começa quando os galos cantam. No meu caso, quando o vizinho começa a dar porrada como disse: sabe-se lá  onde. Estou criando certa antipatia pelo  formiga no rabo. Sim, foi o apelido que arrumei pra ele. Se o conhecesse entenderia o porquê disso. Todo sábado é a mesma coisa. E olha que aprecio muito quem valoriza cada minuto do seu dia. É até estimulante. Bom, acho que sim. Outro dia foi o caso do telhado. E noutro foi o quintal sujo, Deus, quintal sujo? Por aí vai.  É,  eu sei, pura  implicância. Estes dias parecia que o cara chamava chuva. Isso mesmo, assim como índio quando dança batendo tambor.  Pelo menos era a impressão cinematográfica que dava. Era o barulho ensurdecedor de uma placa de alumínio. Como se na casa do cara, alguém gritasse: Barulho de trovão!!  Agora serra elétrica!  Tá bom,  estou implicando.  Mas, entenderia se morasse  aqui. Mas, hoje estou tentando ver as coisas por outro prisma. Tentando ficar  ZEM  diante das porradas  não se sabe lá no que, alheia. Tentando aprender me concentrar em meio a tanto BARULHO. Comecei a pensar no lado  bom  da coisa. Pensei, pensei, pensei.  Como estava demorando pra achar alguma coisa boa... (Ainda estou tentando) Pensei em mudar o foco. Retaliação? Humm!  Isto é do mal.  Foi algo que me passou pela cabeça, mas só pra me confortar.  Pensei no que poderia fazer.  Rádio! Sim, rádio alto na maior decibel que pudesse. Horário? 6 da manhã no domingo.  Funcionou com um colega meu. Segundo ele seu vizinho acordava 5 da matina e começava bater a porta. Imagina você  sonhando com aquela bela gata, quando de repente uma barulho de porta persistente entra no  seu sonho.  É como se do nada a garota começasse a berrar e chamar você de tarado! Socorro Tarado!, pah, pah, pah!  Mas a cena já passara e o barulho da porta não. Tinha razão de acordar p da vida.
Uma semana foi o que ele aguentou sem reclamar, ele disse. Depois   resolveu contra -atacar. Dizem que chumbo trocado não dói. Mas doeu.  O vizinho foi  tirar satisfação. A música que espanta os males incomodava mas as bateções de porta não? Concordaram numa trégua. Sem barulho de portas sem músicas. Barulho na porta, música. Um belo acordo.  Mas no meu caso se colocar música alto vai acordar a vizinhança toda.  E tenho impressão que minha aura vai ficar negra  por causa de tanta energia negativa. Você sabe, como juiz de futebol.  Não, não ia dar certo. Preciso de outra ideia. Talvez eu devesse ir lá conversar. Não, não daria certo. Oito horas é a hora que a lei diz que se pode fazer barulho. E  o vizinho amparado pela lei  tripudiaria.  Ideia descarada.  Estou sem ideias. Acho que por enquanto não há nada a se fazer. Ah não ser praguejar. Boa ideia! Praguejar. E se o feitiço voltar contra o feiticeiro? Melhor não.  Vou pensar mais um pouco quem sabe estas batidas matutinas, sabe-se lá onde, faça-me  criar o hábito de acordar cedo e  arrumar alguma coisa pra fazer. Quem sabe também não arrume alguma coisa pra bater. Talvez aí ele entenda o que sinto.

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