Eu sempre me pego questionando
Deus por isso ou aquilo. Sempre tenho um olhar desfavorável a despeito daquilo que julgo ser parcialidade,
discriminação, superioridade e favorecimentos. O tempo que disponho divagando entre pensamentos intermináveis e questionadores
nunca me levaram a lugar algum, na verdade me falta conhecimento para preencher
as lacunas indagadas Alguns assuntos até digiro
bem, pesquisando, meditando, removendo a ignorância que traz
questionamentos, mas por outro lado também trazem reflexão. Sei o quanto é difícil aceitar diferenças impostas pelo preconceito
social, racial, cultural entre outros.
Parece chocante a idéia de
questionar Deus, mas saiba que não é coisa tão incomum, você provavelmente já
fez isso em algum momento. Abraão após saber que Deus, destruiria Sodoma e Gomorra inquiriu: Suponha que nestas cidades hajam 50 justos, tu
os destruiria junto com os injustos? Não
me parece justiça isso, falou. E com a negativa de Deus, Abrahão foi baixando
sua estatística para quarenta, trinta, vinte, dez... Até não haver mais números a contar.
Quando começo meus
questionamentos o que geralmente me conforta é saber que estou errado assim como
outros estavam. Em 1840 houve na Irlanda o que foi chamado de “A
grande fome”, que culminou na morte demais de 750 mil pessoas... Isso aconteceu porque a batata que era a principal fonte de alimentação
daquela nação, foi dizimada por uma praga que destruiu suas plantações. Isto se
deu porque aqueles ditos entendidos opinaram pela
uniformidade genética em
detrimento da diversidade. Ao opinarem
pela monocultura não esperavam que um
fungo disseminaria as lavouras e
conseqüentemente ceifariam tantas vidas.
A idéia era: “Pra que plantar tantas
espécies se apenas uma nos alimenta? Este era um pensamento que
questionava a diversidade das batatas. Então
naquele ano, aquilo que fora dito foi contrariado pelo desfecho da história. Questionamos,
injustiças, questionamos desigualdades, questionamos diferenças... Quando
criança cantava uma musiquinha que dizia assim: Deus fez os peixinhos para o rio e o mar, Deus
fez os peixinhos prontos pra nadar, quando brincam na água até o fundo vão, brincam sem cuidado
olha só como eles são. Um é pequenino, outro é grandalhão, um é magricela outro
é gorduchão quando brincam na água até o fundo vão, brincam sem cuidado olha só
como eles são. É uma letra simples, mas
que mostra a variedade da criação. A tal
diversidade qualifica e identifica a beleza das espécies, a pluralidade permite
a preservação. Deveríamos apreciar isto. Mas, o que fazemos? Criamos preconceitos, afinal ser baixinho e
gorduçhão, não é nada desejável. Assim
como nesta canção é comum procurarmos vantagens dentro de nossas perspectivas,
mas nossas perspectivas acabam indo de encontro a outras perspectivas e isto
gera contrariedade, rancor e violência. Lógico que isto não tira os méritos da criação e muito menos
denigre a imagem do criador, ainda que nossa teoria seja contra a criação.
O ser humano deturpa a grandeza do artista
(Deus) porque ele é pequeno e como não
entende sua grandeza, julga pela forma que
seus olhos sem conhecimento vêem. Assim
como eu.
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