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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Loucura - Falando sobre o que não sei. Rsrsr.



De perto ninguém é normal diria Caetano? Constatada  por nossas próprias experiência, nao é fato que quando passamos a conhecer alguém mais pessoalmente enxergamos defeitos antes não vistos? A  loucura, salvo quando denota falta de consciência  é um assunto um tanto abrangente (Aquela fina tênue que separa a sanidade da loucura).Por acaso é loucura um momento insano em que alguém sobre forte pressão comporta-se irracionalmente? É loucura alguém que com  suas atitudes    faz com  que a julgamos? Lembro-me de um rapaz que olhava para o sol e fazia movimentos como se o  sol o cutucasse, e  ele,  como a falar com o sol, pedia para  deixá-lo em paz. Eu  como observador achava que ele estava ficando louco.  Mas o que acontecia em sua mente? O que fazia com que ele agisse daquela forma nunca  vou entender... E quantas pessoas que conhecemos ou  ouvimos  histórias que por seu  comportamento  não compreendido  foram  classificados   como loucos? E quantas vezes nosso próprio comportamento e passível de julgamento  quando  fogem da compreensão alheia.  O que faz uma mente se perder ao ponto de se tornar totalmente incoerente onde  a própria pessoa não conseguir ter  coerência? E o que é um surto de loucura?  Ou uma loucura temporária? Perguntas que me  fazem pensar. Por acaso  nossa sanidade revogável torna-se irrevogável quando somos juízes? Certo escritor que participava de uma entrevista ao responder qual era seu maior medo dizia que seu maior medo era  ficar louco. Mas mesmo nossos medos não impedem de sermos classificados como tal.  Você provavelmente já ouviu alguém se defendendo quando acusado de ter feito algo que não fez, dizer: Eu não estou louco!  Porque entendemos que a loucura é incoerente. Mas por outro lado a coerência não é de certa forma um comportamento aprendido dentro daquilo que consideramos ser normal?  E nossos pequenos hábitos não podem, a olhos desconhecidos,  serem vistos como loucura? Eu não sei nada sobre a loucura, embora já tenha feito loucuras. Fiz  loucuras por amor, por vaidade, por ambição e tantas outras.  Mas fico a imaginar quanta constipação existe quando encaramos a loucura de alguém que conhecemos. Quando escutamos dizer  que um amigo está  louco.
Hoje vemos tantos comportamentos que colocam sob judice nossa normalidade, nossa coerência. Pessoas ditas normais agindo sob compulsão ou sob influência do que dizem serem  espíritos  que dominam seus corpos, o  que após cometerem alguma atrocidade a justificam como um lúdico momento de insanidade.  Este mundo está gozado. Eu nada sei sobre a loucura, mas aos loucos só resta confiarem em nossa coerência punitiva e restritiva para que nos,  ditos normais,  fiquemos livres dos loucos  que nos afligem quando afligidos estão.

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