someone lyke you

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Imprevistos

O imprevisto, o inesperado são coisas que comumente estão presentes em nossas vidas. Você talvez lembre de um infortúnio que te pegou desprevenido quando você menos esperava ou quando uma bem aventurança lhe agraciou tão subitamente que ficou boquiaberto. A expressão: " fui pego de surpresa" ressalta bem o que quero dizer.  Muitas vezes na vida somos pegos de surpresas seja pela  desatenção, vítimas de  traição, seja por acidentes ou  pela casualidade, certo é que generalizando podemos, para todos estes  ocorridos, darmos o nome de "imprevistos". Claro que quando agraciados por uma coisa boa ficamos imensamente felizes. Quem por exemplo não gostaria de saber que ganhou uma bolada ou que passou num concurso para ganhar 20 vezes mais do que ganhava... Mas, as vezes,  o que nos advém nos deixa impotente diante do acontecido e por mais que tenhamos boa vontade ficamos a mercê de acontecimentos aleatórios a nossa vontade. Toda esta reflexão talvez se dê por causa de uma pessoa muito especial que na véspera da manhã que se sentiu fatigada, tinha muitos planos sobre uma viagem que ela almejava muito. Ela também não esperava que aquele mal estar era o sintoma de uma doença, que graças a Deus, curável. Acho que os infortúnios são mais frequentemente lembrados por serem noticiados com mais ênfase ou freqüência, mas todos eles com raras exceções pegam suas vítimas despreparadas para o desfecho. Fico a imaginar como devem ter se sentido aquelas pessoas que viviam sua rotina muito normalmente... Quando naquele dia fatídico  rumavam para seu destino e  o veículo que os transportava foi engolido por uma cratera que se formou em segundos. Qual a sensação que tiveram quando ainda lúcidos puderam por pouco tempo relatar aos seus familiares o que acontecera? Ou, ainda aquele acidente com o submarino russo kursk. Talvez nenhum deles esperasse que o indestrutível fosse sublevado tão repentinamente levando com ele toda tribulação a morte... Os imprevistos e o inesperado perambulam entre nós sempre e talvez não há como tomar medidas preventivas para nos livramos deles, mas estarmos consciente deles nos dá certa medida de cautela e uma visão mais ampla para tomarmos algumas medidas de proteção. Depois destas medidas só nos  cabe estribarmos na proteção divina de nosso superlativo Deus.

Leviano



Meu corpo estremece então ele esquece
Que você é de outro.
Ai, eu fico louco e esta loucura é tão leviana
Vc é insana (a loucura) - eu falo comigo
Você é sacana, porque faz isso comigo?

E eu me aflijo quando não falo contigo
É tão frustrante
Ser seu amigo  é como ter um livro
Sob a estante.
Não leio seu coração, não sei qual a intenção
Mas você   é bacana ( o livro)  - eu falo comigo


Em meus pensamentos
 Você é minha  já faz tempo
Ai, os meus intentos, ( se tu soubesses)
Seria amiga? Brigaria comigo?
Eu sou abjeto – eu falo comigo
Um ser desprezível – Diz meu juízo.

É tão contrastante aquilo que quero
Se consciente sou martelo num prego
Mas quando te vejo você mexe comigo
Viro menino..

Entre o querer e o poder
Há um dilema medonho
De a realidade criar um sonho
Num sonho estar vivo
Qual o preço de tudo isso?
É puro egoísmo?
A felicidade em seus braços encontrar
Ou viver, deixar o barco navegar

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Atitudes e Reprimendas



Atitudes e reprimendas regem como conduzimos nossos relacionamentos. Elas revelam o quanto nos esforçamos em doar  um pouco  de nos aos outros. Eu tenho aprendido de  forma dolorosa  como fazer isto. Pessoas bondosas que apesar de toda mágoa que lhes causo ainda persistem em abrir meus olhos, ou melhor, meu coração. Chamam atenção para minhas falhas que emergem quando mais preciso me doar.  Uma frase que me incomoda muito diz respeito a minha precisão em cobrar a disponibilidade dos outros, mas,   quando eu preciso demonstrar o que exijo   não tenho a mesma  disposição, se é que tenho  alguma.  É duro admitir que você cause sofrimento aos outros, mas só quando você realmente está aberto a se observar  notará o dano que pode causar aos outros, pessoas que realmente gostam de você. Ser observador de si mesmo requer  empatia, sem ela não é possível aprender . Bons relacionamentos requerem algum tipo de doação, seja na questão tempo, seja de disposição. É  necessário entender e estar disposto a querer fazer  dar certo.  Não é possível ter tudo da forma que se quer e como  se quer, não quando se trata de se relacionar com outra pessoa. Senão prevalecer  o princípio de doação  alguém sairá ferido.
Não raro quando uma pessoa está insatisfeita o relacionamento vai mal para ambos. Porque a pessoa infeliz manifestará  sua insatisfação aos ouvidos de quem?  Como resultado terá uma pessoa infeliz por falta de doação e a outra infeliz por ter que escutar a dor da outra. Quando  nossas necessidades contam  como mais importante numa relação é como se fadássemos ele a ruína, pois é impossível conduzir um relacionamento salutar quando apenas a necessidade de uma pessoa  é atendida.
 Não se torne insensível as necessidades alheia pois isso refletirá nas suas necessidades. Um bom termômetro para medir as quantas andam sua sensibilidade é se sentir indiferente ao clamor alheio.Uma pessoa não chora, não reclama não se exalta quando está abastecida de suas necessidades de amor. Uma das descrições bíblicas sobre o amor cantadas em canções e falada  em todo  o mundo  se encontra no livro  de coríntios 13. O texto fala sobre a importância do amor: “Ainda que eu falasse a língua dos anjos, e fosse” ..””. mas não tivesse amor..;””  Coisas e bens se tornam vãos quando nos falta o amor. Esta solicitação  esta intimamente ligada a nossas necessidades. Numa frase memorável Jesus ressalta a importância da empatia quando diz:  Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você.

Conflitos



Eis a questão
Estou aqui e nada está bom
Inquieto, cheio de inquietações
Porque  não consigo entender
Tamanhas constatações

Onde estás,
E o que estás fazendo?
Deixei-te por um momento
E não sei se vai voltar

Inquietude que me confunde
É mesmo assim ou falta atitude?
Se hoje,
É  como ontem.

Se as dores que foram continuam
Um ditame
Será que sou eu ou será que é você.
Para a ânsia que me consome

Reflito os dramas que carrego
Há tempos que de mim caçoam
Nestes  dilemas que vão se  arrastando;
Eu perco e nunca ganho.

Então os porquês chegam chegando
Inquirindo, explodindo, apontando
Quase sempre questionando.
E volto ao passado, refletido  no presente
Se é devido querer é devido entender
Porque espero entreveros?
O que é difícil evitar
E um turbilhão de interrogações
Que  asfixiam meu ar.

E quando vou crescer e
E quando vou voar
Preciso decolar parar de protelar
Eu, eu vou porque não
Na terra está o chão no céu está o ar
Se  alado preciso voar
Eis a questão

Quem pagará por mim
Ninguém deveria sofrer,
Se não vôo tenho que aprender a correr.

Porque o amanhã não existe
O amanhã é sempre hoje.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Divas



Tu não conheces Regininha
As  palavra da nina
Fazem o ouvido doer
E o coração repudiar
Você não conhece Madalena
Que me deixa num dilema
Querer ou não querer
Não tenho como parafrasear


Você não conhece Eliza
Esta moça me cativa
Traz amor ao coração
Você não conhece Doralina
Esta moça me inspira
Tamanha constelação

Você não conhece Ana Luiza
Esta é minha filha
Energia, alegria e disposição.
Você não conhece Fernanda
Gosta de um melodrama
Mas é boa de coração..

Você não conhece  Nilma
Deliciosa  fantasia
Foi para nunca mais aparecer
Não conhece Bernadete
Esta em  perfeita harmonia
Simpática e de muito saber

Você não conhece Isabela
Com ela é preciso cautela
Porque é pólvora a dispor
E a doce Juliana?
Enigmática, doudivanas
Mas de divino sabor

Mas você conhece Reginas
Marias, Floras e paradigmas
Rosanas, Anas e tantas outras cantigas
Puras, belas e femininas
Tinhosas e indefinidas
Maravilhosas e de muito valor
Fontes de grande, saber, querer, prazer,
Poder, viver...
Todas muito parecidas  e divergentes sabor.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Relacionamentos



O cara era um crânio.  Em sua área era o mais solicitado e sua visão sobre um problema extremamente complexo era rapidamente resolvido.  Era espantosa  sua habilidade e admirada até mesmo pelos  concorrentes de outras empresas.  Qualquer um que o visse diria: Futuro promissor... Este rapaz vai longe.  Mas se voltarmos a seu  passado  notariamos  que atrás daquela imagem   ainda figurava  a imagem de  uma criança alarmada, carente, cujos relacionamentos pessoais quase não existiam e cujo o aspecto primordial de ser amado e ser feliz estava seriamente comprometido.
Relacionamentos  são  fundamentais  em todos os aspectos de nossa vida e a carência de bons relacionamentos são  tão prejudiciais  como seria a de uma boa nutrição. Poderíamos dizer que os efeitos para o corpo de uma má alimentação é tão ruim como a precariedade de bons relacionamentos. Uma velha professora, extremamente competente na arte de ensino que dedicara parte de sua vida aos estudos, adiara ter bons relacionamentos pessoais.  Quando a policia bateu  na sua porta com acusações de sedução a menores,  amargou  arrependida   ter dispensado tanto tempo se preocupando em ser boa naquilo que almejava com tamanho prejuízo a sua sanidade.
Em todo lugar do mundo,   onde  tivermos um olhar mais atento  veremos que a falta de relacionamentos tem causado mudança no comportamento das pessoas. Assim, um grande homem de negócios, admirado por seus subordinados pode nos surpreender com uma notícia inusitada sobre seu comportamento quando  fora da sua atuante vida profissional.. Um homem   que lia uma notícia sobre uma conhecida no jornal local ,  indagava:  Como  ela foi capaz disso? Pudesse ele galgar passos para os primórdios dos acontecimentos  descobriria que todos seus problemas estavam relacionados ao seu passado.  Os pais não lhe davam atenção necessária quando criança, na escola seus relacionamentos com os amigos eram  superficiais,  os namorados pareciam que só queriam usar seu corpo. Quando ela encontrou aquele homem que lhe dava tudo que a vida parecia ter-lhe negado, ela deixou de se importar com a lógica, com a moral, com os princípios. Aliás, que princípios? Princípios que os pais queriam que cumprisse quando eles mesmos não faziam? Princípios que ela ouvia da boca das pessoas, mas que raramente os viam exercerem aquilo que suas bocas pronunciavam tão belamente?
 A falta de bons relacionamentos causa uma ruptura no nosso íntimo fazendo-nos procurar em qualquer bar da esquina, num chat de internet ,  ou em outro lugar qualquer,  formas para preencher o vazio que nos torna  desconhecidos até para nos mesmos...  Discutia com uma amiga o declínio da moralidade.  Ela que fora desde criança educada numa determinada igreja, emergia  toda  indignação com o declínio da moral.  Ressaltava com sua razão treinada como as pessoas caminhavam a beira de um abismo como uma manada desenfreada.  Num outro extremo um velho amigo  contrastava de sua opinião expondo que aquilo que ela achava declínio ele considerava uma  castração que a religião e a sociedade nos impunha. Difícil  não lembrarmos  do nosso espírito crítico  alardeando levianamente o comportamento alheio, mas raramente pensamos no que leva a pessoa a tal disposição. Há pouco tempo saiu a notícia de um homem que vitimava mulheres solitárias que estavam dispostas a esvaziaram sua conta corrente em troca do amor do  larápio. Mas nossos comentários irônicos limitam-se a nossa lógica, que  ainda a possuímos, porque não estamos naufragando em meio a nossas  carências como elas, porque ao olharmos de fora enxergamos uma cena patética de um homem esperto ludibriando mulheres tolas. Mas o que diz o contexto? Empurramos para debaixo do tapete como  se não existisse?  A questão em si não é esperteza ou falta dela. Estas mulheres não emburraram, são pessoas bem sucedidas no âmbito profissional. Então qual a explicação? Relacionamentos.  Nossos relacionamentos precisam ser bons, existentes e plenos. Caso contrário seremos pessoas a deriva onde cada vez mais vemos pessoas carentes precisando preencher de qualquer maneira este vazio que as assola.  E neste  contexto fica difícil  descobrir o que nos faz tão brilhantes em uma área e tão destituídos de luz em outras. Mas certamente se  mantivermos  bons relacionamentos a história poderá  ser outra.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Remissão



É devido saber que de tanto querer
Eu não pude evitar
Fiz o que fiz , disse o que disse
Falei  por falar.

É difícil entender como um querer
Pode assim te afetar
Nasce sem querer
E morre sem brotar

Mas onde há lasciva
Haverá remissão
Causando feridas
Causando desilusão

E a carne  remida
Apagará o pecado,
Haverá outra vida
Do outro lado

É devido saber que este querer
Fez-me acreditar
Que montanhas pudesse  mover.
O passado pudesse olvidar


E que as cicatrizes fossem curar
E que as sandices  cessar
Que as letargias apagar
E  a sabedoria perpetrar


Em tantos enlevos
Chegasse há  conclusão
Ser ou não ser omisso
Ser remisso ou não.

Navegar no pecado
Naufragar ou emergir
Conhecer o submundo
Exaltado ou fugir


Quem anda desavisado
Desavisado está
Quando o mundo acaba
Outros irão lamentar


Pois no turbilhão de medos há conceitos
Que falarão hesitantes
Pois na multidão  de argumentos,
Destilam-se tormentos discordantes.


É a vida, assentida   e  patética
Diante de tantas verdades ecléticas
Verdades que às vezes são mentiras
Mentiras que às vezes são poéticas

E um canto num encanto sonoro
Invade o coração como água sobre o solo
E a sublevação é espelho refletido
Exaltando um conto idílico