É dificil entender porque os relacinamentos se desgastam e chegam ao ponto de ser apenas um retalho.. Se quando começamos esperamos que ele traga benefícios a ambos...Então nos empenhamos para que tudo se harmonize com nossos objetivos e mesmo inconscientemente lutamos para que a harmonia prevaleça ... Pra que isso aconteça é necessári que ambos trabalhem em prol do bem maiior - o relacionamento. Uma vez eximido este item, todo o resto começa a desmoronar a olhos vistos.. Num relacionamento nada pode ser considerado meu, como indivíduo e nem se pode sobrecarregar o outro porque julgamos que nossas necessidades estão acima de qualquer outra, presumindo que as obrigações são do outro e não de ambos, conduzimos nosso relacionamento ao que nos interessa e não ao que interessa os dois.
Desde pequeno ouço que o que nos destroi não são as grandes obstáculos e sim os pequenos, aqueles que não podemos ver. Os grandes simplesmente desviamos.
Isto cai muito bem quando falamos em pequenos atos do dia a dia, rusgas persistentes que como água sobre a pedra: batem, batem até que furam...Pequenos atos de desamor e depreciação, coisas ínfimas que são lançadas ao vento como se fossem grandes obstáculos quando são apenas atos falhos cometidos por qualquer pessoa humana, imperfeita... Quando num relacionamento vivemos a mercê daquilo que interessa só a nos mesmos, subjugamos as pessoas de nosso convívio a espelhos de nós mesmos, achando que tudo que é errado é culpa do outro e que somos vítima deste monstro que só quer nos ferir. Não raro vemos relacioamentos deteriorados, vivendo de retalhos pra cobrir tantos buracos que nossa própria ânsia materialista e de satisfação própria não conseque mais sanar. Passamos a julgar o verbo conveniência em qualquer instância:
Saimos juntos por conveniência, moramos no mesmo ambiente por conveniência, fazemos gentileza por conveniência nada mais é espontâneo e embora a presença da outra seja aversa, por conveniência, ingerimos todos os sapos previstos pra uma vida inteira, simplesmente porque fomos manipulados por nossa próprio egoismo. Afinal, se a pessoa diz não te amar mais porque você continuara sendo gentil, amoroso, carinhoso, dadivoso? E cometemos o maior erro que pode existir em qualquer relacionamento: a retaliação. Quando era mais jovem tinha o feio hábito de palavrões, quando estava sózinho e com raiva xingava descometidamente. Com o tempo percebi que isto me fazia muito mal, era um descarrego animalesco de algo que eu não conseguia controlar. Prometi a mim mesmo que não faria nunca mais isso. Quando retaliamos é como se todo nosso instinto animalesco viesse a tona, trazendo tudo aquilo que com muito custo conseguimos vencer. Atititudes pequenas não requerem atitudes pequenas e sim o oposto. Não se paga mal com mal e nem egoismo com egoismo.. Este círculo vicioso é descomunalmente prejudicial a quem usa como arma de troca.
Jogue fora o retalho que sobrou afinal coisas antigas para remendar coisas novas não pega. Nunca pegou. Está na hora de roupas novas, atitudes novas que monstrem o seu engrandecimento. Vai, que não seja engrandecimento mas que sejam coisas boas pra ambos. É muito difícil desvirar um barco já virado, imagine só o trabalho que dá.
Mas se ainda existe amor, cumplicidade, carinho mesmo que estes estejam camuflados com cara de outra coisa muito ruim...tente. O lógico seria que o barco navegasse tranquilo e quando em turbulência não virasse, mas....
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