Eu já senti isso!
A dor de olhos alheios me perseguindo
Julgado, condenado e aniquilado.
Por um tal subempregado.
O embargo na garganta
A tristeza que não se cansa
De não poder desabafar
Daquele sujeito a me escrutinar.
E quantos como eu passam por isso
Ser denegrido como um vicio.
Que vão me matando aos poucos.
Dilacerando a ferida de anos.
Hoje chorei
quando contigo me identifiquei
De sentir o que sentiu
De me ver onde você se viu.
Eu quase pude me ver
Na mesma cena no mesmo estremecer
Fui ali, ele vem atrás...fui adiante.
E pra onde ia ele era vigilante.
É um sistema
Que sem julgar te condena.
Por causa da sua cor ou da sua diferença
Seja lá o que for você já tem a sentença.
Sem nenhuma palavra
A perseguição é sua arma
Não me chama de ladrão
Mas, está vívida na sua intenção.
E a cada olhar te fere, te condena.
Minguando o fogo da sua centelha.
Tirando a beleza do seu dia.
Que era pouca mas que existia.
E ao ouvir o que você passou
Novamente meu coração relembrou
Toda angustia que por anos passei.
E ao compartilhar a sua dor então chorei.
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